"Army of Me" | |||||||
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Canção de Christina Aguilera do álbum Lotus | |||||||
Gravação | 2012; Henson Recording Studios (Hollywood, Califórnia); Radley Studios (Los Angeles, Califórnia) | ||||||
Género(s) | Eurodance, dance-pop | ||||||
Duração | 3:26 | ||||||
Editora(s) | RCA | ||||||
Composição | Christina Aguilera, Jamie Hartman, David Glass, Phil Bentley | ||||||
Produção | Tracklacers, Hartman (co-produtor) | ||||||
Faixas de Lotus | |||||||
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"Army of Me" é uma canção da cantora norte-americana Christina Aguilera, gravada para o seu sétimo álbum de estúdio Lotus. Foi escrita pela própria com o auxílio de Jamie Hartman, David Glass e Phil Bentley, sendo que a produção ficou a cargo de Tracklacers, Hartman. A sua gravação decorreu em 2012 nos estúdios Henson Recording, em Hollywood, e Radley Studios em Los Angeles, ambos localizados na Califórnia. Descrita pela própria Christina como a sequela do seu single de 2002, "Fighter", a intérprete decidiu gravar a música de modo a que os seus novos e jovens fãs tivessem algo para ouvir no caso de não estarem familiarizados com o seu trabalho anterior. Embora não tenha recebido qualquer tipo de lançamento em destaque, devido às vendas digitais após a edição do trabalho de originais, conseguiu entrar e alcançar a 103.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com 2,689 cópias vendidas no país.
A canção deriva de origens estilísticas do eurodance e dance-pop, sendo que o seu arranjo musical consiste no uso de vocais, instrumento de cordas, guitarra acústica, sintetizadores, baixo, piano, teclado e bateria. Liricamente, segundo a própria cantora, o tema retrata a força interior que o ser humano consegue ter após uma situação amorosa complicada. As análises a "Army of Me" por parte dos profissionais não foram unânimes, sendo que alguns dos analistas elogiaram a forte entrega de Aguilera ao transmitir a mensagem da faixa e consideraram ser um potencial single, contudo, consideraram negativo o facto de ser demasiado semelhante a "Fighter". A sua divulgação consistiu na interpretação ao vivo na cerimónia anual American Music Awards a 18 de Novembro de 2012, parte do conjunto com "Lotus Intro" e "Let There Be Love", também incluídas no disco.
Após o lançamento do sexto álbum de estúdio de Christina, Bionic, em 2010, que falhou em obter um desempenho comercial positivo,[1] sucedeu-se o divórcio do seu ex-marido Jordan Bratman, a sua estreia em cinema com o musical Burlesque e a gravação da banda sonora de acompanhamento.[2] Posteriormente, a cantora tornou-se treinadora no concurso The Voice transmitido pela NBC, e foi convidada para colaborar com a banda Maroon 5 em "Moves like Jagger", que esteve durante quatro semanas na liderança da Billboard Hot 100 dos Estados Unidos.[3] Após estes acontecimentos, Aguilera anunciou que queria gravar o seu sétimo disco de originais, afirmando que ambicionava por faixas "pessoais" e de excelente qualidade.[3] Numa entrevista, a intérprete falou sobre o significado do trabalho e revelou o seguinte:[4]
“ | [O álbum] será um ponto culminante de tudo que já experimentei, até agora... Já passei por muita coisa desde o lançamento do meu último álbum, como estar no (The Voice), passar por um divórcio,... Isso tudo é uma espécie de renascimento livre para mim. Estou a abraçar muitas coisas diferentes, mas sinto-me bem com tudo, super-expressiva [e] super-vulnerável. | ” |
A cantora manifestou ainda que o disco seria sobre "auto-expressão e liberdade" por causa dos problemas pessoais que tinha superado durante o último par de anos.[5] No programa The Tonight Show with Jay Leno em 2012, Christina falou sobre o seu novo material e confirmou que estava a demorar a gravar porque "não gostava de apenas obter as músicas a partir dos produtores". "Gosto que venham de um lugar pessoal... Estou muito animada, rematou, "É divertido, emocionante, introspectivo, e vai ser extraordinário".[6]
Numa entrevista com Andrew Hampp para a revista norte-americana Billboard, a cantora explicou como o seu papel no programa The Voice lhe permitiu atingir um novo público, uma nova geração, que pode não estar familiarizada com o seu trabalho anterior, incluindo canções como "Fighter".[2] Quando lhe foi perguntado se algumas das músicas em Lotus apresentavam semelhanças com o registo do seu álbum de 2002, Stripped, Christina respondeu que "Army of Me" era descrita na sua perspectiva como uma "Fighter 2.0":[2][7]
“ | Há uma canção chamada 'Army of Me' que é uma espécie de 'Fighter 2.0'. Existe uma nova geração de fãs de um público mais jovem que pode não me ter acompanhado desde sempre, mas sim desde do programa [The Voice] agora. Sinto que todas as gerações devem ser capazes de desfrutar e ter a sua faceta 'lutadora'. Desta vez, a maneira como foi concebida musicalmente, senti que era ideal para esta época e geração. Haverá sempre um lado lutador em mim, que irá ultrapassar os obstáculos e barreiras [impostas]. Todos estes [jovens de] seis anos de idade que me conhecem de carregar no botão e girar numa cadeira vermelha grande que não estiveram por perto para o real 'Fighter', esta é a minha oportunidade de recarregá-lo, rejuvenescê-lo e fazer algo moderno para eles. | ” |
Demonstração de 26 segundos de "Army of Me", que foi composta por sintetizadores, teclado, bateria, guitarra acústica, instrumento de cordas, baixo e piano.
