Enedina Arellano Félix | |
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Pseudônimo(s) | La Jefa
La Madrina La Narcomami |
Data de nascimento | 12 de abril de 1961 |
Nacionalidade(s) | Mexicana |
Ocupação | Líder do Cartel de Tijuana |
Crime(s) | Narcotráfico
Lavagem de dinheiro |
Situação | Fugitiva |
Marido(s) | Luis Raúl Toledo Carrejo |
Filho(s) | Luis Fernando Sánchez Arellano |
Enedina Arellano Félix de Toledo (12 abril de 1961), é uma megatraficante de drogas mexicana que, junto com os irmãos, fundou o cartel de Tijuana. Enedina começou por desempenhar funções como contabilista na organização criminosa.
Durante a maior parte da década de 1990, o Cartel de Tijuana foi liderado pelos seus seis irmãos, enquanto Enedina os aconselhou e ajudou na lavagem de dinheiro e na administração financeira. Após a queda do génio financeiro do cartel no ano 2000, Enedina assumiu o cargo. Ela começou a trabalhar nos bastidores como lavadora de dinheiro para o Cartel de Tijuana, mas acabou liderando o cartel após a prisão de seu irmão Eduardo Arellano Félix em 2008. Como a maioria dos seus irmãos foram presos ou faleceram, Enedina administrou o aspecto financeiro da organização, supervisionou alianças e assumiu a liderança do Cartel de Tijuana ao lado de Luis Fernando, antes da sua captura em 2014. Os seus contactos históricos com fornecedores de drogas na Colómbia conseguiram manter a organização à tona.
É líder do Cartel de Tijuana juntamente com Manuel Aguirre Galindo (El Caballo). Assumiu esta posição logo após a morte ou captura dos seus irmãos.[1] Enedina possui uma licenciatura em contabilidade.[1]
Enedina Arellano Félix nasceu em Mazatlán, Sinaloa, em 12 de abril de 1961, numa família de traficantes de drogas. Em 1977, quando tinha dezesseis anos, Enedina supostamente tinha o sonho de se tornar a Rainha do Carnaval de Mazatlán, mas abandonou-o porque os seus dois irmãos, Ramón e Benjamín, eram procurados pelos Estados Unidos e pelo Governo Mexicano. Durante esse tempo, os seus irmãos mais velhos trabalhavam para Miguel Ángel Félix Gallardo, outro narcotraficante, que acabaria por lhes dar o corredor de drogas em Tijuana, Baixa Califórnia.
Enedina matriculou-se numa universidade privada em Guadalajara, Jalisco, graduando-se em contabilidade. Em meados da década de 1980, Enedina trabalhava com a empresa familiar, mas nunca foi considerada pelas autoridades como uma chefe no Cartel de Tijuana. No entanto, após a queda do antigo cérebro financeiro do cartel, Jesús Labra Avilés, El Chuy, no ano 2000, Enedina começou a gerir diretamente as atividades de lavagem de dinheiro da organização criminosa.
Enedina é irmã dos ex-líderes do cartel Benjamín, Carlos, Eduardo, Francisco Javier, Francisco Rafael e Ramón. Luis Fernando Sánchez Arellano, capturado em 2014, filho de Alicia, sua irmã, e o marido de Enedina, Luis Raúl Toledo Carrejo, foram acusados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, no ano de 2005, por terem ligações com o Cartel de Tijuana. Alicia Arellano Félix, irmã de Enedina, é atualmente líder do Cartel de Tijuana.
Desde a prisão de Benjamín, em 2002, o governo mexicano conseguiu prejudicar gravemente o Cartel de Tijuana, mas não conseguiu destruí-lo. Enedina é líder da organização desde 2003. Após a prisão de Eduardo em 2008, Enedina finalmente se tornou a líder do clã Tijuana junto com o seu sobrinho. Enedina contirbuiu com uma "visão mais empresarial" em vez das antigas e violentas práticas dos seus irmãos, que anteriormente lideraram o Cartel de Tijuana antes de serem presos ou mortos. Ela forjou alianças com outras organizações criminosas, em oposição aos seus irmãos, que muitas vezes recorriam à violência. A Drug Enforcement Administration (DEA) e a mídia mexicana identificam Enedina como a primeira e uma das poucas mulheres a liderar uma organização criminosa no mundo, além de Sandra Avila Beltran no México, atividades historicamente reservadas aos homens. Enedina tem vários pseudónimos, incluindo: La Jefa, La Madrina e La Narcomami. As autoridades dos Estados Unidos e do México consideram Enedina o "cérebro financeiro" do Cartel de Tijuana.
Em junho de 2000, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sancionou Enedina sob a Lei de Designação de Chefão de Narcóticos Estrangeiros.
Enedina Arellano Félix é retratada em Narcos: México, por Mayra Hermosillo.