Eansvida

Santa Eansvida
Nascimento c. 614
Kent, Inglaterra
Morte c. 640 (26 anos)
Folkestone, Kent, Inglaterra
Veneração por Igreja Católica, Igreja Anglicana
Principal templo Igreja de Santa Maria e Santa Eansvida, Folkestone
Festa litúrgica 12 de setembro
Atribuições Coroa, cajado, livro, peixe
Portal dos Santos

Eansvida[1] (Inglês antigo: Ēanswīþ; em latim: Eanswythe ou Eanswide; Kent, c. 614 - Folkestone, c. 640) foi uma princesa anglo-saxã.

Em 630, Eansvida fundou o beneditino priorado de Folkestone, o primeiro convento da Inglaterra. Ela foi apoiada nesta empreitada por seu pai, Eadbaldo, rei de Kent entre 616 e 640[2]

Enquanto o mosteiro estava em construção, um príncipe pagão chegou a Kent propondo Eansvida em casamento. O rei Eadbaldo, cuja irmã Etelburga se casou com o rei pagão Eduíno da Nortúmbria dois ou três anos antes, lembrou à filha que este casamento resultou na conversão de Eduíno. Eansvida, no entanto, recusou a proposta.

Pro volta de 630, a construção do mosteiro foi concluída. Este foi o primeiro mosteiro de mulheres a ser fundado na Inglaterra. Eansvida viveu lá com suas companheiros da vida monástica, e elas podem ter sido orientadas por alguns dos monges romanos que tinham vindo para a Inglaterra com Santo Agostinho em 597. Ela permaneceu na abadia até sua morte, e mais tarde foi canonizada pela Igreja Católica.

O dia de Santa Eansvida é 12 de setembro.[3] Segundo a tradição, esta foi a data na qual seus restos mortais foram transferidos para a nova igreja em 1138.

Descoberta dos restos mortais e análises

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Em 1885, restos mortais foram descobertos no muro da parede da paróquia de Folkestone, dedicado à "Santa Maria e Santa Eansvida", que podem ter sido os de Eansvida.[4]

Em 2019 foi permitido que a relíquia fosse estudada. Uma análise de radio-carbono permitiu datar os ossos exatamente no momento em que Eansvilda morreu. A idade da pessoa em causa – entre os 17 e os 21 anos – também corresponde à idade do santo, que terá morrido muito jovem.

Além disso, um estudo osteológico mostrou que a pessoa a quem os restos pertenceram não sofria de desnutrição e tinha poucos dentes danificados por alimentos duros, sugerindo-se assim uma origem nobre. Por tudo isto, os especialistas acreditam que os restos mortais pertençam a Saint Eansvida[5].

Referências

  1. Almedia 1920, p. 159.
  2. Yorke, Barbara (2003). Nunneries and the Anglo-Saxon royal houses. [S.l.]: Continuum. 23 páginas. ISBN 0-8264-6040-2 
  3. Starr, Brian (2006). Calendar of Saints: Whose Lineage Is Known. [S.l.]: Brian Starr, 2006. p. 137. ISBN 1-4196-3665-0 
  4. «The Remains of St. Eanswith». New York Times. 9 de agosto de 1885. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  5. «Identificados os restos mortais de uma princesa santa em Inglaterra» 
  • Almedia, Manuel de (1920). Vocabulário onomástico português. [S.l.]: Editores Coelho & Silva