Jennyfer Marques Parinos | ||||||||||||||||
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Tênis de mesa | ||||||||||||||||
Nascimento | 22 de fevereiro de 1996 (28 anos) Santos, SP | |||||||||||||||
Nacionalidade | brasileira | |||||||||||||||
Clube | Saldanha da Gama/Santa Cecília/FUPES | |||||||||||||||
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Jennyfer Marques Parinos (Santos, 22 de fevereiro de 1996) é uma mesatenista paralímpica brasileira medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 e nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020.[1][2]
Jennyfer nasceu em Santos, estado de São Paulo. Com 1 ano de idade, quando começou a andar, sentia muitas dores, indicava problemas no joelho, e tinha fraqueza muscular.[3] Passou por 19 ortopedistas até ser diagnosticada com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH), considerada uma doença rara. A doença afeta o fósforo mineral e vitamina D no organismo e tem como alguns sintomas a deficiência no crescimento, alargamento dos punhos, dores nos membros inferiores.[4]
Começou a praticar tênis de mesa aos 13 anos de idade, e logo foi convidada por uma vizinha, a também mesatenista Carolina Maldonado, a treinar no clube Saldanha da Gama.[4][5][6]
Inicialmente, disputava pela classe 10, e em 2011, foi eleita a melhor atleta do tênis de mesa nesta classe.[5] No Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa de 2011, ganhou medalha de ouro, dividindo o pódio com Elem Alves da Silva (em segundo lugar) e Antonilza Ricken (em terceiro).[5]
Depois de passar por uma reclassificação, saiu da classe 10, e passou a disputar pela classe 9.[7] Se mudou para Piracicaba, para aprofundar seu treinamento.[8]
Em novembro de 2013 participou do 44º Campeonato Brasileiro, realizado em Bento Gonçalves.[9] Jennyfer disputou pela classe 9, representando o Santa Cecília/Saldanha da Gama. Disputou a final com Carollina Maldonado, da ADIPPNE São Paulo, e venceu por 3 sets a 1, obtendo a medalha de ouro.[7]
A partir do ano de 2013, integrou a seleção brasileira de tênis de mesa paralímpico.[6]
Nos Jogos Parapan-Americanos de 2015, em Toronto, obteve a medalha de prata, perdendo para a brasileira Danielle Rauen.[6]
Foi escalada para compor a seleção brasileira de tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, representando seu país na categoria Classes 6-10 por equipes. Competindo junto com Dani Rauen e Bruna Alexandre, derrotaram a equipe da Alemanha e perderam para a Polônia.[10] Na disputa do terceiro lugar, derrotaram o time australiano, e as três brasileiras conquistaram a medalha de bronze.[6][11][12]
Ainda nas paralimpíadas do Rio, Jennyfer também disputou na modalidade individual feminino, na classe 9.[13] Dentro do grupo A, teve três derrotas, e foi eliminada.[14]
Em 2017, participou de campeonatos abertos na Europa, passando pela Itália, Espanha, Eslovênia e Eslováquia.[8] Na Eslováquia, a competição foi em Bratislava, onde Jennyfer e Bruna foram campeãs mundiais por equipe.[15]
Participou do Aberto da Eslovênia de 2018, na cidade de Celje, e conquistou uma medalha na modalidade individual.[15][16]
Em maio de 2019, conquistou, junto com Danielle Rauen, a medalha de ouro no aberto da Eslovênia, ocorrido na cidade de Laško.[17] A dupla brasileira derrotou uma dupla formada pela russa Olga Komleva e pela japonesa Megumi Ishikawa.[18] A competição é uma das formas de garantis a classificação para os jogos para-panamericanos.[16]
Nos Jogos Parapan-Americanos de 2019, ganhou novamente a medalha de prata, novamente ficando atrás de Dani Rauen.[6]
Durante a pandemia de COVID-19, o centro onde treinava fechou, então continuou treinando em casa, se preparando para as olimpíadas.[3]
Durante as seletivas para os Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, derrotou a campeã mundial, Iryna Shynkarova.[3] Os jogos de Tóquio ocorreram em agosto e setembro de 2021, e Jennyfer disputou novamente nas modalidades individual feminino (classe 9) e em equipes (classes 9-10).[13] Na modalidade individual, Jennyfer ficou no grupo B, perdeu os três jogos que disputou, e foi eliminada.[19] Na modalidade em equipes, competiu ao lado de Danielle Rauen e Bruna Costa Alexandre. Juntas, venceram a Turquia e perderam para a Polônia, ficando em terceiro lugar, junto com a China. Assim, Jennyfer conquistou sua segunda medalha de bronze.[20]
Em maio de 2023, participou do Aberto Paralímpico de tênis de mesa na Eslovênia. Na modalidade individual da classe 10, conquistou a medalha de bronze, e dividiu o pódio com a também brasileira Bruna Alexandre, que ficou com o ouro.[21]
Jennyfer tem apoio do programa Bolsa Atleta, do programa Fupes Santos, e é membro do Time São Paulo Paralímpico.[8][22]
Em 2015, recebeu homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo, pela participação nos Jogos Parapan-Americanos em Toronto.[23][24]
Jennyfer diz que sempre foi muito ativa, mas sofreu bullying e muitos olhares das outras pessoas, devido à sua deficiência.[25]
Seu pai, que era um grande incentivador, faleceu quando Jennyfer tinha 16 anos de idade.[6]