DJ Dolores | |
---|---|
Informação geral | |
Nome completo | Hélder Aragão |
Também conhecido(a) como | DJ Dolores |
Local de nascimento | Propriá, SE |
Origem | Recife, PE |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | |
Ocupação(ões) | |
Período em atividade | 1997-presente |
DJ Dolores, mais conhecido pelo seu nome artístico de Hélder Aragão (Propriá, 1966) é um cantor, compositor, designer, escritor e DJ brasileiro.
Filho de músico, é por intermédio do pai que, desde pequeno, tem acesso ao jazz, choro e músicas da tropicália. Na adolescência, muda-se com a família para Aracaju, momento em que se identifica fortemente com a cultura punk e a musicalidade de bandas inglesas, como The Clash e Sex Pistols.[1] Em 1984, chega ao Recife e logo torna-se amigo do jornalista e músico Fred Zero Quatro, dos jornalistas Renato L. e Mabuse e do músico Chico Science, todos integrantes do que se consagra como a cena manguebit no início dos anos 1990, também nomeada pela crítica jornalística dessa época como manguebeat.[2]
Apesar de não configurar como um gênero musical, há várias referências que influenciam esse grupo de amigos, como a música eletrônica, o hip hop e o hardcore brasileiro e ritmos folclóricos do Nordeste brasileiro, como maracatu, coco e ciranda.[3] Além disso, inspira-se na literatura de ficção científica, nos quadrinhos e na obra dos cientistas sociais naturais do Recife Josué de Castro e Gilberto Freyre. Nesse período, Helder Aragão cria a dupla Dolores e Morales com o roteirista Hilton Lacerda em diversos trabalhos multimídia, como o projeto gráfico da capa do disco de estreia da banda Chico Science e Nação Zumbi, Da Lama ao Caos, lançado pela Sony Music Brasil, em 1994.[4][5] Dolores, codinome adotado por ele, pertence a uma tia rabugenta de seu amigo e parceiro Lacerda. Paralelamente, como DJ Dolores, atua em festas organizadas na região portuária do Recife Antigo.[4] Cria o grupo DJ Dolores e Orchestra Santa Massa, em 1998, e lança o disco Contraditório?, em 2002. A banda se apresenta em importantes festivais nacionais e internacionais. A partir de então, a carreira de DJ Dolores se volta principalmente para o cenário europeu.[4]
Desde o início da carreira, realiza trilhas para filmes, como Enjaulado, O Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas, Narradores de Javé; para peças de teatro, como A Máquina, de João Falcão; e para espetáculos de dança, como Desatino do Norte, para o Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo.[6]
Em 2005, participa da coletânea Rip, Mash, Sample, Share, criada pela revista americana Wired, em parceria com o Creative Commons, para apoiar o projeto de flexibilização do copyright, e da qual também fazem parte músicos como o escocês David Byrne, criador da banda Talking Heads, o grupo americano de hip-hop Beastie Boys e o brasileiro Gilberto Gil. Nesse mesmo ano, lança o CD Aparelhagem, cujo título alude ao nome dado aos sistemas sonoros de bailes funk no Rio de Janeiro e tecnobrega em Belém. Produz, em 2008, o disco 1 Real, embebido da cultura dos vendedores ambulantes do Recife, em que há várias faixas compostas em inglês.
Ano | Prêmio | Categoria | Nomeações | Resultado |
---|---|---|---|---|
2016 | Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro[7] | Melhor Trilha Sonora | Indicado | |
2021 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro[8] | Melhor Trilha Sonora | Pendente |