Arsenura armida

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A ilustração da descrição original da mariposa neotropical A. armida proveniente da obra de Pieter Cramerː De uitlandsche kapellen, voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America (1779).
A ilustração da descrição original da mariposa neotropical A. armida proveniente da obra de Pieter Cramerː De uitlandsche kapellen, voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America (1779).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Saturniidae
Subfamília: Arsenurinae
Tribo: Arsenurini
Género: Arsenura
Duncan, 1841
Espécie: A. armida
Nome binomial
Arsenura armida
(Cramer, 1779)[1][2]
Lagartas de A. armida demonstrando seu alto grau de gregarismo e aposematismo em sua cor avermelhada. Coatepec, Veracruz, México.
Distribuição geográfica
A mariposa, ou traça, A. armida é encontrada em grande parte da região neotropical, do México[2] ao Brasil[1][3] e norte da Argentina.[4]
A mariposa, ou traça, A. armida é encontrada em grande parte da região neotropical, do México[2] ao Brasil[1][3] e norte da Argentina.[4]
Sinónimos
Phalaena armida Cramer, 1779
Phalaena cassandra Cramer, 1779
Arsenura cassandra (Cramer, 1779)
Bombyx erythrinae Fabricius, 1781[2]
Arsenura erythrinae (Fabricius, 1781)[5]

Arsenura armida é um inseto da ordem Lepidoptera; uma mariposa, ou traça, noturna e neotropical da família Saturniidae e subfamília Arsenurinae, classificada em 1779 por Pieter Cramer, com a denominação Phalaena armida, na página 6 do volume 3 da obra De uitlandsche kapellen, voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America;[1][2] o seu gênero, Arsenura, classificado por James Duncan em 1841;[1] esta espécie sendo sua espécie-tipo, distribuída desde o México[2] até a América do Sul, na região sudeste e sul do Brasil ao norte da Argentina;[1][3][4] o seu holótipo coletado no Suriname.[2]

As lagartas de Arsenura armida são gregárias e não possuem cerdas urticantes, embora possam apresentar longos prolongamentos dorsais,[6][7] se alimentando de plantas dos gêneros Croton (família Euphorbiaceae),[8] Annona (família Annonaceae),[9] Bombacopsis, Bombax, Ceiba, Chorisia, Guazuma, Pachira, Rollinia, Sterculia e Theobroma (família Malvaceae).[10] É a única Arsenurinae conhecida a exibir, em seu estágio larval de desenvolvimento, uma combinação de forte aposematismo, gregarismo e comportamento de seguir trilhas, sendo coloridas com faixas pretas e amarelas brilhantes, que sinalizam seu sabor desagradável, ou que são fatalmente venenosas para os pássaros, descansando, durante o dia, em grandes massas conspícuas nos troncos das árvores e descendo à noite para se alimentar. Ao retornar, ao amanhecer, elas seguem uma trilha com certo tipo de feromônio até sua localização original. Outros membros do gênero Arsenura vivem vidas mais solitárias.[11][12] Dentre as espécies de plantas atacadas estão Bombax ceiba (paineira-vermelha-da-índia), Ceiba pentandra (mafumeira), Ceiba insignis, Ceiba speciosa (paineira), Croton hemiargyreus, Croton rhamnifolius, Guazuma ulmifolia (mutambo), Pachira quinata, Rollinia longifolia, Rollinia membranacea, Sterculia excelsa e Theobroma cacao (o cacaueiro).[10][11]

Referências

  1. a b c d e «Arsenura Duncan, 1841». SiBBr - Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  2. a b c d e f Savela, Markku. «Arsenura armida (Cramer, [1779])» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  3. a b ORLANDIN, Elton; FAVRETTO, Mario Arthur; PIOVESAN, Mônica; SANTOS, Emili Bortolon dos (2016). Borboletas e mariposas de Santa Catarina:. uma introdução 1ª ed. Brasil: Campos Novos (ResearchGate). p. 161. 214 páginas. ISBN 978-85-915509-8-2. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  4. a b Tejo, Luis Cesar. «(Arsenura armida (em espanhol). EcoRegistros - Registros Ecológicos de la Comunidad. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025. Argentina, Misiones. 
  5. «Arsenura armida Cramer, 1780» (em inglês). GBIF. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  6. Hillermann, Wolfgang Walz (10 de março de 2023). «Arsenura armida (Cramer, 1779)». Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  7. Lep Web (1 de março de 2020). «Arsenura armida (Cramer, 1779)». Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  8. «Croton» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  9. «Annona» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  10. a b «Arsenura armida» (em inglês). HOSTS (myspecies.info). 1 páginas. Consultado em 26 de janeiro de 2025 
  11. a b Costa, James T. «Arsenura armida Saturniidae» (em inglês). Kennesaw State University. 1 páginas. Consultado em 28 de janeiro de 2025 
  12. LEMAIRE, Claude (1978). Les Attacidae americains (em francês). França: C. Lemaire. p. 199. 238 páginas 

Ligações externas

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