"We Are All on Drugs" (em português: Nós Estamos Todos Drogados) é uma música da banda americana de rock Weezer, lançada a 29 de Julho de 2005 como o segundo single do seu quinto álbum, Make Believe. Ao contrário do que se pensa, a música não é especificamente sobre drogas. De certo modo, Rivers Cuomo afirma que a música encontra-se mais relacionada com a sociedade sobre-estimulada, viciada na internet, no jogo, nas drogas e nas relações.
As primeiras cópias de Make Believe continham uma mistura incorrecta de "We Are All on Drugs", apresentando letra diferente na secção de transição pré-solo. Após a descoberta do erro, a banda colocou a versão correcta nas versões posteriores do álbum, lançando-a como single.
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I want to confiscate your drugs, I don't think I can get enough.
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I want to reach a higher plane, where things will never be the same.
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Existe também uma versão censurada chamada "We Are All in Love" (em português: Nós Estamos Todos Apaixonados), que é principalmente usada nas transmissões do vídeo nas estações que se opõem à referência às drogas, tendo também sido editada num CD promocional com um número de cópias muito limitado. O título foi sugerido pelo guitarrista Brian Bell[1] e, apesar desta edição, o cabeçalho do jornal que Cuomo lê na barbearia do vídeo mantém-se em "We Are All on Drugs".
A 9 de Maio de 2005, numa entrevista com a Y100, o vocalista Rivers Cuomo falou sobre a música.
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Não a levem literalmente... Eu estou a cantar mais sobre o facto de como nós todos estamos viciados em nos estimularmos a nós próprios e na forma como nos sobre-exaltamos com a música, ou o que quer que seja nas nossas vidas. Não é necessariamente sobre drogas.
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Os vários elementos da banda comentaram as suas inspirações para com a música.[2]
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Eu estava a viver num apartamento por cima da Sunset Strip, e todas as noites de Sexta e Sábado eu ouvia pessoas a passar e a festejar, e a buzinar e a gritar. Uma noite eu fui dormir e ouvi todos esses sons ao longo da madrugada, nos meus sonhos. Eu tive um sonho sobre um miúdo num autocarro, com hip hop a explodir no seu cérebro através dos seus auscultadores. E a música parecia tão decadente e sobre-estimulante, e de repente eu acordei no meio do sonho, dizendo imediatamente para mim mesmo, "Meu, nós estamos todos drogados!" E eu soube logo que esta seria uma boa música.
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Eu lembro-me da primeira vez que o Rivers a tocou para mim, e eu pensei logo, "Nós podemos fazer isto?" Tu sabes, quero dizer, esta seria uma música de sucesso, sem dúvida alguma. Apenas de cantar o refrão pela primeira vez, quando nós tocámos estas músicas acusticamente num escritório, foi tal e qual uma revolta porque era simplesmente demais — era como estivéssemos a fazer algo ilegal por dizer aquilo. E logo houve pensamentos do tipo, como é que os pais vão gostar disto? Ou tu sabes, será que seremos banidos dos miúdos, tu sabes, de ouvirem, sei lá, as suas colecções de álbuns? Eu penso que é uma música muito boa porque não está a dizer nada positivo ou negativo sobre as drogas. É uma daquelas músicas ambíguas. Eu estou inteiramente feliz pela minha introdução com a guitarra ter sido usada. [risos]
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Sim, eu tive de lutar por isso, meu! Vocês tinha essa coisa a correr, onde vocês queriam que fosse uma balada, quando era tão óbvio para mim que esta seria uma grande faixa de rock. Eu adoro aquela introdução.
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Sim, eu adorei aquela introdução da primeira vez que a trouxeste. Neste álbum tu vieste com tantas grandes introduções e transições musicais.
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Bem, isto é o que é fantástico na nossa música também, existem várias maneiras de a interpretar, e eu penso que todas elas deveriam ser exploradas, porque eu na verdade adorei — o Rivers tem uma diferente versão dela que funcionou igualmente bem. Eu penso que tudo deve ser explorado, ou estaremos a enganarmos a nós próprios.
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E também é interessante que nós por vezes descobrimos que quando um de nós começa a cantar um verso que eu criei, e parece que sua um milhão de vezes melhor. Gosto nesta música quando o Scott canta "never get enough" no refrão, é tão, mas tão certo, é óbvio que ele tem de cantar aquilo.
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Isso mesmo! É engraçado, e eu lembro-me de tu falares — quando tu vivias naquele apartamento — é como, [imitando Cuomo] "Eu ouço sempre aquelas pessoas a passar — WHOOO! WHOO! Durante toda a noite, um carro inteiro de raparigas do género — WHOO!" e é por isso que eu canto nessa música. [risos] É muito porreiro. Após os refrões nesses espectáculos, quando penso que ainda ninguém conhece a música, as pessoas já estão dentro dela. De todas as músicas novas, esta música foi aquela que pareceu que atingiu as pessoas mais rapidamente, para mim.
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Sim, o Kevin e o Bean [da popular rádio de Los Angeles KROQ] falam constantemente dessa música, eu penso. Eles são do tipo, "É o melhor título de sempre!".
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Existem dois vídes musicais para a música, um que apresenta a música a tocar sobreposta a uma versão reeditada do vídeo de 1985 "Fear No Evil" da banda inglesa Grim Reaper e outro que segue Rivers Cuomo num passeio ao longo de um mundo inteiramente sobre o efeito das drogas (com muitos dos extras a fazer mímica das letras). O último vídeo foi realizado por Justin Francis. O vídeo foi o mais complexo de ser filmado na história dos Weezer, durando dois dias, tendo vários actores, efeitos especiais e a determinado ponto, segundo Brian Bell, quase cancelado pela polícia.
Disco Vinil 7" Single Reino Unido (Vinil Rosa)
CD Retalho Reino Unido
Nota: O vídeo apresentado no CD é o da música sobreposta à versão reeditada do vídeo dos Grim Reaper de 1985 "Fear No Evil".
Referências
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