Hurtcore, uma possível junção do termo "hardcore", que pode estar relacionado a um tipo de pornografia extrema, e da palavra "hurt", que significa "dor" ou "machucar",[1] é o nome dado a uma categoria particularmente extrema de pornografia infantil, geralmente envolvendo violência extrema, humilhação, danos corporais e abuso sexual infantil. A maioria dos pedófilos sentem repulsa por esse gênero de pornografia.[2][3][4][5] Eileen Ormsby, escritora australiana e autora de The Darkest Web,[6] descreveu o hurtcore como "um fetiche para pessoas que se excitam por infligir dor, ou mesmo torturar, outra pessoa que não é um participante voluntário".[2] Uma motivação adicional para o agressor, além de sua posição de poder sobre sua(s) vítima(s), pode ser a reação dela(s) ao abuso físico, como chorar ou gritar de dor. Essa reação pode estimular ainda mais a excitação do agressor.
Alguns fóruns da dark web são dedicados à discussão e ao compartilhamento de imagens e vídeos de hurtcore.[7] Em 2013, "Hurt2theCore" foi o fórum de hurtcore mais conhecido da dark web, contendo milhares de usuários, e algumas centenas deles compartilhavam seu próprio material ilegal de hurtcore[2] O site era gerenciado por Matthew Graham,[8] que se tornou conhecido como o "Rei do Hurtcore"[2] e "um dos maiores distribuidores de pornografia infantil e hurtcore do mundo".[9] Ele foi condenado, inicialmente, a 32 anos de prisão por 137 acusações, em 2017, mas sua pena diminuiu para 25 anos, em 2018, graças a ação de seu advogado e a aprovação dos juízes.[10]
O caso de Matthew Falder foi o primeiro processo penal bem sucedido da National Crime Agency, uma instituição contra crimes locais e internacionais do Reino Unido.[11]
Referências
- ↑ «hurt | tradução de inglês para português - Cambridge Dictionary». Cambridge Dictionary. Consultado em 13 de junho de 2022
- ↑ a b c d Daly, Max (19 de Fevereiro de 2018). «Inside the Repulsive World of 'Hurtcore', the Worst Crimes Imaginable». Vice. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019. Arquivado do original em 31 de Dezembro de 2019
- ↑ Johnston, Chris (14 de Maio de 2016). «Lux captured: The simple error that brought down the world's worst hurtcore paedophile». The Sydney Morning Herald. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019
- ↑ Evans, Martin (7 de Fevereiro de 2018). «GCHQ helped catch 'hurtcore' paedophile, Matthew Falder». The Daily Telegraph. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019
- ↑ Evans, Robert (16 de Junho de 2015). «5 Things I Learned Infiltrating Deep Web Child Molesters». Consultado em 29 de Agosto de 2015. Arquivado do original em 26 de Agosto de 2015
- ↑ Lee, Bri (21 de Março de 2018). «The Darkest Web: exploring the ugly world of illegal online marketplaces». TheGuardian.com. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019
- ↑ Wallace, Ben (3 de Dezembro de 2018). «Part of Withdrawal Agreement: Legal Position – in the House of Commons at 7:05 pm on 3rd December 2018.». TheyWorkForYou. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019. Arquivado do original em 7 de Fevereiro de 2019
- ↑ O'Neill, Patrick Howell (24 de Junho de 2014). «Internet's worst pedophile abruptly shuts down his 'PedoEmpire'». The Daily Dot. Arquivado do original em 10 de Setembro de 2019
- ↑ Tankard Reist, Melinda (6 de Julho de 2017). «Why Are Australian Telcos and ISPs Enabling a Child Sexual Abuse Pandemic?». ABC Online. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019
- ↑ «Dark web paedophile Matthew Falder's sentence reduced». BBC News. 16 de outubro de 2018. Consultado em 13 de junho de 2022
- ↑ «Matthew Falder posed as female artist for online sex attacks». BBC. 16 de Outubro de 2017. Consultado em 5 de Fevereiro de 2019