Thrimalö

Thrimalö
འབྲོ་ཟ་ཁྲི་མ་ལོད

Tsenmo
Imperatriz Regente do Tibete
Reinado c. 675 - 689
c. 704 - 712
Antecessor(a) Mangsong Mangtsen
(1º governo)
Tridu Songtsen (2º governo)
Sucessor(a) Tridu Songtsen (1º governo)
Tride Tsuktsen (2º governo)
Morte 712
Marido Mangsong Mangtsen
Descendência
Tridu Songtsen
Dinastia Yarlung
Religião Bön

A imperatriz Thrimalö (em tibetano: འབྲོ་ཟ་ཁྲི་མ་ལོད, Wylie: vbro za khri ma lod, também grafado Khrimalod) foi uma co-governante não oficial do império tibetano, que governou de 675 a 689 e de 704 a 712. Seu título era tsenmo (o equivalente feminino de tsenpo, o título tibetano mais frequentemente traduzido como imperador).

Thrimalö era casada com o imperador Mangsong Mangtsen (também conhecido como Trimang Löntsen, Wylie: 'khri-mang-slon-rtsan).[1] O imperador morreu no inverno de 676/77, e no mesmo ano ela deu à luz o filho do imperador, Tridu Songtsen ( Wylie: 'khri 'dus-srong btsan).[2]

Quando Zhangzhung se revoltou no início do reinado de seu filho. Thrimalö compartilhou o poder com o Lönchen (regente) dele Gar Tridring do clã Gar (m'gar).[3] Quando seu filho, Tridu, fez campanha no território de Nanchao, na atual província chinesa de Iunã, de 700-4, ela retomou sua regência administrativa.[4]

De acordo com os Antigos Anais Tibetanos no inverno de 704-705, Lha (Balpho ou Lha Balpo), um dos filhos de Tridu Songtsen, assumiu o trono, mas Thrimalö destronou Lha em favor do bebê Rgyal Gtsug ru, o futuro imperador Tride Tsuktsen, popularmente conhecido como Me Agtsom. Revoltas e execuções acompanharam o golpe virtual, mas os anais tibetanos e as fontes chinesas têm pouco a informar sobre elas.[2]

Thrimalö havia arranjado um casamento real de Tride Tsuktsen com uma princesa chinesa. A princesa Jincheng (chines: 金城 公主, tibetano: Kyimshang Kongjo) chegou em 710, mas não está claro se ela se casou com Tsuktsen de sete anos ou com o deposto Lha Balpo.[5]

Lha aparentemente não foi morto, mas apenas forçado a uma semi-aposentadoria. Foi assim, talvez, o Imperador aposentado Lha que realmente recebeu e se casou com a princesa chinesa Jincheng em 710.[2] Em qualquer caso, o Tibete experimentou neste período mais inquietações internas do que externas pois estava visivelmente em paz com China, já que o Imperador Zhongzong havia restabelecido a dinastia, após Wu Zetian abdicar.[6]

Thrimalö morreu em 712. Tride Tsuktsen foi então oficialmente entronizado. Thrimalö continou a ser a única mulher na história do Tibete a governar o país.[2][5]

Precedido por
Mangsong Mangtsen
Tsenmo
(1º governo)

c. 675 - 689
Sucedido por
Tridu Songtsen
Precedido por
Tridu Songtsen
Tsenmo
(2º governo)

c. 704 - 712
Sucedido por
Tride Tsuktsen


Referências

  1. Dōngfāng wénhuà (em inglês). [S.l.]: Hong Kong University Press. 1965. p. 124 
  2. a b c d Kapstein, Matthew T. (2002). The Tibetan Assimilation of Buddhism:. Conversion, Contestation, and Memory (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press, p. 216 
  3. Beckwith, Christopher I. (2020). The Tibetan Empire in Central Asia:. A History of the Struggle for Great Power among Tibetans, Turks, Arabs, and Chinese during the Early Middle Ages (em inglês). [S.l.]: Princeton University Press, p. 43 
  4. Powers, John; Templeman, David (2012). Historical Dictionary of Tibet (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press, p. 363 
  5. a b Wang, Zhenping (31 de outubro de 2013). Tang China in Multi-Polar Asia:. A History of Diplomacy and War (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press. p. 154 
  6. Beckwith (1993). The Tibetan Empire in Central Asia:. [S.l.: s.n.] p. 70