Teté Puebla | |
---|---|
Teté Puebla, segunda comandante do Pelotão Mariana Grajales, durante o avanço da Caravana da Liberdade, em janeiro de 1959. | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Delsa Esther Puebla Viltre |
Nascimento | 9 de dezembro de 1940 (84 anos) Yara, Cuba |
Nacionalidade | Cubana |
Marido | Raúl Castro Mercader |
Vida militar | |
País | Cuba |
Força | Movimento 26 de Julho FAR |
Anos de serviço | 1957-presente |
Hierarquia | General de brigada |
Unidade | Pelotão Mariana Grajales |
Comandos | Escritório de Atenção a Combatentes |
Batalhas | Revolução Cubana
|
Honrarias | Heroína da República de Cuba |
Primeira mulher general de Cuba |
Delsa Esther Povoa Viltre, conhecida como Teté Puebla (Yara, 9 de dezembro de 1940) é uma militar e política cubana, veterana da Revolução Cubana e Heroína da República de Cuba.[1][2]
Foi guerrilheira na Serra Maestra em 1957 e pertenceu ao Pelotão Mariana Grajales, Las Marianas. Em 1994 foi ascendida ao grau de coronel das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, e em 24 de julho de 1996 a general-de-brigada convertendo-se na primeira mulher general de Cuba.[1][2] Atualmente é chefe do Escritório de Atenção a Combatentes e deputada na Assembleia Nacional do Poder Popular.
Seu pai era camponês e sua família pertencia ao Movimento 26 de Julho. Tem oito irmãos e foi criada por seus avôs. Queria estudar para ser professora.
Em sua juventude, participou na Revolução Cubana apoiando ao Movimento 26 de Julho. Vendeu títulos, movimentou bombas e armas até que em 1957, aos 16 anos, decidiu também se tornar guerrilheira e escalar a Serra Maestra. Quando se apresentou, disse a Fidel que tinha 17 anos.[1] Realizou diversas missões por parte da Comandancia em Santiago de Cuba e integrou o Pelotão Mariana Grajales. Participou da marcha ao lado de Fidel Castro durante a "Caravana da Liberdade" e mais tarde ajudou a cuidar das famílias dos combatentes.[1][3]
Em 4 de janeiro de 1959 retornou a Santiago de Cuba. Ela foi nomeada diretora do Departamento de Assistência às Vítimas de Guerra (em castelhano: Departamento de Asistencia a las Víctimas de la Guerra). Em 24 de maio de 1959, foi promovida ao posto de capitã.
Em fevereiro de 1963 situou-se à frente do Departamento de Educação no Estado-Maior do Exército Oriental, de onde recrutou professores para alfabetizar os rebeldes, ensinando-os a ler e escrever. Em agosto de 1964, ela foi designada para administrar as Fazendas Infantis para órfãos de guerra e a Seguridade Social no Exército Ocidental. Em abril de 1966 foi transferida para o Estado-Maior de uma unidade especial, para atender às necessidades das famílias dos combatentes que cumpriam missões no exterior. Em março de 1969, por ordem do Comandante-em-Chefe, Fidel Castro, passou a dirigir o Plano Pecuário Guaicanamar, na região de Jaruco, na província de Havana.[4]
Em outubro de 1978 serviu como chefe da secção militar do Partido Comunista na mesma província, até que em 1985 assumiu a direcção do Cuidado aos Combatentes, Familiares dos Internacionalistas e Mártires da Revolução (em castelhano: Atención a Combatientes, Familiares de Internacionalistas y Mártires de la Revolución). Em 1994 foi promovida ao posto de coronel e, em 24 de julho de 1996, ao posto de general-de-brigada das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, tornando-se a primeira mulher na história de Cuba a ocupar este posto militar.
Em 2008 foi eleita deputada à Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba na VII Legislatura na Comissão Permanente de Defesa.[4] Em 2013 foi reeleita deputada na VIII legislatura. Também foi membro do Comitê Nacional da Federação das Mulheres Cubanas.
Em 2 de dezembro de 2001, ela foi condecorada por Fidel Castro como Heroína da República de Cuba, a mais alta honraria conferida pela nação cubana.[5]
Em 1960 casou-se com Raúl Castro Mercader, atualmente general-de-brigada das FAR, e é mãe de três filhos, Fidel, Raúl e Laura, e tem cinco netos.[2][4]