A Sombra de Rebecca | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Gênero | |||||||
Duração | 50 minutos | ||||||
Criador(es) | Glória Magadan[1] | ||||||
Baseado em | Madame Butterfly, de Giacomo Puccini, e Rebecca, de Daphne du Maurier[2] | ||||||
Elenco | |||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 90 | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Henrique Martins | ||||||
Tema de abertura | "A Sombra de Rebecca", Lyrio Panicali[3][4] | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | Rede Globo | ||||||
Formato de exibição | Preto e branco | ||||||
Transmissão original | 21 de fevereiro – 23 de junho de 1967 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A Sombra de Rebecca[nota 1] é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 21 de fevereiro a 23 de junho de 1967, em 90 capítulos, substituindo O Rei dos Ciganos e sendo substituída por Anastácia, a Mulher sem Destino. Foi a 3ª "novela das oito" exibida pela emissora.
Escrita por Glória Magadan e dirigida por Henrique Martins, é baseada na ópera Madame Butterfly, de Giacomo Puccini e no romance Rebecca, de Daphne du Maurier. Centrada no Japão e sem nenhum ator oriental no elenco, é considerada nos tempos modernos como um caso de yellowface por trazer brancos interpretando japoneses.[5]
Percebendo o sucesso da novela com temática japonesa Yoshico, um Poema de Amor na Rede Tupi – que trouxe Rosa Miyake como a primeira oriental protagonista de novela no Brasil –, a autora Glória Magadan decidiu também produzir uma trama centrada no Japão na Rede Globo, baseando-se na ópera Madame Butterfly, de Giacomo Puccini, e no romance Rebecca, de Daphne du Maurier.[6] A novela, no entanto, não trouxe nenhum ator descendente de orientais em seu elenco e colocou atores brancos como Yoná Magalhães, Mário Lago e Márcia de Windsor para interpretar japoneses, o que passou a ser considerado yellowface com o passar das décadas.[7] Ao final, a obra não conseguiu repetir o sucesso da novela exibida na concorrência.[5]
O haraquiri praticado por Suzuki no final é ritual tradicionalmente restrito aos homens e a prática por uma mulher é considerada ofensiva para a cultura japonesa.[5] Outro fato que irritou a comunidade nipo-brasileira foram os figurinos extravagantes e cheios de adornos criados pelo carnavalesco Arlindo Rodrigues.[7] Neuza Amaral, que originalmente faria apenas os seis primeiros capítulos, já havia mudado o visual para a novela Sangue e Areia quando foi convocada para gravar o último capítulo.[6]
Rebecca é dada como morta em um acidente aéreo indo para Tóquio encontrar o marido diplomata Sir Philip e o filho Carlinhos. Philip se apaixona pela japonesa Suzuki, que foi prometida pelo pai Tamura ao general Koburi, de quem sua irmã Josui é secretamente apaixonada. O casal então passa a enfrentar as armações de Tamura e da diabólica Diana, casada com o irmão de Philip, Thomas, mas que sempre foi apaixonada pelo cunhado. Quem também detesta Suzuki é a preconceituosa Miss Leila, governanta de Philip que a todo momento vive exaltando a falecida para fazer a japonesa se sentir uma intrusa.
No fim da trama, Rebecca reaparece revelando que foi salva do acidente e Philip decide voltar para a esposa, enquanto Suzuki, desolada, entrega-se ao haraquiri.[8]
Ator[9] | Personagem[9] |
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Yoná Magalhães | Suzuki Lee |
Carlos Alberto | Sir Philip Stevens |
Norma Bengell | Diana Stevens |
Mário Lago | Tamura Lee |
Miriam Pires | Miss Leila |
Ênio Santos | Koburi |
Márcia de Windsor | Josui Lee |
Emiliano Queiroz | Thomas Stevens |
Darcy de Souza | Norma |
Henrique Martins | Alex |
Luiz Orioni | Lord Percy Harrison |
Gracinda Freire | Milenne |
Álvaro Aguiar | Jay |
Antônio Dresjan | Charles Stevens |
Ator | Personagem |
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Neuza Amaral | Rebecca Stevens |