CS Mackay-Bennett | |
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O Cable Ship Mackay Bennett | |
Construção | John Elder and Co., Glasgow (Escócia, Reino Unido) |
Viagem inaugural | 18 de setembro de 1884[1] |
Porto de registro | Londres, Reino Unido |
Período de serviço | 1884 - 1922 |
Estado | Afundado durante a Segunda Guerra Mundial, e desmantelado em 1965. |
Características gerais | |
Deslocamento | 2000 toneladas [2] |
Largura | 25em |
Comprimento | 79 m[3] |
Pontal | 12,2 m[3] |
Calado | 6,6 m[3] |
O CS (Cable Ship) Mackay-Bennett foi um navio britânico encarregado de reparar cabos submarinos, pertencente à Commercial Cable Company. Teve uma longa trajetória no conserto de cabos no Atlântico Norte.
Mesmo tendo como base a cidade de Halifax, no Canadá era utilizado com frequência para operações na Europa, quando sua base era então a cidade de Plymouth na Inglaterra.
É famoso por ter sido contratado em 1912 para resgatar os corpos das vitimas do Titanic.
O Mackay-Bennett foi construído em Glasgow, na Escócia em 1884 para a Commercial Cable Company e foi batizado com os sobrenomes dos fundadores da empresa: John William Mackay e James Gordon Bennett. Foi colocado em serviço nesse mesmo ano e foi utilizado para a instalação e consertos de cabos submarinos durante vários anos.
Em abril de 1912, a White Star Line contratou seus serviços para recuperar os corpos das vítimas do naufrágio do Titanic, pagando 550 dólares por dia.[3] O barco, sob o comando do capitão Frederick Harold Larnder, zarpou com uma equipe de embalsamadores a bordo (dirigida por John R. Snow Jr.),[3] e com grande estoque de gelo, mortalhas e caixões.
O Mackay-Bennett começou as buscas em 17 de abril de 1912 e em 13 dias resgatou 306 cadáveres, incluindo o do multimilionário John Jacob Astor[4] e o corpo de Wallace Hartley, diretor da orquestra do Titanic.[5] Mais tarde, foi auxiliado nas buscas pelos navios Minia, Montmagny e Algerine. Dos 306 corpos recuperados pelo Mackay-Bennett, 116 foram devolvidos ao mar por causa de seu estado de descomposição avançado.[4] Na manhã de 30 de abril de 1912, o Mackay-Bennett chegou ao porto de Halifax com 190 corpos a bordo.[3]
Depois de encerrar a busca pelos corpos, o barco seguiu com suas funções de barco de instalação e reparo de cabos submarinos. O autor canadense Thomas Head Raddall serviu por um tempo como operador de rádio a bordo do Mackay-Bennett,[6] e algumas de suas novelas estão baseadas em sua experiência a bordo.
O Mackay-Bennett foi retirado de serviço em 1922 e depois de ser parcialmente desmontado foi utilizado como armazem flutuante no porto de Plymouth, Inglaterra.[1] Durante a Segunda Guerra Mundial foi bombardeado e afundado pelos alemães durante a Blitz. Mais tarde foi consertado e seu casco foi finalmente desmantelado em Gante, na Bélgica em 1965.[1]