Os tetes (em grego: θῆτες, thêtes, sing. θής, thēs, "servo"[1]) eram a mais baixa classe de cidadãos de Atenas após a reforma política de Sólon. Os tetes eram aqueles homens livres cujo trabalho era remunerado, ou tinham menos do que 200 medimnoi[2] (ou seu equivalente) de receita anual. Esta distinção existiu desde o início do ano 594/593 a.C. até 322 a.C. O termo "tetes", no entanto, precedeu a reforma soloniana, como atestado em Homero[3] e Hesíodo[4].
Sob a Constituição de Sólon, os tetes foram definidos como cidadãos livres que não se qualificavam como zeugitas. Por conta das reformas de Sólon, eles puderam participar na Eclésia (a Assembleia Ateniense), e podiam ser jurados servindo no tribunal de Helieia, mas não podiam servir na Bulé ou como magistrados.
Depois das reformas de Efialtes e Péricles, por volta de 460-450 a.C., os tetes foram autorizados a possuir cargo público.[5]
12 mil tetes perderam seus direitos políticos e foram expulsos da cidade após a derrota ateniense na Guerra Lamiaca, em 323 a.C.
Ao contrário da concepção popular de escravos de galé, marinhas antigas preferiam usar homens livres para remar suas galés. Nos séculos IV e V a.C., Atenas geralmente seguia a política naval de recrutar cidadãos de classes mais baixas (os tetes), metecos e estrangeiros contratados. No entanto, sob algumas condições, por exemplo durante a Revolta de Mitilene, classes mais altas eram recrutadas como remadores também. Isso fez deles cruciais na marinha ateniense e assim deu a eles um papel nos assuntos de Atenas.[6]