Uma Noite no Rio | |
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'That Night in Rio' | |
Cartaz promocional do filme. | |
Estados Unidos 1941 • cor • 95 min | |
Género | comédia musical |
Direção | Irving Cummings |
Roteiro | Peça: Rudolph Lothar Hans Adler Adaptação: Jessie Ernst Filme: George Seaton Bess Meredyth Hal Long |
Elenco | Don Ameche Alice Faye Carmen Miranda |
Idioma | inglês |
That Night in Rio (bra/prt: Uma Noite no Rio[1][2] ) é um filme estadunidense de 1941, do gênero comédia musical, dirigido por Irving Cummings e protagonizado por Alice Faye, Don Ameche e Carmen Miranda.[3]
A fim de evitar controvérsias, como ocorreu em seu filme anterior, a 20th Century Fox submeteu o roteiro de That Night in Rio à Embaixada do Brasil em Washington, que censurou várias cenas consideradas "pouco convincentes". Além disso, o estúdio solicitou ao Departamento de Imprensa e Propaganda do governo Vargas fotografias do Rio de Janeiro, a fim de garantir uma recriação fiel dos cenários.[4]
O enredo apresenta Don Ameche em dois papéis distintos: o Barão Duarte, um rico industrial brasileiro, e Larry Martin, seu sósia. O ponto alto da atuação de Larry é uma impecável imitação do Barão, que impressiona amigos e parceiros de negócios. Quando o Barão precisa deixar o Brasil para resolver assuntos urgentes, Larry é convocado para se passar por ele durante um baile de máscaras. A baronesa Cecília Duarte (Alice Faye) não suspeita de que Larry não é seu marido, mesmo diante do tratamento mais romântico e galanteador que ele lhe dispensa. Por outro lado, a namorada do artista, Carmen (Carmen Miranda), fica irritada ao pensar que seu companheiro está se envolvendo com outra mulher.[5]
Os títulos de trabalho do filme incluíram inicialmente A Latin from Manhattan, Rings on Her Fingers, They Met in Rio e, por fim, The Road to Rio. A Twentieth Century-Fox teve que mudar o título para That Night in Rio devido a um conflito com a Paramount Pictures, que não queria que o estúdio promovesse o filme por pelo menos seis meses após o lançamento de Road to Zanzibar, para evitar confusões com os títulos semelhantes.[6]
O roteiro do filme, escrito por George Seaton, Bess Meredyth e Hal Long, é uma refilmagem de Folies Bergère de Paris (1935), dirigido por Roy Del Ruth e estrelado por Maurice Chevalier, Merle Oberon e Ann Sothern.[7] Ele se baseia na peça original O Gato Vermelho, de Hans Adler, que estreou em Nova York em 19 de setembro de 1934.[8] O chefe de produção da Fox, Darryl F. Zanuck, financiou a produção na Broadway e adquiriu os direitos do musical, utilizando a peça como base para o filme Folies Bergère de Paris. Após Uma Noite no Rio, a 20th Century Fox também usou a peça como referência para Escândalos na Riviera, de 1951, estrelado por Danny Kaye.[9][10]
Uma Noite no Rio marcou o sexto e último trabalho de Alice Faye e Don Ameche juntos. No filme, eles chegaram a gravar uma versão da canção "Chica Chica Boom Chic" como um número de dança, mas apenas a sequência entre Ameche e Carmen Miranda foi liberada para a edição final. O roteiro foi apresentado ao embaixador do Brasil em Washington, DC, que o aprovou e declarou que seria "um tipo de filme útil para as relações entre a América do Norte e do Sul".[11] Um relatório publicado nos arquivos da Motion Picture Production Code observou que o filme foi rejeitado para distribuição na Irlanda, embora não tenha sido dada uma razão específica.
Carmen Miranda sabia muito pouco inglês e precisou decorar as falas foneticamente antes das filmagens. A casa do Barão Duarte (Don Ameche) foi inspirada nas mansões de Laurinda Santos Lobo e de seu vizinho, o empresário Raymundo de Castro Maya, que hoje correspondem aos atuais Parque das Ruínas e Chácara do Céu.
Músicas escritas por Harry Warren e Mack Gordon:
Música escrita por Jararaca e Vicente Paiva:
Música escrita por Roberto Martins:
No Rotten Tomatoes, o filme tem 53% de aprovação do público, com base em 100 avaliações.[12] No IMDb, recebeu uma pontuação média de 6,7/10, com 732 votos.[13]
O crítico de cinema Dave Kehr, do Chicago Reader, destacou que "o technicolor e Carmen Miranda são as principais atrações deste musical".[14] A Variety observou que "[Don] Ameche convence em um papel duplo, e [Alice] Faye é atraente de se ver, mas é a tempestuosa Carmen Miranda que realmente se destaca desde a primeira sequência".[15]
O Los Angeles Herald-Examiner descreveu Carmen Miranda como "equipada com cores vibrantes, quadris articulados e exuberantemente alegre através do filme mais divertido de sua carreira em Hollywood". O Washington Star afirmou que "a tórrida Carmen Miranda ilumina o novo musical", enquanto o Hollywood Reporter comentou que "o desempenho de Miranda é vívido, ardente e tempestuoso".[16]
O Daily Mirror observou que "os lábios da aparentemente exótica Carmen Miranda são tão fascinantes quanto suas mãos".[17] Bosley Crowther, do New York Times, escreveu que "apesar dos ritmos latinos quentes e da presença de Carmen Miranda, That Night in Rio se afasta um pouco da fórmula de comédia musical, sacrificando inevitavelmente a originalidade" e concluiu que "não é um passo na direção certa".[18]