Iote | |
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File:Ioté.svg Jogo em progresso. Se for a vez das brancas, elas têm a opção de capturar uma peça das pretas. | |
N.º de jogadores | 2 |
Faixa etária | A partir dos 8 anos[1] |
Tempo de montagem | Curta[2] |
Tempo de jogo | Curto[2] |
Influência da sorte | Nenhuma |
ioté (pronunciado iô-tái) é um jogo de estratégia abstrato jogado em um tabuleiro com 30 casas, na disposição 5x6.[3] Tem sua origem na África Ocidental, sendo popular no Senegal, Mali, Guiné e Gâmbia.[4] O jogo tem semelhanças com o jogo de damas.
No ioté, o tabuleiro começa vazio, e os jogadores devem colocar as peças onde quiserem. Além disso, cada vez que se captura uma peça do adversário (saltando sobre ela), deve-se remover uma segunda peça do adversário, de qualquer lugar do tabuleiro.[5]
ioté é jogado em um tabuleiro 5x6, que se inicia vazio. Cada jogador começa com 12 peças na mão. Jogadores alternam turnos. Na sua vez de jogar, um jogador pode:
O jogador que capturar todas as peças do adversário é o vencedor.
Se ambos os jogadores ficarem com 3 ou menos peças no tabuleiro e não for mais possível realizar capturas, o jogo empata.
Caso um jogador fique sem movimentos possíveis, ele perde. Se ambos os jogadores ficarem sem movimentos ao mesmo tempo, ganha quem tiver mais peças no tabuleiro.[6][5][7]
ioté é um jogo africano. Diferentes fontes apontam diferentes países africanos como relacionados ao jogo. O site BoardGameGeek relaciona o jogo ao Mali e ao Senegal.[8]
É um jogo popular por sua simplicidade, podendo ter seu tabuleiro simplesmente traçado na areia, ou desenhado com lápis e papel. As peças não podem ser desenhadas, mas podem ser usadas pedras de cores diferentes, ou mesmo pedras para um jogador e gravetos para o outro.[9]
É citado no livro Games of the World de 1975. Duas fotografias no livro mostram moradores do leste do Senegal jogando com gravetos e pedras na areia.[2]
Em 1995, uma versão eletrônica do jogo, chamada Yote: An African Board Game foi criada por Robert Mundschau, da Softdisk. No jogo, as peças são representadas por sapos, que saltam uns sobre os outros. O jogo está disponível para ser jogado online no Internet Archive.[7] Há também versões do jogo disponíveis para venda, e no site de jogos Kongregate.[1]
Atualmente, o yoté é utilizado como jogo matemático. O uso do Yoté pode formar competências, habilidades e atitudes, facilitar o ensino-aprendizado, e ser lúdico e dinâmico.[5]
Também pode ser usado como ferramenta para tornar mais lúdico e interdisciplinar o ensino da história afro-brasileira, como por exemplo em uma cartilha do Ministério da Educação do Brasil, onde ele aparece como forma de ensinar sobre personagens históricos negros, como Zumbi de Palmares e Chiquinha Gonzaga. Na atividade proposta, ao colocar uma peça no tabuleiro, o jogador deveria falar sobre o personagem que ela representa.[4] No entanto, isso pode deixar o início do jogo demorado.[5]
Uma versão online do jogo Yoté pode ser acessada em yote-game.