Jacobus Gronovius (1645 - 1716) | |
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philologus Flandria
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Nascimento | 10 de outubro de 1645 Deventer, Países Baixos |
Morte | 21 de outubro de 1716 Leiden, Países Baixos |
Nacionalidade | Países Baixos |
Alma mater | Universidade de Deventer, Universidade de Leiden |
Ocupação | Filólogo clássico holandês |
Jacobus Gronovius (James Gronovius, Jacob Gronow) (Deventer, 10 de Outubro de 1645 - Leiden, 21 de Outubro de 1716) foi um erudito e filólogo clássico holandês. Era pai do botânico Johannes Fredericus Gronovius e filho do filólogo clássico Johann Friedrich Gronovius. Sua obra mais importante foi a Thesaurus antiquitatum Graecarum (1697–1702, em 13 volumes).
Jacobus Gronovius estudou Filologia (literae humaniores) e Direito com seu pai em Leiden, em 1658. Em 1668, viajou para a Inglaterra, onde estudou em Oxford e Cambridge. Lá ele conheceu alguns amigos de seu pai, tais como o teólogo e orientalista Edward Pococke[1] (1604–1691), o téologo John Pearson[2](1612–1686) e o filólogo Méric Casaubon[3](1599–1661) (este último morreu em seus braços). Ele ficou muito contente com a fundação da Royal Society e enviou uma carta de aprovação para a sociedade. Depois de alguns meses na Inglaterra, retornou para Leiden, onde publicou uma edição de Macrobius naquele ano, e outra de Políbio no mesmo ano em Amsterdam. Também foi convidado por Theophilus Hogersius[4](1636 - 1676) para dar aulas em Deventer, porém, ele declinou do convite porque não havia finalizado seus planos de viagem, embora o professor, procurando conquistar sua simpatia, propôs segurar a vaga até o seu retorno.
De modo que, em 1671, ele se encontrava em Paris, tendo passado antes em Brabante e Flandres. Lá ele veio a conhecer dois orientalistas, amigos de seu pai, Barthélemy d’Herbelot de Molainville (1625–1695) e Melchisédech Thévenot[5](c. 1620–1692), além do filólogo Henri Valois[6](1603–1676) e o escritor Jean Chapelain[7](1595-1674). Toda essa alegria foi ofuscada por notícias de falecimento do seu pai em 1672. Pouco tempo depois, ele deixou Paris para acompanhar o Sr. Adriaan van Paets[8](1630-1685), embaixador extraordinário dos Estados Gerais até a corte da Espanha. Eles partiram na primavera de 1672, e daí ele foi para a Itália, onde, em visita à Toscana, passou uma belíssima temporada em companhia do grande duque Cosimo III de' Medici, que, em meio a tantas demonstrações de simpatia, ofereceu-lhe um considerável estipêndio, e uma cadeira de professor de grego na Universidade de Pisa. Este cargo era uma indicação de seu amigo Antonio Magliabechi[9](1633-1714), a quem visitava com frequência em Florença.
Dois anos depois, ele foi para Veneza e Pádua, voltando para a Alemanha em 1675. Da Alemanha ele foi para Leiden e daí viajou para Deventer para tomar posse de uma propriedade deixada por um tio materno. Em 1679, ele assumiu a cátedra de língua grega e de história da Universidade de Leiden, cargo esse que lhe rendia um salário de 400 florins por ano e que ele ocupou até a morte. Em 1702 ele se torna Geógrafo da Academia de Leiden. Ele declinou o convite de Frederico, Duque da Silésia para dar aulas em Kiel, e também outro convite para ser professor em Pádua. Ele também participou nas tarefas de organização da Universidade de Leiden e ocupou nos anos 1703/1704 e 1711/1712 o cargo de reitor da Alma Mater.
Ele estava fazendo a revisão da sua obra sobre Tácito, quando perdeu sua filha mais jovem Clara Wilhelmina (1697–1716) em 12 de setembro de 1716. Ele não sobreviveu a ela por muitas semanas. A perda dolorosa fez com que ele ficasse doente, vindo a morte de pesar em 21 de outubro desse mesmo ano, aos setenta e um anos de idade.
Em 5 de Maio de 1680 casou em Rotterdam com Anna van Vredenburch (1652–1732). Com ela teve quatro filhos:
Seu filho mais velho Johan Frederik Gronovius era doutor em Medicina, botânico e renomado jurista, e o seu segundo mais velho Abraham Gronovius (1695–1775) foi filólogo e bibliotecário da Universidade de Leiden.