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"Army of Me" é uma canção que deriva de origens estilísticas de eurodance e dance-pop,[8][9] produzida pela dupla britânica Tracklacers e Jamie Hartman,[10] com duração de três minutos e vinte seis segundos (3:26).[11] A sua gravação esteve a cargo de Josh Mosser e decorreu em 2012 nos estúdios Henson Recording, em Hollywood, e Radley Studios em Los Angeles, ambos localizados na Califórnia.[10] Aguilera ficou responsável pela produção vocal no The Red Lip's Room, em Beverly Hills, enquanto que Oscar Ramirez tratou da gravação dos mesmos.[10] A sua sonoridade foi construída através de sintetizadores, teclado, bateria, guitarra acústica, instrumento de cordas, baixo e piano, com coordenação de Hartman, Justin Stanley, Steve Daly, Jon Keep, The Professor, Songa Lee, Rodney Wirtz, Alisha Bauer, Marisa Kuney e Tyler Chester, com assistência de Zivi Krieger.[9]
A letra foi escrita por Christina, Hartman, David Glass, Phil Bentley.[10] Liricamente, segundo a própria cantora, o tema retrata a força interior que o ser humano consegue ter após uma situação amorosa complicada.[12] A artista apresenta-se como uma lutadora e diz ao seu ex-namorado que é mais forte do que ele, nomeadamente na passagem "Então, como é a sensação de saber que te ultrapassei? / Que te posso vencer?".[9][12] Embora seja transmitida uma sensação de uma falta de consolo pelo final da relação, Aguilera transmite que não se sente derrotada através dos versos "Uma [parte] de mim é mais sábia / Uma de mim é mais forte / Uma de mim é uma lutadora / E há milhares de facetas minhas / E vamos elevar-nos por cada vez que me magoaste / Vais enfrentar um batalhão meu".[7][13] Robert Copsey do portal Digital Spy destacou o excerto "Agora que sou sábia / Agora que sou forte / Agora que sou uma lutadora / Existem mil facetas em mim", acrescentando que é cantado através de uma "batida de tempo moderado triunfante".[14]
Após o lançamento do disco, as análises não foram unânimes por parte dos média especializados. Sarah Rodman do jornal The Boston Globe descreveu a canção como uma "dança de fúria em que Gloria Gaynor se cruza com [a banda] Depeche Mode",[15] enquanto que Annie Zaleski do The A.V. Club elogiou a prestação da cantora, adjectivando-a de "diva techno brincalhona e atrevida".[16] Andrew Hampp, editor da revista Billboard, e Chris Younie pelo canal 4Music, concordaram ambos que "Army of Me" poderia ter sido um potencial single.[9][12] Younie acrescentou que a música "cativa e emociona desde o início", além de ter uma energia "eufórica" e ser o tipo de "raiva" pop que Kelly Clarkson "daria o seu braço direito" para ter.[12] Mike Wass do sítio Idolator considerou que, apesar da obra ser de "qualidade", serviu apenas para "encher" o álbum. O analista afirmou ainda, que como escrita que foi, soa como se tivesse sido uma boa faixa para incluir no disco anterior de Christina, Bionic, mas Wass acha que a cantora "não estava a exagerar" quando se refere a ela como "Fighter 2.0".[13] Em conclusão, o crítico avaliou os vocais da intérprete como "dispersos" e considerou no geral uma adição "peculiar" para Lotus.[13] Lucas Villa da companhia Examiner notou igualmente parecenças com o registo anterior da artista de 2002, realçando que no refrão, "ela canta que existem muitos lados do seu [próprio] eu, que são "mais sábios", "fortes" e "lutadores"".[17] Villa concluiu que é um "rasgo de um clássico para os fãs com uma letra reciclada".[17]
