Harpidae | |||||||||||||||
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Morum oniscus (Linnaeus, 1767), uma das espécies atlânticas de Harpidae da subfamília Moruminae, encontrada no golfo do México e mar do Caribe[1][2] até a região sudeste do Brasil.[3] Espécimes da coleção do Museu de História Natural de Leiden, coletados nas Antilhas. | |||||||||||||||
Fotografia com a vista superior de duas conchas de moluscos Harpidae da subfamília Harpinaeː Harpa major Röding, 1798 (maior) e Harpa amouretta Röding, 1798 (menor)[4], encontradas no Indo-Pacífico.[5]
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Os moluscos da família Harpidae são particularmente bem distribuídos nas costas e oceanos das regiões de clima tropical da Terra, principalmente na região do Indo-Pacífico.
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Gêneros | |||||||||||||||
Harpidae (nomeadas, em inglês, harp -sing. para as espécies da subfamília Harpinae[5][6] e morum -sing. para as espécies da subfamília Moruminae)[2][6] é uma família de moluscos gastrópodes marinhos, predadores de crustáceos[8][9][10], classificada por Heinrich Georg Bronn, em 1849, e pertencente à subclasse Caenogastropoda, na ordem Neogastropoda.[6] Sua distribuição geográfica abrange principalmente os oceanos tropicais da Terra (particularmente no hemisfério sul e notadamente na região do Indo-Pacífico, onde o gênero Harpa é o mais representativo), em profundidades de até 200 metros. Os Harpidae são conhecidos pela capacidade do animal em amputar a parte traseira do pé, caso um predador esteja em sua perseguição, deixando um remanescente contorcido para distrair o seu perseguidor (autotomia).[7][9][11]
Compreende, em sua totalidade, caramujos ou búzios de concha ovoide ou subcilíndrica, com canal sifonal curto e com espiral de baixa estatura e ampla volta terminal; geralmente não ultrapassando os 10 centímetros de comprimento e com desenhos e marcações coloridas, no caso de Harpa; todos geralmente esculpidos com costelas axiais (Harpa), nódulos ou relevos reticulados (Morum), o que os torna populares entre os colecionadores.[2][11][12] Possuem perióstraco ausente, columela sem pregas, ou dobras, e opérculo ausente ou vestigial. Sua cabeça é pequena e dotada de um longo sifão entre 2 tentáculos delgados, que exibem olhos claramente visíveis em sua base lateral externa. Pé muito grande e carnudo, dividido em 2 partes: a parte anterior muito expandida lateralmente e a parte posterior alongada e apontada para trás. Todas as partes expostas do animal costumam ser vividamente pintadas em vários tons de marrom e vermelho e salpicadas de manchas amareladas. Animais ativos e fossoriais, vivendo em fundos arenosos, em profundidades que variam dos níveis da maré baixa, na zona nerítica, até a zona profunda, na plataforma continental. Os crustáceos que os Harpidae capturam são revestidos com muco e grãos de areia do substrato, provavelmente anestesiados, mortos e parcialmente digeridos por secreções de sua saliva.[9][13][14] O terceiro gênero da família, Austroharpa, apresenta conchas de formato mais parecido com o de Harpa, menos coloridas, com protoconcha arredondada e com o relevo de sua espiral mais similar ao de espécies de Morum; todas nativas da Austrália meridional.[11][15]
Segundo o World Register of Marine Species, a posição taxonômica dos Harpidae, dentro de uma superfamília, ainda não está bem estabelecida[6]; tendo sido encaixada entre os Volutoidea, e já tendo sido incluída entre os Olividae (gênero Harpa).[14] Posteriormente sua inclusão foi na superfamília Muricoidea, com referências taxonômicas, antigas, agrupando Harpa com Magilus e Coralliophila, sob o nome de família Magilidae.[7] No caso do gênero Morum, pelas características de sua concha, ele esteve entre os Cassidae[2][11], porém foi retirado deste táxon por Hughes, em 1986, devido às diferenças anatômicas do animal.[12]
De acordo com o World Register of Marine Species, incluídos os sinônimos.