Haliotis iris | |||||||||||||||||
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Vista inferior da concha de H. iris, mostrando sua iridescência.
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Haliotis iris Gmelin, 1791[1] | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Haliotis (Paua) iris Gmelin, 1791[1] |
Haliotis iris (denominado em inglês rainbow abalone[2] e blackfoot abalone[3], devido à cor negra do pé do animal[2]; em maori por pāua[4] e também em inglês por paua, sem acento, ou blackfoot pāua)[5][6] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Haliotidae. Foi classificada por Gmelin, em 1791. É nativa do sudoeste do oceano Pacífico, na costa da Nova Zelândia[1]; sendo uma das três espécies de Haliotis deste país, junto com Haliotis australis (yellowfoot pāua[6], silver pāua ou queen pāua) e H. virginea (whitefoot pāua[6] ou virgin pāua).[5][7] É o maior, o mais comum e o mais conhecido, dentre os três abalones (pāua) neozelandeses.[2][8]
Haliotis iris apresenta concha oval e funda, com uma superfície frequentemente coberta com um pesado depósito de calcário[9] e sendo irregularmente enrugada.[10] Está entre os poucos gastrópodes que precipitam em sua concha tanto calcita quanto aragonita, podendo afetar seu brilho e resistência.[3] Chegam de 14[2] até pouco menos de 20 centímetros e são de coloração geralmente uniforme em marrom-avermelhado com leve tonalidade esverdeada.[10] Os furos abertos na concha, de 5 a 8, são circulares, grandes e pouco elevados. Região interna madreperolada, iridescente, apresentando o relevo de sua face externa e geralmente uma cicatriz muscular visíveis.[10][11][1]
Haliotis iris ocorre em águas rasas da zona nerítica, entre as rochas[2], no sudoeste do oceano Pacífico; uma espécie endêmica da costa da Nova Zelândia[1], sendo encontrada nas ilhas Norte e Sul, mas também nas ilhas Chatham.[12] Embora a maioria viva a menos de 10 metros, particularmente em locais expostos a grandes ondas, eles podem ser encontrados em profundidade de até 15 metros.[6]
Este grande pāua neozelandês.tem sido uma das criaturas marinhas mais intensamente utilizadas pelo Homem, em sua região. Maoris os têm usado como fonte de alimento e suas conchas são utilizadas como recipientes para a realização e mistura de pigmentos; também sendo usada em ornamentos de adorno pessoal, elementos decorativos em esculturas[13], como olhos[14], e uso em artigos como anzóis.
Atualmente existem restrições legais para protegê-lo de sua sobrepesca, sendo possível coletar apenas dez pāua por dia. Conchas de dimensões menores que 12,5 centímetros devem ser retornadas ao mar. Não há permissão para pescá-lo com equipamento de mergulho. Apenas uma faca de lâmina fina é necessária para retirá-lo da rocha. Os maiores, e mais procurados por sua carne e concha, provém da ilha Stewart. Sua carne, concha e pérolas, resultantes de seu cultivo, são comercializados[13], sendo a única espécie de abalone cultivada nesta região.[15] No entanto, mesmo com todas essas restrições em vigor, a negociação no mercado negro, sobre coletas ilegais, é enorme.[14]
Text originally published in Tai Awatea, Te Papa's onfloor multimedia database (1998)