Melinda Newman do HitFix classificou "Army of Me" como "desconexa", em que a jovem está "prestes a erguer-se contra aqueles que se meterem no seu caminho", terminando com referência ao facto de não ser algo inovador no panorama.[18] Robert Copsey do Digital Spy descreveu a melodia como "nada que já não se tenha ouvido antes, mas há uma urgência que sugere que Christina necessita disto para tirar [algo] do seu sistema",[14] e além de Matthew Horton do grupo Virgin Media concordar com Copsey, acrescentou que Aguilera soa como uma pessoa forte e declara guerra.[8] Kitty Empire do britânico The Observer revelou na sua análise que encontrava diversas semelhanças com "Fighter", além de citar o tema de Björk com o mesmo nome como outra influência, devido ao seu "domínio emocional".[19] Melissa Maerz da publicação norte-americana Entertainment Weekly observou a mensagem da obra como confusa e não entendeu exactamente em relação ao que a cantora estava a tentar erguer-se e lutar com, escrevendo o seguinte: "Ela grita 'E vamos elevar-nos... / Por cada vez que me magoaste / Bem, vais enfrentar um batalhão meu' que coloca a questão: "Erguer-se contra quem? Estará o mundo todo contra ela, ou esta é só uma desculpa para utilizar um par de calças camufladas sensuais?".[20] Michael Gallucci do portal PopCrush foi mais crítico em relação à canção, considerando que soa como um trabalho de Cher que apresenta Aguilera a utilizar "excessivamente" as suas cordas vocais.[21]
Christina interpretou a canção pela primeira vez durante a 40.ª cerimónia anual dos American Music Awards a 18 de Novembro de 2012, transmitida a partir do Nokia Theatre em Los Angeles, California.[22] A cantora, após ter sido uma das primeiras a ser anunciada, cantou "Army of Me" como parte do conjunto com outras duas faixas de Lotus: "Lotus Intro" e "Let There Be Love".[23] Durante uma entrevista com a MTV News, Aguilera revelou como seria a actuação e a direcção criativa que tinha sido estabelecida para a mesma:[22]
“ | É muito emocionante. Será definitivamente um reflexo do que Lotus significa para mim. Se tirar [a ideia] da capa do álbum e lhe der um toque de desempenho, eu vou [conseguir] trazer vida à capa do álbum, por isso vai ser muito divertido. Não posso revelar muito sobre as músicas, mas definitivamente vai representar o álbum porque é muito multifacetado. Não representa "Your Body" como um único tom. Tem as suas baladas, e tudo o que vem de um sítio muito sincero, profundamente enraizado em que ou nos estamos a divertir ou nos sentimos vulneráveis. | ” |
Na performance, a artista tinha um espartilho justo desenhado por The Blonds, que também já trabalhou na indumentária de Lady Gaga.[23] Leah Simpson do jornal britânico Daily Mail escreveu que Aguilera "coloca um toque sexy no patriotismo com uma roupa de estrela e conseguiu obter vantagem nalgumas corridas em direcção ao topo".[23] O desempenho foi acompanhado com rotinas de dança e bailarinos com sacos de tortura na cabeça, com palavras escritas como 'Freak' e 'Queen'.[23] Bruna Nessif do E! Online descreveu o espectáculo como "interessante" e notou que o tema "de celebrar como realmente somos" era semelhante ao conteúdo moral presente no álbum de Gaga, Born This Way.[24] Após a conclusão do seu alinhamento, Christina subiu novamente ao palco para se juntar ao rapper Pitbull para a colaboração de ambos, "Feel This Moment".[23]
Após o lançamento do disco, a faixa conseguiu entrar e alcançar a 103.ª posição na tabela musical da Coreia do Sul, South Korea Gaon International Chart, com vendas avaliadas em 2,689 cópias.[25]
Tabela musical (2012) | Melhor posição |
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Coreia do Sul - Gaon International Chart[25] | 103 |
Todo o processo de elaboração da canção atribui os seguintes créditos pessoais:[10]