Angélica Gorodischer | |
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Nascimento | 28 de julho de 1928 Buenos Aires, Argentina |
Morte | 5 de fevereiro de 2022 (93 anos) Rosário, Argentina |
Nacionalidade | argentina |
Cônjuge | Sujer Gorodischer |
Ocupação | escritora |
Prémios | World Fantasy Award for Lifetime Achievement (2011) |
Gênero literário | ficção científica e fantasia |
Magnum opus | Kalpa imperial (1983) |
Website | www |
Angélica Beatriz del Rosario Arcal de Gorodischer (Buenos Aires, 28 de julho de 1928 – Rosário,5 de fevereiro de 2022) foi uma escritora argentina conhecida por seus contos e coletâneas dos mais variados gêneros como ficção científica, fantasia e thrillers, com enredos a partir de uma perspectiva feminista.[1]
É considerada uma das vozes mais importantes da literatura argentina e foi pioneira da ficção científica no país.[2]
Gorodischer nasceu na capital argentina em 1928. Era filha de Fernando Félix Arcal, comerciante, e da poeta Angélica de Arcal, casados em 1924 em Rosário, mudando-se logo em seguida para Buenos Aires. Quando tinha 8 anos, a família se mudou de volta para a cidade de Rosário, que aparecia com frequência em suas obras, tanto que rm 2007, a cidade lhe conferiu o título de Cidadã Ilustre.[3] Crescendo rodeada por livros, em especial pela influência da mãe, Gorodischer desde pequena queria se tornar escritora.[4]
Em 1948, Angélica se casou com o arquiteto Sujer Gorodischer, adotando seu sobrenome para compor seu pseudônimo de autora. Estudou na Escuela Normal No. 2, de Rosário, onde se formou professora e ingressou no curso de Filosofia e Letras pela Universidad Nacional del Litoral, onde começou a cursar uma licenciatura, que não terminou.[4]
Em 1964 ganhou um concurso na revista Vea y Lea com o conto policial "En Verano, a la siesta y con Martina". Em 1988, recebeu uma bolsa Fulbright, graças à qual participou do International Writing Program da Universidade de Iowa, e em 1991, também com uma bolsa Fulbright, lecionou na Universidade do Norte do Colorado.[4]
Desde 1967 foi membro de júris de vários prêmios literários na Argentina e em outros países. Deu mais de 350 conferências, a maioria delas sobre literatura fantástica, também sobre escrita feminina e foi traduzida para o inglês, francês, alemão, italiano e grego. É considerada uma das três vozes femininas mais importantes da ficção científica na América Latina.[4]
No mercado anglófono, Gorodischer é mais conhecida pelo livro Kalpa Imperial (1983), com tradução para o inglês, em 2003, por Ursula K. Le Guin. É uma coletânea de contos que detalham a história de um vasto império fictício através de alegorias, fábulas e histórias de fantasia. Seu trabalho também foi publicado na antologia norte-americana Starlight 2.[5]
Além de histórias de ficção científica e fantasia, Gorodischer escrevia enredos criminais, onde sua detetive é uma senhora de alta classe que relutantemente e ao acaso se envolve no mundo da intriga internacional. Sua estreia literária no gênero aconteceu em 1985 com o conto Floreros de alabastro, alfombras de Bokhara, republicado em 1988 como Jugo de mango.[6]
Em 2011, Gorodischer recebeu o World Fantasy Award for Lifetime Achievement em reconhecimento à sua contribuição para a comunidade de escritores ficção científica e fantasia.[7]
Gorodischer morreu em 5 de fevereiro de 2022, em sua casa em Rosário, aos 93 anos.[2][7][8]