Alexander Schapiro (1882 - 1946) foi um escritor anarcossindicalista russo e militante ativo no movimento anarquista internacional.[1]
Schapiro nasceu em 1882, em Rostov do Don, e quando criança foi levado para a Turquia, onde frequentou a escola francesa em Istambul.[2] Como resultado, ele podia falar o russo, francês e turco, e viria a dominar o alemão e inglês.[2] Com a idade de onze anos, ele estava estudando as obras de anarquistas teóricos como Piotr Kropotkin, Jean Grave e Élisée Reclus.[2] Depois de estudar biologia na Universidade de Paris, em Paris, com a intenção de iniciar a carreira na medicina, foi forçado a abandonar os estudos por razões financeiras,[2] unindo-se ao seu pai em Londres, onde se envolveram ativamente na Federação Anarquista Londrina.[1]
Em Londres, ele foi membro da Arbeter Fraynd,[3] e delegado da Federação Judaica Anarquista de Londres no Congresso Internacional Anarquista de Amsterdã de 1907 ,[1] no qual foi eleito um dos três secretários tornando-se um de cinco membros do novo Departamento Internacional.[4] Ele foi um dos signatários do Manifesto Internacional Anarquista contra a Primeira Guerra Mundial, publicado em Londres, em 1915.[5][6] Foi secretário no ramo Londrino da Cruz Negra Anarquista, que fornecia ajuda principalmente aos anarquistas presos na Rússia, trabalhando ao lado de Peter Kropotkin, Varlaam Cherkezov e Rudolf Rocker.[7]
Em seguida da Revolução de Fevereiro de 1917, Schapiro retornou à Rússia começando a trabalhar no jornal Golos Truda (A Voz do Trabalho), buscando revigorar o movimento anarcossindicalista russo.[1]
Schapiro tornou-se um dos muitos anarquistas russos que colaboraram com o governo bolchevique na crença de que ele pode ajudar a melhorar as condições da classe trabalhadora; ele aceitou cargos no Comissariado Para Assuntos Judeus e, posteriormente, no Comissariado dos Negócios Estrangeiros.[1][8][9] Depois de alguns anos a serviço do regime bolchevique, mas protestando contra a perseguição e prisão de anarquistas, ele optou por ir para o exílio em 1922.[1] No exterior participou ativamente do ressurgimento na anarcossindicalista Associação Internacional dos Trabalhadores (IWA), criada na época principalmente para organizar auxilio para os anarquistas presos na Rússia.[1]
Ele trabalhou no jornal russo Rabochii Put' (A Voz dos Trabalhadores), com Gregory Maksimov enquanto em Berlim, antes de seguir para a França, onde continuou a trabalhar com a IWA e editado outro jornal anarcossindicalista, La Voix du Travail (A Voz do Trabalho). Schapiro deixou a Europa para Nova York, onde permaneceu um ativista incansável pela causa dos presos políticos russos até sua morte em 1946.[1][8]