Realizou os estudos secundários num colégio de Lisboa, entre 1866 e 1871.[1] Empregou-se numa farmácia, e formou-se em Medicina, entre 1878 e 1885.[1] Em 1893 voltou à sua terra natal, onde desposou uma senhora abastada, que morreu logo no ano seguinte e da qual não teve descendência.[1]
Nunca exerceu medicina, tendo-se dedicado ao jornalismo e à literatura.[1] Tornou-se lavrador em Cuba, mas continuou a publicar artigos para jornais, e a escrever vários contos e crónicas.[1]
Entre as suas obras mais notáveis, encontram-se os cadernos periódicos Os Gatos, redigidos entre 1889 e 1894, que seguiram a mesma linha crítica da obra As Farpas, de Ramalho Ortigão.[1]
A sua carreira literária foi pautada por um estilo muito irregular, baseado no naturalismo.[1] As suas principais inspirações foram as sensações reais, mórbidas e grosseiras, com temas repartidos entre os cenários urbanos e campestres.[1] Nos finais do Século XIX, o seu estilo tornou-se mais decadente, em concordância com os ideais em voga nessa época.[1]
A Câmara Municipal de Lagos aprovou, em 18 de Fevereiro de 1987, a atribuição do nome de Fialho de Almeida numa rua da cidade.[1][14] Existe também, em Lisboa, um jardim com o seu nome, na Praça das Flores. Por sua vez, a autarquia de Cuba deu o seu nome a um centro cultural[15] e a um concurso literário, e, em Agosto de 2011, já tinha adquirido a sua antiga habitação naquela localidade, para a futura instalação de uma Casa Museu.[12] O Museu Literário Fialho de Almeida foi inaugurado dia 10 de junho de 2019. [16] Em Castro Verde, o seu nome foi atribuído a uma das principais ruas da vila. Em Vidigueira existe uma escola onde também lhe foi atribuído o seu nome.
↑Rita Correia (8 de março de 2007). «Ficha histórica: Pontos nos ii (1885-1891).»(pdf). Como "Irkan" a partir de 1890. Hemeroteca Municipal de Lisboa. 3 páginas. Consultado em 22 de Abril de 2014
↑ ab«Fialho de Almeida». Câmara Municipal de Cuba. 12 de Agosto de 2011. Consultado em 20 de Novembro de 2011
↑Pueyo, Miguel Ángel Buil (2017). Recordando a Fialho de Almeida, cuentista y polemista portugués, en su 160 aniversario, Limite. ISSN: 1888-4067, Vol. 11.2, 2017, pp.173-193
↑«Freguesia de Santa Maria»(PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 21 de Dezembro de 2018. Arquivado do original(PDF) em 22 de Fevereiro de 2014
FERRO, Silvestre Marchão (2002). Vultos na Toponímia de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN972-8773-00-5
MATEUS, Isabel Cristina (2008). "Kodakização" e Despolarização do Real: para uma poética do grotesco na obra de Fialho de Almeida. Lisboa: Caminho. ISBN 978-972-21-1990-0