Arcamani

Arcamani

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38º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe
Arcamani
Arcamani (à direita) fazendo uma oferenda, no Templo de Dakka
Reinado fim do século III a início do Século II a.C.
Antecessor(a) Arnekhamani
Sucessor(a) Adacalamani
Sepultado em Beg. 7

Arcamani II[1] (Arqamani) foi um rei cuxita de Meroé no final do século III a.C. e início do século II a.C. conhecido por inscrições em Filas e Daca.[2] Identificado como a versão na escrita meroítica de Ergamenes II rei de Meroé ou da alta Etiópia durante o reinado de Ptolemeu II Filadelfo, mencionado por Diodoro Sículo, porém é possível que vários reis tenham sido fundidos em um único.[2][3][4]

Acredita-se que Arcamani governou em Meroé na época da revolta egípcia de Hugronafor contra Ptolemeu IV Filópator (cujo reinado ocorreu entre 221 e 204 a.C.). Sua comprovação histórica é atestada por uma série de inscrições e relevos nos templos de Calabexa, Filas e Daca. Em Daca, usurpou algumas inscrições de orações de oferenda originalmente ofertadas em honra de Ptolomeu IV. [5]

Arcamani tomou um elaborado antigo titularismo real egípcio que provavelmente reflete seu controle acima da Núbia Baixa reconquistada e seus habitantes. Seu nome de Hórus é Kashy-netjery-kheper, que significa "O cuxita cujo surgimento é divino ", enquanto o epíteto de seu nome de Sá-Ré é Ankhdjet-meriaset, que significa "Dada a vida, amado de Ísis", bem como Mkltk Istrk que está escrito em escrita meroitica e cujo significado não é conhecido. [6]

Arcamani foi enterrado em uma pirâmide em Begarawiyah na periferia de Meroé agora conhecida como Beg. N 7. [6]

Citação em Diodoro Sículo

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Diodoro Sículo [Nota 1] relata o costume dos reis da Etiópia (identificados no Livro III à cidade de Meroé) de reinarem até receberem ordens dos sacerdotes indicando que eles devem morrer.[7] Este costume perdurou até o reinado de Ergamenes, contemporâneo de Ptolomeu II, um rei com educação grega e estudioso de filosofia, que desprezou o comando dos deuses,[8] enviou seus soldados ao templo dourado dos etíopes e passou os sacerdotes ao fio da espada, abolindo este costume.[9]

Precedido por
Arnekhamani
38º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe

fim do século III a início do Século II a.C.
Sucedido por
Adacalamani


Notas e referências

Notas

  1. Diodoro Sículo dá como suas fontes o segundo livro de Agatárquides de Cnido, o oitavo livro de Artemidoro de Éfeso e autores egípcios, além de entrevistas que ele fez com sacerdotes egípcios e embaixadores da Etiópia

Referências

  1. Silva, Alberto da Costa (2009). «4. Napata e Méroe». A Enxada e a Lança - A África Antes dos Portugueses. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3947-5 
  2. a b J. Desmond Clark. The Cambridge history of Africa. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 228, 241. ISBN 9780521215923. Consultado em 17 de março de 2011 
  3. Samuel Sharpe (1859). The history of Egypt: from the earliest times till the conquest by the Arabs, A.D. 640. [S.l.]: E. Moxon. p. 316. Consultado em 17 de março de 2011 
  4. George Alexander Hoskins. Travels in Ethiopia, above the Second Cataract of the Nile. Exhibiting the State of that Country, and Its Various Inhabitants, under the Dominion of Mohammed Ali and Illustrating the Antiquities, Arts, and History of the Ancient Kingdom of Meroe. [S.l.]: Elibron.com. p. 314. ISBN 9781402160479. Consultado em 17 de março de 2011 
  5. Bianchi, Robert Steven (2004). Daily Life of the Nubians (em inglês). [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 224 
  6. a b Török, László (2015). The Kingdom of Kush:. Handbook of the Napatan-Meroitic civilization (em inglês). [S.l.]: BRILL. p. 204 
  7. Diodoro Sículo, Livro III, 6.1
  8. Diodoro Sículo, Livro III, 6.3
  9. Diodoro Sículo, Livro III, 6.4