Na ecologia, a teoria do forrageamento ótimo (TFO) estipula que o forrageamento de um organismo é de certa forma um meio de maximizar sua absorção de energia por unidade de tempo. Em outras palavras, eles se comportam de modo a encontrar, capturar e consumir alimento contendo o máximo de calorias enquanto gastam o mínimo de tempo possível fazendo isto. O entendimento de muitos conceitos ecológicos como adaptação, fluxo energético e competição dependem da habilidade de compreender que alimentos os animais selecionam, e porque.
Robert MacArthur e Eric Pianka (1966) desenvolveram um modelo teórico e empírico, a teoria do forrageamento ótimo (TFO), que levou a um melhor entendimento do comportamento de forragear . [1] Emlen (1966) publicou, na mesma época, um artigo sobre o mesmo assunto, entretanto diferia em detalhes, demonstrando a necessidade de um modelo onde seleção de alimento por animais poderia ser entendida como um fator evolucionário que maximizasse o ganho de energia líquida por unidade de tempo gasto na alimentação. Desde sua concepção original, houve muitos artigos e livros publicados mencionando a TFO que fez importantes contribuições a muitas disciplinas incluindo ecologia, fisiologia e antropologia.
Teoria de forrageamento ótimo usa predadores como objetos de análise. Existem quatro classes funcionais de predadores:
A TFO tenta explicar o comportamento de predação desde que os predadores não comam todo alimento disponível. Depende tipicamente do habitat e tamanho disponível, porém mesmo dentro do habitat, predadores consomem apenas uma parte do que está disponível.
E é a quantidade de energia (calorias) vinda de uma presa. h é o tempo de manuseio que inclui captura, abate, consumo e digestão. h se inicia a partir do momento em que a presa foi avistada. E/h é então a rentabilidade da presa.
Animais tipicamente consomem os tipos mais rentáveis de presa mais do que seria esperado por probabilidade já que estas apareceriam na dieta com mais frequência que no ambiente. Predadores, no entanto, não consomem apenas as presas mais rentáveis. Outros tipos de presa podem ser mais facilmente encontrados, e E não é a única exigência nutricional. Toxinas podem estar presentes em muitos tipos de presa, portanto a variabilidade da dieta previne tais toxinas de chegarem a níveis perigosos. Existem também outros nutrientes essenciais em todas as dietas dos organismos, logo, fica claro que uma abordagem focando apenas a absorção de energia não provê um modelo adequado.
O predador tenta maximizar E/(h+s), onde s é o tempo envolvido. Para uma variedade de presas, a taxa de ingestão média dos predadores é Emédia/(hmédia+smédia). Onde Emédia é a média de energia de todas as presas na dieta, hmédia é o tempo média de manuseio e smédia é a média do tempo.
Quando o predador encontra um novo tipo de presa, então tem duas opções. Pode consumir o novo tipo de presa, que no caso terá rentabilidade de Enovo/hnovo ou pode largar a presa e procurar por algum tipo de presa que já esteja em sua dieta que no caso usa-se Emédia/(hmédia+smédia). O predador deve consumir o novo tipo de presa quando Enovo/hnovo ≥ Emédia/(hmédia+smédia) pois o novo tipo de presa eleva sua absorção de energia por unidade de tempo.
Isto leva a novas perspectivas: