Affonso Camargo Netto | |
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Affonso Camargo Netto na década de 1980. | |
Deputado federal pelo Paraná | |
Período | 1º de fevereiro de 1995 a 1º de fevereiro de 2011 (4 mandatos consecutivos) |
Senador pelo Paraná | |
Período | 1º de fevereiro de 1979 a 1º de fevereiro de 1995 (2 mandatos consecutivos) |
84.º e 89.º Ministro dos Transportes do Brasil | |
Período | 1.º- 14 de março de 1985 a 14 de fevereiro de 1986 |
Presidente | José Sarney |
Antecessor(a) | Cloraldino Soares Severo |
Sucessor(a) | José Reinaldo Tavares |
Período | 2.º- 13 de abril de 1992 a 2 de outubro de 1992 |
Presidente | Fernando Collor |
Antecessor(a) | João de Santana |
Sucessor(a) | Alberto Goldman |
Ministro das Comunicações do Brasil | |
Período | abril de 1992 a outubro de 1992 |
Presidente | Fernando Collor |
Antecessor(a) | João Eduardo Cerdeira de Santana |
Sucessor(a) | Hugo Napoleão do Rego Neto |
1.º Vice-Governador do Paraná | |
Período | 20 de março de 1964 a 17 de novembro de 1965 |
Governador | Ney Braga |
Antecessor(a) | (cargo criado) |
Sucessor(a) | Alípio Ayres de Carvalho |
Dados pessoais | |
Nome completo | Affonso Alves de Camargo Netto |
Nascimento | 30 de abril de 1929 Curitiba, PR |
Morte | 24 de março de 2011 (81 anos) Curitiba, PR |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Paraná (UFPR) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Parentesco | Afonso Camargo (avô) |
Partido | PDC (1965) MDB (1966–1973) ARENA (1973–1979) PP (1980–1981) PMDB (1981–1987) PTB (1987–1992) PPR (1993-1995) PFL (1995–2001) PSDB (2001–2011) |
Profissão | engenheiro civil, político |
Affonso Alves de Camargo Netto GOMM (Curitiba, 30 de abril de 1929 — Curitiba, 24 de março de 2011) foi um engenheiro civil e político brasileiro. Foi ministro dos Transportes durante os governos Sarney e Collor. Pelo Paraná, foi vice-governador, senador e deputado federal durante dois e quatro mandatos, respectivamente.
Filho de Pedro Alípio Alves de Camargo e Ismênia Marçallo de Camargo, neto do ex-governador do Paraná, Afonso Camargo e descendente do fundador de Curitiba, bandeirante Baltasar Carrasco dos Reis.
Affonso Camargo Netto foi casado com Gina Flores de Camargo, filha de Fernando Flores, constituinte de 1946 e deputado federal pelo Paraná entre 1946 e 1955, com quem teve cinco filhos, dos quais dois adotivos. Casou-se pela segunda vez em março de 1994 com Nadir de Santa Maria de Camargo, com quem teve um filho.
Sua família paterna, formada por pecuaristas e donos de frigoríficos, fornecera quadros políticos ao antigo Partido Republicano Paranaense. Seu avô, Affonso Alves de Camargo foi deputado estadual por quatro mandatos (1898-1914), deputado federal (1921-1922), senador (1922-1927) e presidente do Estado do Paraná por duas vezes (1916-1920 e 1928-1930) durante a República Velha. Ocupava este último posto quando da eclosão da Revolução de 1930.
Affonso Alves de Camargo Netto era formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná em 1951 e Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná em 1952. Também era formado em curso de Desenho de Máquinas pela Escola Técnica Federal do Paraná (1946-1947) e curso de Análise Transacional e Gerência por Objetivos (1974).
Trabalhou na iniciativa privada até aproximar-se do então governador Ney Braga que o nomeou sucessivamente diretor do Departamento de Água e Energia Elétrica do Paraná e Secretário de Justiça sendo eleito vice-governador em 1964. Adversário político de Paulo Pimentel, trocou o antigo PDC pelo MDB após a instituição do bipartidarismo pelos militares. Tal opção política o fez romper com Ney Braga sendo por este derrotado na disputa ao senado em 1966.
Posteriormente Ney Braga e Paulo Pimentel romperam politicamente e Afonso Camargo recompôs sua aliança com o seu antigo padrinho político, fato que o levou à presidência do Banco do Estado do Paraná e a ser Secretário de Fazenda (1973-1974). Eleito presidente do diretório regional da ARENA em 1975 foi indicado senador biônico em 1978. Com a volta do pluripartidarismo seguiu rumo ao PP liderado por Tancredo Neves, a quem seguiu quando de seu ingresso no PMDB. Secretário-geral do partido, foi indicado Ministro dos Transportes em 1985 após a eleição de Tancredo Neves à Presidência da República e com o falecimento deste foi mantido na pasta por José Sarney. Neste período, criou o vale-transporte e assim ficou conhecido pela alcunha de "o pai do vale transporte".[2] Após deixar o governo foi reeleito senador em 1986.
Afonso Camargo deixou o PMDB no primeiro ano de seu novo mandato e foi candidato à presidência da República em 1989, pelo PTB sem que passasse do primeiro turno. Na rodada seguinte apoiou a candidatura de Fernando Collor a quem serviu novamente como Ministro dos Transportes nos últimos meses de seu governo quando ocupou também responsável a pasta das Comunicações. Em julho de 1992, como ministro dos Transportes, Camargo Neto foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1]
Foi eleito deputado federal em 1994, 1998, 2002 e 2006 sendo que durante esse período esteve filiado ao PPR e ao PFL antes de ingressar no PSDB em 2001.
Precedido por Cloraldino Soares Severo |
Ministro dos Transportes do Brasil 1985 — 1986 |
Sucedido por José Reinaldo Carneiro Tavares |
Precedido por João Eduardo Cerdeira de Santana |
Ministro dos Transportes do Brasil 1992 |
Sucedido por Alberto Goldman |
Precedido por João Eduardo Cerdeira de Santana |
Ministro das Comunicações do Brasil 1992 |
Sucedido por Hugo Napoleão do Rego Neto |