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Candiúva | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Trema micrantha (L.) Blume |
Trema micrantha também conhecida como Pau pólvora, periquiteiro, candiúva, candiúba, taleira, motamba, gurindiba, curindiba ou seriúva ou com o nome de seu gênero, Trema, é uma árvore nativa brasileira.[1]
É uma espécie pioneira pertencente a família das canabáceas, antes considerada pertencente a família das ulmáceas.[2]
O Pau Pólvora é uma espécie arbórea com altura de 5-20 m e tronco de 20-40 cm de diâmetro, revestido por casca verrucosa. Suas folhas são simples, lanceoladas, ovaladas ou oblonga lanceoladas, com face superior áspera e esparsamente vilosa, a inferior vilosa e glabrescente, com nervura principal e secundárias proeminentes. As flores são reunidas em inflorescências esbranquiçadas dispostas com os pecíolos foliares e os frutos são globosos e de coloração alaranjada quando maduros.[1]
Pode ser encontrada nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.[1]
Sua madeira é leve, macia ao corte, baixa resistência ao apodrecimento, sendo utilizada principalmente como lenha, carvão e fabricação de pólvora.[1][3]
Seus pequenos frutos são muito consumidos pela avifauna, fazendo com que a espécie tenha um alto valor ecológico.[3] Seus mais fiéis consumidores são os psitacídeos, família que engloba periquitos e maritacas.[4]
Por ser uma espécie pioneira, de rápido crescimento e grande versatilidade ecológica, pode ser utilizada em programas de plantios florestais e de recuperação de áreas degradadas por mineração.[1][3] Ela não ocorre em locais muito úmidos.[1]
Na cultura popular, as folhas da espécie já são utilizadas no tratamento de erupções cutâneas devido ao seu poder analgésico.[2]
Na medicina indígena, os frutos são usados para aliviar dor de dente.[5]
Um artigo da UFRJ reconheceu a Trema como uma planta utilizada com fins medicinais por comunidades caiçaras no tratamento de algumas condições como icterícia e hemorroida.[6]
Em 2023, pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) encontraram canabidiol (CBD) nas frutas e flores dessa planta. O CBD tem sido utilizado no tratamento da Epilepsia e Ansiedade. A vantagem dessa planta sobre a Cannabis Sativa é que o CBD não possui efeitos alucinógenos como o THC presente na Cannabis.[2][6][7]