Balzi Rossi é um topônimo dum complexo de cavernas onde foram descobertos, em meados do século XIX, diversos objetos da época Paleolítica. É também topônimo de uma praia, e de um museu.
O sítio arqueológico fica na Ligúria, nas cercanias da frazione Grimaldi de Ventimiglia (província de Impéria), a pouca distância da passagem fronteiriça de Ponte San Ludovico e de Menton.
Devem o seu nome à típica cor da rocha, um alta falésia de cerca de 100 metros de alta formada por rocha calcária dolomítica rica em minerais ferrosos.
O complexo é formado por uma quinzena de cavernas, das quais as mais importantes são (de oeste a leste):
Entre os numerosos achados das cavernas estão, além de restos animais de diversas épocas, sepulturas humanas (ao todo uma vintena), variados objetos (entre eles, estatuetas como as Vênus de Balzi Rossi, adornos, utensílios em pedra) e mesmo uma gravura rupestre representando um cavalo. Ao menos sete dos esqueletos descobertos relacionam-se com a presença do Homem de Cro-Magnon, cuja versão local se chama Uomo di Grimaldi («Homem de Grimaldi»).
As principais sepulturas são as seguintes:
É a estes últimos indivíduos, em particular, que se deve a definição de negroidi di Grimaldi («negroides de Grimaldi»), devido à sua morfologia análoga ao tipo humano negroide moderno, como o nariz ou a pélvis alta e estreita. Media 159 metros de altura e 156 o novo.
S. Sergi propõe (1967) que os Grimaldiani foram de origem africana, mas a opinião mais difundida é que a semelhança com os negroides não implicam uma ligação genética. H. Vallois nega mesmo a afinidade.
Junto às cavernas há um pequeno museu pré-histórico, fundado em 1898 por Sir Thomas Hanbury, ampliado e renovado em 1994; custódia vários dos esqueletos e dos objetos recuperados.
Deixando o cabo da Mortola, a via Julia Augusta seguia o seu itinerário para Cemenelum atravessando a falésia dos Balzi Rossi.
Nos Balzi Rossi depois da construção da linha ferroviária Ventimiglia-Nizza e os danos causados pela Segunda Guerra Mundial, é difícil encontrar as traças conservadas da antiga quadra romana. Somente pode ver-se um corte escavado na rocha que permitia o passo, quase na ribeira do mar, da via romana.