Haliotis rufescens | |||||||||||||||||
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Vista superior e inferior de H. rufescens. A estrutura calcária e enrolada, em sua superfície externa, é um tubo de Polychaeta. | |||||||||||||||||
H. rufescens com incrustações de organismos marinhos (Thoracica).
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Haliotis rufescens Swainson, 1822[1] | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Haliotis californiana Valenciennes, 1832 Haliotis ponderosa C. B. Adams, 1848 Haliotis hattorii Bartsch, 1940 (WoRMS)[1] |
Haliotis rufescens (em inglês red abalone) é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Haliotidae. Foi classificada por Swainson, em 1822. É nativa do nordeste do oceano Pacífico, em águas rasas da costa oeste da América do Norte.[1][2][3]
Abalones têm sido utilizados nesta área desde que o Homem chegou. Os americanos nativos comiam a carne de abalone, utilizando conchas inteiras como tigelas e pedaços de conchas para uso em anzóis, raspadores, miçangas, colares e decorações; até mesmo fazendo permutas com as conchas.[4] Sete espécies são descritas na região: Haliotis corrugata, H. cracherodii, H. fulgens, H. kamtschatkana, H. rufescens, H. sorenseni e H. walallensis.[5]
Concha oval e relativamente plana,[6] com até 30 centímetros[3] e de coloração vermelho-tijolo, sendo a maior espécie em sua área de ocorrência.[2] Seu exterior é áspero, com irregulares estrias espirais e grossas linhas de crescimento radiais, por vezes tornando sua superfície ondulada.[6][7][8] Os furos abertos em sua superfície, geralmente de 3 a 4, são ligeiramente elevados e ovais.[2] Região interna da concha madreperolada, iridescente, com tons predominantes de verde e azul.[2][9] Lábio externo se estendendo sobre a superfície interna, normalmente formando uma borda vermelha estreita, dando à espécie o seu nome popular.[2][10] A concha desta espécie, em vida, pode ser recoberta por outros animais marinhos, como cracas e poliquetos; ser roída ou escavada, em indivíduos adultos.[11][12][13]
Haliotis rufescens ocorre em águas rasas, desde a zona entremarés até profundidades de cerca de 150 metros,[3] mas geralmente entre 5 e 15 metros, em áreas rochosas do nordeste do oceano Pacífico, de Sunset Bay, no Oregon (Estados Unidos), até Bahía Tortugas, na península da Baixa Califórnia (no oeste do México); nas ilhas Farallon e nas ilhas do canal da Califórnia. Mais de 800 indivíduos foram transportados pelo "Department of Fish and Game", em 1956, para a ilha de Santa Catalina. Em 1958, cerca de 300 indivíduos foram transportados para Washington, onde foram colocados nas proximidades do estreito de Juan de Fuca.[2][4] Agora também ocorre na costa chilena.[14]
Esta foi a principal espécie comercialmente pescada para a indústria de alimentos e joalheria nos Estados Unidos, agora protegida. É também a espécie sobre a qual a maior parte do interesse em aquicultura marinha esteve focado, tanto por grupos públicos quanto por privados;[4] tendo a sua cultura introduzida no Chile no ano de 1977.[14] O molusco também é afetado pela síndrome causada por uma bactéria denominada Candidatus Xenohaliotis californiensis,[15] além de ser hospedeiro do pequeno gastrópode Pyramidellidae ectoparasita Odostomia tenuisculpta Carpenter, 1864[1] (ex Evalea tenuisculpta).[16]