Causa Radical La Causa Radical | |
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Porta-voz | Andrés Velásquez |
Fundador | Alfredo Maneiro |
Fundação | 1971 (53 anos) |
Sede | Santa Teresa, Caracas |
Ideologia | Socialismo democrático Democracia radical |
Espectro político | Centro-esquerda |
País | Venezuela |
Afiliação nacional | Mesa da Unidade Democrática |
Assembleia Nacional da Venezuela | 4 / 167 |
Parlamento do Mercosul | 1 / 23 |
Governadores | 0 / 23 |
Prefeitos | 2 / 335 |
Cores | Amarelo Azul |
Página oficial | |
https://lacausar.org.ve/ | |
A Causa Radical (em castelhano: La Causa Radical, abreviado para LCR ou La Causa Я) é um partido político venezuelano, criado em 1971 por dissidentes do Partido Comunista da Venezuela.
A Causa Radical foi criada com base nas ideias de Alfredo Maneiro, que propunha que chamava "democracia radical", um aprofundamento da democracia a partir da participação popular e contrário tanto ao socialismo autoritário como à democracia liberal. Alfredo Maneiro considerava o movimento como "peculiar e excêntrico" dentro da esquerda venezuelana, e também o considerava "tenuamente marxista e não dogmático".[1]
O partido nasceu de uma cisão no Partido Comunista da Venezuela, quando surgiu também o Movimento ao Socialismo (MAS). A sua primeira vitória foi a presidência do sindicato dos trabalhadores da SIDOR em 1979, conquistada à Ação Democrática.
A partir de 1983 o partido começou, sem êxito, a apresentar candidatos às eleições presidenciais - o seu líder Andres Velásquez começou por ter 0,09% dos votos; em 1988 inicialmente planeou candidatar o historiador Jorge Olavarria, mas acabou por voltar a candidatar Velásquez, que subiu para 0,37%, ficando em oitavo lugar.
No entanto, com o descrédito dos partidos tradicionais e a insurreição popular conhecida como Caracazo, o partido aumentou a sua popularidade, nomeadamente nos bairros pobres de Caracas, e nas presidenciais de 1993 Velásquez teve um aumento surpreendente da votação, ficando em quarto lugar com 21,95%. Nas eleições de 1998 o partido inicialmente apoiou Irene Sáez, presidente do município de Chacao, mas devido a desacordos, a Causa Radical finalmente apresentou a candidatura de Alfredo Ramos, que obteve o sexto lugar com 0,11% dos votos.[2]
No ano anterior a Causa Radical sofreu uma cisão da sua ala mais à esquerda, liderada por Aristóbulo Isturiz e Pablo Medina, que passou a denominar-se Pátria Para Todos (PPT), e em 1988 apoiou a candidatura presidencial vitoriosa do antigo militar Hugo Chávez. Nas eleições presidenciais de 2000, a Causa Radical apoiou Francisco Arias Cárdenas, que ficou em segundo lugar com 18,95% dos votos.
Em 2002 a Causa Radical integrou a Coordenadora Democrática, uma vasta e diversa aliança de partidos e organizações cujo ponto em comum era a oposição do governo de Chávez, mas que se dissolveu em 2004. Em 2006, a Causa Radical (tal como grande parte dos outros partidos da oposição, basicamente os mesmos que haviam feito parte da Coordenadora Democrática) apoiou o candidato do partido Um Novo Tempo, o social-democrata Manuel Rosales, para as eleições presidenciais; no entanto não conseguiu impedir a reeleição de Chávez, e a LCR obteve uma percentagem muito baixa de votos.
Em março de 2007 vários militantes abandonam o partido para se integrarem em Um Novo Tempo. Em 2007 foi um dos partidos que apelou ao "não" no referendo constitucional de 2007 (em que foi apresentada a proposta de eliminar os limites à reeleição presidencial).
Nas eleições parlamentares de 2010, a Causa Radical obteve 103.367 votos (0,91% dos votos válidos), tornando-se no décimo partido mais votado da Venezuela, e o oitavo da coligação opositora Mesa da Unidade Democrática.[3] Nesta eleição 53,06% dos seus votos vieram do estado Bolívar.[3]
Alguns dos seus membro trabalham politicamente nos sindicatos, nomeadamente na central sindical CTV, sendo a sua atividade sobretudo nas empresas siderúrgicas e elétricas.
Data | Votos | % | Câmara dos Deputados | Senado | Notas |
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1978 | 12.573 | 0,2% | 0 / 199 |
0 / 44 |
|
1983 | 35.304 | 0,5% | 0 / 200 |
0 / 44 |
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1988 | 117.562 | 1,6% | 3 / 201 |
0 / 46 |
|
1993 | 974.190 | 20,7% | 40 / 203 |
9 / 50 |
|
1998 | 152.277 | 3,47%[4] | 6 / 207 |
1 / 54 |
Data | Votos | % | Assembleia Nacional | Notas |
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2000 | 196.787 | 4,41%[5] | 3 / 165 |
|
2005 | 18.960 | 0,6% | 0 / 167 |
Eleição boicotada por quase toda a oposição |
2010 | 203.740 | 1,2% | 3 / 165 |
Integrante da coligação MUD |
2015 | 203.740 | 1,2% | 4 / 167 |
Integrante da coligação MUD |