Lytton Strachey, James Strachey, Pernel Strachey, Oliver Strachey, Philippa Strachey, Ralph Strachey, Richard John Strachey, Elinor Strachey, Marjorie Colville Strachey
Em 1903, Dorothy, então com 37 anos, casou com o pintor francês Simon Bussy (1870–1954), cinco anos mais novo, filho de um sapateiro da cidade de Dole e amigo próximo de Henri Matisse, estando no limiar do Grupo de Bloomsbury. Apesar do liberalismo dos seus pais, Dorothy Strachey permaneceu determinada a se casar com o pintor contra a vontade dos seus pais, algo que o seu irmão Lytton mais tarde referiu como um acto de "coragem extraordinária".
Fruto do seu casamento, teve a pintora Jane Simone Bussy (1906–1960).
Dorothy era bissexual e teve um caso com Lady Ottoline Morrell. Travou amizade com Charles Mauron, amante de EM Forster, e tornou-se amiga íntima do autor francês André Gide, que conheceu por acaso no verão de 1918, quando tinha 52 anos, e com quem iniciou uma animada correspondência. A amizade à distância durou mais de 30 anos. As suas cartas foram publicadas em Selected Letters of André Gide and Dorothy Bussy, de Richard Tedeschi, tendo a compilação sido publicada também em três volumes e em francês. As cartas originais estão preservadas na Biblioteca Britânica.[1]
Dorothy Bussy publicou anonimamente o romance "Olivia" em 1949, impresso pela Hogarth Press, a editora fundada por Leonard e Virginia Woolf, no qual retratava os amores e desamores lésbicos numa escola para meninas, sob uma atmosfera emocional e sexualmente carregada da pedagogiaerótica. Além de se basear nas suas próprias experiências enquanto aluna nas escolas de Marie Souvestre, o tema do romance foi essencialmente influenciado pelo filme alemão de 1931 Mädchen in Uniform, que foi distribuído em Inglaterra antes da Segunda Guerra Mundial, ou ainda no romance Claudine at School (1900), de Colette. O romance de Dorothy Bussy foi traduzido para o idioma francês e publicado na França com uma introdução de Rosamond Lehmann. Em 1951, o romance foi adaptado para o cinema por Jacqueline Audry no filme Olivia, sendo no entanto os elementos lésbicos atenuados. Uma dramatização de rádio da BBC foi transmitida na década de 1990 e em 1999 o seu romance foi classificado na posição 35 da lista dos "100 melhores romances lésbicos e gays" da Publishing Triangle.[2]
Olivia Records foi um coletivo fundado em 1973 para gravar e comercializar música feminina, nomeado em homenagem à heroína do romance de 1949 Olivia, de Dorothy Bussy.