Carlos Aboim Inglez | |
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Carlos Inglez em 1988 | |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de janeiro de 1930 Lisboa |
Morte | 13 de fevereiro de 2002 (72 anos) Lisboa |
Partido | Partido Comunista Português, |
Profissão | Dirigente do Partido Comunista Português, escritor |
Parte de uma série sobre o |
Partido Comunista Português |
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Imprensa partidária |
Relacionados |
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Carlos Aboim Inglez (Lisboa,[1] 5 de janeiro de 1930 — Lisboa, 13 de fevereiro de 2002) foi um político e intelectual comunista revolucionário e antifascista português, militante e dirigente do PCP.
Entrou no partido apenas com 16 anos, em 1946. Preocupou-se, nos últimos anos de vida, sobre o tema da globalização, sob uma perspetiva marxista, articulando-a com a noção de fases na mundialização do capitalismo e a noção de imperialismo.
Em 1953, com 23 anos, torna-se funcionário do PCP, o que significava, nessa altura, e durante mais de duas décadas ainda, passar à clandestinidade, algo que viveu com a sua mulher Maria Adelaide Aboim Inglez. Esteve preso durante o regime do Estado Novo, altura em que tentou traduzir a "Fenomenologia do Espírito" de Hegel, tendo ficado pela "Introdução".
Poeta, mostrou grande interesse pela poesia portuguesa, como se nota no facto de incluir várias notas sobre poesia no jornal comunista "Avante!", como a respeito de Sá de Miranda, Camões ou Gil Vicente. Interessava-o as relações entre o pensamento materialista e a controvérsia medieval entre o realismo e nominalismo.
Quando morreu, pediu para ser cremado ao som do Coro dos Escravos da Ópera Nabucco, de Verdi.
A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe a sua homenagem ao atribuir o seu nome a uma rua na freguesia da Charneca, no Alto do Lumiar.[2]