Heikki Mikkola | |
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Amb la Husqvarna a Markelo (Països Baixos) el 1974 | |
Nascimento | Heikki Antero Mikkola 6 de julho de 1945 Mikkeli |
Cidadania | Finlândia |
Ocupação | piloto e motocross |
Distinções |
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Heikki Mikkola (Mikkeli, 6 de julho de 1945) é um ex-motociclista finlandês.
Assim como diversos outros esportistas finlandeses, recebeu durante sua carreira o apelido de "Finlandês voador" (o outro motociclista que recebera esse apelido fora Jarno Saarinen que correra na motovelocidade enquanto em vida).[1][2][3]
Desde muito cedo mostrou aptidão para o esporte,[1] praticando vários deles, dentre eles esqui, natação, basquete, atletismo e hóquei no gelo.[1] Ainda durante a infância, Mikkola tinha um hobby com bicicletas.[1] Junto com seu amigo Martti Pesonen (que mais tarde seria campeão finlandês de motovelocidade, tendo inclusive, corrido no mundial),[1][3] construiu duas bicicletas com suspensão, banco especial, entre outras modificações. E com elas, iam brincar nas florestas próximas a sua cidade, disputando quem conseguia o maior salto.[1] Pouco depois, as bicicletas seriam trocadas por ciclomotores.[1][3]
Quando tinha catorze anos, Mikkola vendeu seu ciclomotor e comprou uma Ducati de três marchas escondido de seu pai.[1][3] Logo que seu pai descobriu, como Mikkola não tinha licença para dirigir, o obrigou a devolver a moto.[1][3]
Em 1964, quando seu amigo Pesonen comprou uma nova moto para si, uma Husqvarna, Mikkola pega emprestado sua velha Greeves e dicide disputar uma prova amadora de cross na cidade de Turku (curiosamente, a cidade natal de Saarinen)[3] Tendo treinados apenas duas vezes, consegue terminar na sexta posição dentre os quarenta participantes.[1] Empolgado com o resultado, compra a Greeves de Martti e disputa mais duas provas do campeonato, terminando em terceiro na prova disputada em Hyvinkää e quarto na de Heinola.[1]
Com os bons resultados, decide comprar a Husqvarna de seu amigo para o campeonato do ano seguinte e, nas dezoito provas que disputou no ano seguinte, venceu onze.[1][3] Para 1966, compra novamente uma moto de seu amigo Pesonen (novamente um Husqvarna), e passa a correr no campeonato finlandês.[1] Para sua infelicidade, na primeira prova do campeonato, quando estava liderando, acaba caindo e quebrando o pulso.[1] E, mesmo sentindo muitas dores, decide correr na etapa seguinte, disputada apenas três dias após o acidente. Mikkola chega em segundo.[1] Ainda decide participar do GP da Finlândia na categoria 125cc, válido pelo campeonato mundial.[1] Surpreendendo a todos, lidera as primeiras voltas do campeonato, mas ainda sentindo dores e o cansaço, acaba perdendo posições e terminando na zona intermediária.[1][3] Ainda nesse ano também participa do campeonato finlandês de enduro na categoria júnior, terminando como campeão.[1][3]
Em 1967, correndo novamente o GP da Finlândia, consegue seus primeiros pontos no mundial, terminando na sexta posição geral, após obter um sexto e um oitavo lugar na primeira e segunda baterias, respectivamente.[1][3] Também disputa nesse ano o campeonato mundial das nações, integrando a equipe finlandesa juntamente com Jyrki Storm e Aimo Lehtinen, terminando na sexta posição.[1] Mikkola venceu a prova da Escandinávia.[1] Já em 1968, disputa novamente a etapa da Finlândia, conseguindo novamente a sexta posição.[1] Mikkola ainda decide participar da etapa seguinte, na Suécia, onde consegue sua primeira vitória, na segunda bateria, após ficar em quinto na primeira.[1] Com essa vitória, foi contratado como piloto da Husqvarna.[1][3]
Passa a disputar todas as etapas do mundial então, mas acaba sofrendo algumas lesões durante o campeonato e termina apenas na décima quarta posição.[1][3] Nos dois mundiais seguintes, terminaria ambos na quarta colocação, sendo em ambas vezes nas 250cc.[1][3]
Para 1972, sobe de categoria e passa a disputar o mundial de 500cc.[1][3] Acaba terminando o campeonato na terceira posição. Já em 1973, volta a disputar o mundial de 250cc por imposição da Husqvarna,[1] e termina novamente na terceira posição.[1][3] Para sua infelicidade, o título fica com o piloto da Yamaha, que havia feito uma proposta para ele, sendo recusada.[1] Para o mundial seguinte, novamente nas 500cc, disputa o mundial com uma 350cc, mais leve, ágil e rápida que dos anos anteriores. Com isso, enfim, consegue seu primeiro título no mundial, deixando em segundo o então atual tricampeão Roger De Coster.[1][3]
Como atual campeão, entrou em 1975 como o grande favorito, ainda mais com sua moto tendo recebido novas suspensões dianteira e traseira.[1] Porém, as alterações acabaram não sendo boas e Heikki termina com o vice-campeonato.[1][3] Por conta de uma nova estratégia de marketing da Husqvarna, tentando vender suas 250cc de rua, compete no mundial de 250cc, que acaba conquistando, apenas um ponto à frente do soviético Gennady Moisseev, se tornando o primeiro piloto de motocross a conquistar o título tanto nas 250cc quanto nas 500cc.[1][3]
Com a Husqvarna em crise financeira, não podendo lhe dar uma grande moto para a temporada seguinte, decide aceitar uma tentadora proposta da Yamaha, voltando também a disputar o mundial das 500cc.[1] E, mesmo tendo fraturado a clavícula durante testes da nova moto, termina o campeonato com 272 pontos, conquistando seu bicampeonato na categoria, deixando novamente De Coster (que havia conquistado os dois últimos títulos) com o vice-campeonato.[1][3]
Tendo participado do desenvolvimento da nova moto, conquista mais um título nas 500cc na temporada seguinte.[1][3] Porém, para o mundial de 1975, acaba sofrendo uma grave lesão nos ligamentos do joelho direito, tendo apenas seis semanas para se recuperar antes do início do mundial.[1] Disputando o mundial, consegue algumas vitórias, mas sofrendo nova queda, acaba perdendo algumas etapas e, ao final do campeonato, termina apenas na quinta posição.[1] Decide então, se aposentar.[1][3]
Aposentado, passa a trabalhar no desenvolvimento das motos da Yamaha durante alguns anos.[1] Porém, como tinha que passar muito tempo no Japão, acaba deixando a empresa japonesa para ficar com sua família.[1][3]
Em 2006, como forma de homenagem, foi introduzido pela Federação Internacional de Motociclismo no Motorcycle Hall of Fame.[3]