Tomismo Analítico é um movimento filosófico que promove o intercâmbio de ideias entre o pensamento de Santo Tomás de Aquino (incluindo a filosofia relacionada ao seu pensamento, chamada de Tomismo) e a moderna Filosofia analítica.
O filósofo escocês John Haldane foi o primeiro a utilizar o termo no início da década de 90 sendo, desde então, um dos principais proponentes desse movimento. De acordo com Haldane, "o Tomismo analítica pretende estabelecer uma mútua relação de estilos e preocupações da recente filosofia inglesa e as ideias e interesses compartilhados por Santo Tomás e seus seguidores".[1]
O moderno reavivamento do pensamento aquinate pode se remontar ao trabalho de tomistas do meio do século XIX, como Tommaso Maria Zigliara, Josef Kleutgen, Gaetano Sanseverino e Giovanni Maria Cornoldi. Esse movimento ganhou grande força por causa da Encíclica Aeterni Patris do [[Papa Leão XIII] de 1879. Na primeira metade do século XX, Édouard Hugon, Réginald Garrigou-Lagrange, Étienne Gilson, e Jacques Maritain, entre outros, atendendo ao chamado de Leão XIII para um reavivamento tomista. [2]. Gilson e Maritain (em particular) ensinaram e ministraram aulas por toda a Europa e Norte da América, influenciando uma geração de anglófonos. Alguns destes começaram, então, a tentar harmonizar o Tomismo com as mais variadas tendências da filosofia contemporânea.
Similarmente, o Círculo da Cracóvia na Polônia se valeu de lógica matemática para apresentar o Tomismo, que o Círculo jugou ter "um corpo estruturado de proposições relacionadas em significado e em assunto, e conectadas por relações lógicas de compatibilidade e incompatibilidade, vinculação, etc." [3] O círculo foi considerado "a mais significante expressão do pensamento católico entre as duas Guerras mundiais".[4]
Na metade do século XX, o pensamento de Santo Tomás entrou em diálogo com a tradição analítica por meio do trabalho de G. E. M. Anscombe, Peter Geach e Anthony Kenny. Anscombe foi aluna de Ludwig Wittgenstein e sua sucessora na Universidade de Cambrdige. Ela se casou com Geach, ele mesmo um consumado lógico e filósofo da religião. Geach se converteu ao Catolicismo Romana enquanto estudava em Oxford, Anscombe havia se convertido antes, e ambos foram instruídos na Fé em Oxford pelo Dominicado Richard Kehoe, que recebeu a ambos na Igreja antes de um se encontrar com outro. Kenny, um ex-padre e católico, tornou-se um proeminente filósofo na Universidade de Oxford e ainda é considerado por alguns um promotor de Santo Tomás (Paterson & Pugh, xiii-xxiii), embora negue algumas doutrinas tomistas básicas, tornando duvidosa essa asserção.
Anscombe e outros como Alasdair MacIntyre, Philippa Foot e John Finnis, podem ser amplamente creditados pelo reavivamento da ética da virtude em teoria de análise moral e direito natural em jurisprudência. Ambos movimentos se fundam em Santo Tomás
Filósofos trabalhando na intersecção do Tomismo com a filosofia analítica incluem: