"The Drumhead" | |||||||
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21.º episódio da 4.ª temporada de Star Trek: The Next Generation | |||||||
Picard no inquérito de Satie. | |||||||
Informação geral | |||||||
Direção | Jonathan Frakes | ||||||
Escritor(es) | Jeri Taylor | ||||||
Código(s) de produção | 40274-195 | ||||||
Transmissão original | 29 de abril de 1991 | ||||||
Convidados | |||||||
Bruce French como Sabin Genestra | |||||||
Cronologia | |||||||
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Lista de episódios de Star Trek: The Next Generation |
"The Drumhead" é o vigésimo primeiro episódio da quarta temporada da série de ficção científica Star Trek: The Next Generation, que foi ao ar no dia 29 de abril de 1991 pela sindicação. O episódio foi escrito pela produtora Jeri Taylor e dirigido pelo ator Jonathan Frakes.
No enredo, uma superzeloza almirante da Frota Estelar começa uma inquisição abordo da Enterprise, determinada em desmascarar uma conspiração, eventualmente acusando o Capitão Picard de traição.
Depois de uma explosão na câmara de dilítio na engenharia, o Comando da Frota Estelar envia a Almirante Norah Satie para liderar a investigação. Uma série de questionamentos com a tripulação determina que um oficial klingon, J'Dan, está usando um hipospray para codificar informações nos aminoácidos de seu corpo. Apesar dele admitir ser um colaborador romulano, J'Dan insiste ter nada a ver com a explosão. Satie e o Capitão Picard concordam que ele não poderia ter agido sozinho, e que uma conspiração maior está presente.
O técnico médico Simon Tarses é questionado, já que ele era um dos responsáveis por aplicar as injeções de J'Dan. Tarses afirma que suas interações com o klingon foram inocentes, e paralelamente afirma que ele é um quarto vulcano, porém o assistente betazóide sente que ele está escondendo algo. Uma análise da câmara de dilítio determina que a explosão foi causada por um defeito de fabricação no invólucro da escotilha, não houve sabotagem nem conspiração. Picard considera o assunto encerrado, porém Satie argumenta que mesmo se a explosão não fosse sabotagem, J'Dan não poderia estar agindo sozinho e que uma conspiração ainda existe.
Tarses é trazido para um interrogatório, desta vez em um inquérito aberto. Satie e sua equipe o acusam de mentir sobre sua associação com J'Dan e revelam que ele na verdade é um quarto romulano, apesar de Tarses se recusar a confirmar isso, já que sua resposta pode incriminá-lo. Depois disso, Picard discute o assunto com Worf; Worf afirma que a Frota Estelar possui inimigos e que eles devem ser desmascarados. Picard fala com Tarses em particular, e sai satisfeito por saber que a acobertação de sua ancestralidade romulana é seu único crime. Ele se encontra com Satie para protestar contra seus métodos não ortodoxos e exigir o fim dos inquéritos. Ela afirma responder apenas ao Comando da Frota e que não necessita de seu consentimento, e que os inquéritos irão continuar. Mais tarde, na ponte, Picard é convocado para o inquérito.
O chefe da Segurança da Frota Estelar, Almirante Thomas Henry, chega para observar os inquéritos. Satie começa a falar sobre a carreira de Picard abordo da Enterprise, citando suas inúmeras infrações a Primeira Diretriz, sua captura e assimilação pelos Borg, e finalmente questiona sua lealdade a Frota Estelar. Worf defende seu Capitão de tais alegações, porém o assistende de Satie usa o estado de seu pai como colaborador romulano para impugnar ainda mais o julgamento de Picard. A resposta de Picard é uma citação do pai de Satie, um respeitado jurista, sobre colocar limitações a liberdade das pessoas. Satie deprecia Picard furiosamente por invocar o nome de seu pai em seu própria defesa. O Almirante Henry deixa a sala do meio da declamação, tendo reconhecido a paranoia de Satie. A acusação chama um recesso, e deixa uma desonrada Satie sozinha na corte judicial.
Worf posteriormente encontra Picard no deque de observação para informar que Henry encerrou os inquéritos e que Satie deixou a Enterprise. Worf lamenta ter inicialmente apoiado Satie em sua "caça às bruxas". Picard fala do perigo sempre presente, mas sutil, daqueles que espelham medo e suspeita em nome do que é certo, lembrando-lhe que o preço da liberdade é a eterna vigilância.[1]
"The Drumhead" foi concebido como um episódio para economizar dinheiro para a série. A Paramount Television sugeriu um clip show, entretanto Michael Piller e Rick Berman repudiaram a ideia já que não queriam repetir "Shades of Gray". Piller comenta que, "Nós pensamos que eles estavam insultando o público. Eles sintonizam e então você cria esse perigo falso e depois faz um flashback enquanto a memória deles volta até aquele período maravilhoso que tiveram antes de ficarem presos no elevador e toda aquela porcaria". Os dois persuadiram o estúdio a evitar um clip show enquanto ao mesmo tempo produziam um episódio mais barato.[2]
Jeri Taylor escreveu o roteiro baseado em uma ideia que Ronald D. Moore havia proposto, intitulada "It Can't Happen Here". O objetivo de Taylor era mostrar que uma caça às bruxas nos moldes das audiências comunistas do Senador Joseph McCarthy e o julgamento das Bruxas de Salem poderiam acontecer no esclarecido século XXIV se as liberdades individuais fossem rompidas, mesmo que apenas ligeiramente, em nome da preservação da Federação Unida dos Planetas.[2]
De acordo com o diretor Jonathan Frakes, várias tomadas deste episódio foram "roubadas" de filmes de tribunal como Judgment at Nuremberg e The Caine Mutiny.[3] Eventualmente, o episódio cumpriu seu propósito original, e mais de US$ 250.000 foram economizados em sua produção.[4]
"The Drumhead" também foi o último episódio a ter uma trilha sonora composta por Ron Jones. O compositor foi demitido pouco tempo depois por repetidas discussões com Berman e Peter Lauritson sobre o tipo de música que seria adequada para a série. Berman subsequentemente perguntou a Dennis McCarthy se ele estaria disposto a trabalhar como o único compositor da série, porém McCarthy recusou a oferta, citando que isso iria sobrecarregá-lo de trabalho. Por esse motivo, Berman contratou Jay Chattaway como o substituto de Jones.[5]
Zack Handlen da The A.V. Club deu ao episódio uma nota "A", elogiando muito seu conteúdo, o roteiro e as atuações, resumindo-o como "poderoso, dramático, e comovente".[6]
O episódio também foi bem recebido pela equipe da série. Jeri Taylor elegeu o roteiro de "The Drumhead" como um dos que ela tem mais orgulho.[4] Para Michael Dorn, este é, junto com "The Offspring", seu episódio favorito.[7] Jonathan Frakes também elege este como um de seus favoritos, em parte devido a oportunidade de trabalhar com Jean Simmons.[3]