Johann Friedrich Wilhelm Wolff, apelidado de Lupus (Tarnów, Polônia, 21 de junho de 1809 — Manchester, Reino Unido, 9 de maio de 1864), foi um mestre-escola, publicista e revolucionário alemão.
Karl Marx lhe dedica o livro primeiro de O Capital (1867): "Dedico ao meu inesquecível amigo, o impávido, leal e nobre vanguardeiro do proletariado Wilhelm Wolff".[1]
Wilhelm Wolff nasceu em Tarnau, uma cidade do sudoeste da Polônia que hoje se chama Tarnów, em Ząbkowice Śląskie. Em 1831, virou membro ativo de uma organização radical de estudantes, o que o fez ser preso de 1834 a 1838.[2]
Em 1846, conhece Karl Marx e Friedrich Engels e vira membro da Liga dos Justos. Depois, é um dos fundadores da Liga dos Comunistas com Marx, Engels e outros.[2] Também torna-se editor da Neue Rheinische Zeitung ("Nova Gazeta Renana") no biênio 1848-1849.
Wolff foi participante ativo nas revoluções de 1848.[2] Após as consequências daquele enorme acontecimento por toda a Europa e na Alemanha contra o capitalismo e governos imperialistas, emigra, assim como muitos outros militantes comunistas e revolucionários, para a Suíça em 1849 e para a Inglaterra em 1851 (onde Marx e Engels irão se estabelecer).[2]
Foi membro do Parlamento de Frankfurt pela esquerda radical.[3] Wolff deixou uma fortuna substancial para Marx continuar produzindo sua obra por determinado tempo.[3]
A dedicatória de Marx no primeiro livro de O Capital (1867) a Wolff exalta e divulga o seu protagonismo vanguardista no movimento operário do século XIX.[1] Engels, por sua vez, lhe escreveu um texto biográfico em 1876.
A peça Os Tecelões ( Die Weber) de Gerhart Hauptmann é baseada no ensaio de Wolff sobre a revolta dos tecelões na Silésia em 1844 e sua supressão, Das Elend und der Aufuhr em Schlesien.[4]