Elisá foi o filho de Javã de acordo com o livro de Gênesis (10:4) e com o livro de Jasher rabínico medieval. No livro de Jasher ele é citado como o ancestral de "Almanim", possivelmente uma referência às tribos germânicas (Alamanos). Uma tradição mais antiga e comum refere-se a ele como um colonizador da Grécia,[1] particularmente Elis no Peloponeso. A Septuaginta grega de Gênesis 10 lista Elisá não apenas como o filho de Javã, mas também entre os filhos de Jafé, possivelmente um erro do copista.
A mitologia Lusitana afirma-o (sob o nome Lysias/Lísias[2]) tradicionalmente e actualmente como um antepassado e predecessor de Luso,[3] embora isto seja muito debatido.[4] O orador e mitógrafo português Padre António Vieira refere-se a Elisá (sob o seu verdadeiro nome bíblico) como fundador e epónimo de Lisboa e Lusitânia (quando ele veio à Ibéria com o seu tio Tubal), assim como a origem do nome dos mitológicosElísios.[5][6] Deve ser notado que esta ligação ibérica faria sentido se o seu irmão Társis pode ser correctamente identificado como o fundador de Tartessos na Andaluzia, e assim ambos teriam vindo à Ibéria com Tubal (embora esta não seja a única teoria sobre a identidade de Társis.[7] Elisá neste retrato português é identificado com o capitão de Baco Lysias/Lísias, às vezes também com Luso e Foroneu[8] e é referido como o fundador de Portalegre e estando enterrado na Ermida de São Cristovão dentro da vila.[9] Uma possível solução destas versões conflituosas seria considerar um Lysias inicial, Elisá (talvez o fundador de Portalegre em 1 900 a.C.) e Luso (tendo como pai mortal o rei Siceleo da Ibéria, neto de Atlante/Atlas, fundador da Atlântida[10], um possível descendente de Elisá, e possivelmente tendo Baco como o seu pai real e divino) como vindo entre este e outro Lysias filho de Baco (o filho de Sêmele que conquistou Espanha, não o filho de Júpiter e Io que conquistou a Índia ou o filho de Júpiter e Proserpina que foi um herói cultural agrário e pecuário[11] que era de casta diferente mas com a semelhança de nome com o anterior afirmou ser a sua reencarnação e tornou-se o novo rei separado dos Lusitanos desde Luso.[12]
O historiador judeu Flávio Josefo relacionou os descendentes de Elisá com os Halizões (eólios), um dos ramos ancestrais dos gregos.[13][14]
Outros identificaram Elisá com Chipre. Em tempos antigos a ilha ou parte dela era conhecida como Alaxia.[15]
↑Luso pode também ser descrito como vindo antes de Lysias demasiado tarde para ser Elisá, como no Livro Primeiro da Monarchia Lusitana de Frei Bernardo de Brito, Capítulo XVIII, pg. 240, os Dialogos de dom Frey Amador Arraiz Bispo de Portalegre, p. 21, Defensam da monarchia Lvsitana, Volumes 1-2, Bernardino da Silva, pp. 36 - 37, e Ulyssipo, António de Sousa de Macedo, p. 29- 30, ou vagamente ao mesmo tempo ou sendo o mesmo sob nomes diferentes, como no Portugal Terra de Mistérios de Paulo Alexandre Loução, p. 283. É também discutido se Luso foi um filho de Baco e da linhagem de Lysias, ao contrário, ou um mero companheiro. Para a discussão ver Livro Primeiro da Monarchia Lusitana, Frei Bernardo de Brito, pp. 242 - 243