Jerzy Świrski | |
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Nome completo | Jerzy Włodzimierz Świrski |
Nascimento | 5 de abril de 1882 Kalisz, Polônia, Rússia |
Morte | 12 de junho de 1959 (77 anos) Londres, Reino Unido |
Progenitores | Mãe: Celina Wasiłowska Pai: Włodzimierz Świrski |
Cônjuge | Maria Świrska |
Alma mater | Corpo Naval de Cadetes |
Serviço militar | |
País | Rússia (1902–1917) Polônia (1919–1947) |
Serviço | Marinha Imperial Russa Marinha de Guerra Polonesa |
Anos de serviço | 1902–1947 |
Patente | Vice-almirante |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial Revolução Russa Segunda Guerra Mundial |
Condecorações | Ordem da Polônia Restituta Cruz do Mérito Ordem de Santo Estanislau e outras |
Jerzy Włodzimierz Świrski (Kalisz, 5 de abril de 1882 – Londres, 12 de junho de 1959) foi um oficial naval polonês que serviu na Marinha Imperial Russa e depois na Marinha de Guerra Polonesa, tendo lutado na Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Świrski nasceu em Kalisz na Polônia, então parte do Império Russo. Ele se formou no Corpo Naval de Cadetes da Marinha Imperial Russa e sua primeira designação foi no cruzador protegido Askold.[1] Foi transferido em 1905 para a Frota do Mar Negro e subiu pelas patentes, servindo em vários navios em posições relacionadas com navegação.[1][2] Durante a Primeira Guerra Mundial, ele atuou como chefe da seção de navegação no quartel-general da Frota do Mar Negro e participou de campanhas contra o Império Otomano. Depois da Revolução Russa, fez parte da Marinha da República Popular da Ucrânia por cinco meses.[1]
Ele foi para Varsóvia em maio de 1919 para servir à recém-estabelecida Segunda República Polonesa, sendo nomeado vice-chefe do Departamento de Assuntos Marítimos do Ministério de Assuntos Militares. Em 1922 tornou-se um comandante da Marinha de Guerra Polonesa, comandando navios, bases, defesas costeiras e aviação naval, ajudando a criar a marinha quase a partir do nada. Foi nomeado Chefe de Operações Marítimas em 1925,[1] depois de seu predecessor, o vice-almirante Kazimierz Porębski, ter sido destituído do cargo por ter se envolvido em um escândalo de compra de minas navais obsoletas.[2]
Świrski tornou-se o responsável por todos os aspectos do desenvolvimento das forças navais polonesas, conseguindo manter uma certa independência da marinha em relação às outras forças armadas e focar na expansão da área portuária de Gdynia.[1] O fim temporário da ameaça da União Soviética permitiu que ele convencesse as autoridades da necessidade da expansão da frota, com seu objetivo sendo criar uma marinha pequena mas moderna.[2] Quando ficou claro que a maior ameaça contra a Polônia era a Alemanha, Świrski elaborou um plano para evacuar os contratorpedeiros poloneses mais modernos para o Reino Unido, o chamado Plano Pequim, que foi realizado com sucesso apenas dias antes do início da Segunda Guerra Mundial.[1][2]
Com a invasão da Polônia, ele fugiu de Varsóvia para a Romênia, porém logo foi convocado até Paris a fim de fazer parte do governo polonês no exílio de Władysław Sikorski como chefe do Diretório da Marinha.[1][2] Como tinha bons contatos com os Aliados, conseguiu firmar um acordo polaco-britânico em novembro de 1939 que permitiu que os navios poloneses lutassem na guerra junto com a Marinha Real Britânica, porém mantendo sua bandeira e ordem de serviço. Ele ficou responsável pelo recrutamento e treinamento das tripulações, sendo na prática o comandante de toda a Marinha de Guerra Polonesa.[1]
Świrski se desentendeu com Sikorski em 1941 e foi inicialmente dispensado, porém ele pediu a intervenção dos britânicos para manter seu cargo. Os Aliados por sua vez pressionaram Sikorski, que se viu obrigado a ceder, porém ele mesmo assim conseguiu nomear Tadeusz Morgenstern-Podjazd como o vice de Świrski. Świrski continuou no posto até a dissolução da marinha em 1947.[2] Em vez de voltar para a Polônia, ele permaneceu em Londres e morreu no local em 12 de junho de 1959.[1]