Joan Peters | |
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Nascimento | 29 de abril de 1936 Chicago, Illinois Estados Unidos |
Morte | 5 de janeiro de 2015 (78 anos) Chicago, Illinois Estados Unidos |
Cidadania | Estados Unidos |
Ocupação | escritora, jornalista |
Causa da morte | embolia |
Joan Peters (n. Joan Friedman; Chicago, 29 de abril de 1936 — Chicago, 5 de janeiro de 2015), mais tarde Joan Caro,[1] foi a autora do controverso livro best-seller From Time Immemorial, de 1984, no qual argumentava que os palestinos não são em grande parte indígenas ao Israel moderno e, portanto, não tem direito a seu território.[2] O livro foi duramente criticado por autores como Norman Finkelstein,[3] Noam Chomsky,[4] Edward Said e Yehoshua Porath,[5][6] que o consideraram "ridículo", "inútil" e "fraudulento".
Nascida em Chicago, estudou na Universidade de Illinois sem se formar e tornou-se escritora freelancer de publicações como a Harper's Magazine. Ela ficou "fascinada pelo Oriente Médio enquanto cobria a Guerra do Yom Kippur como freelancer da CBS, em 1973".[7]
Seu primeiro casamento, com Gary Peters, terminou em divórcio. Seu segundo casamento, com Stanley Kaplan, durou até a morte dele, em 1991. Em 1997, ela se casou com William A. Caro e passou a usar o nome de Joan Caro.[7]
Peters escreveu na década de 1970 e no início da década de 1980 para revistas como Harper's, Commentary, The New Republic e The New Leader, e foi consultora na criação de documentários de notícias sobre o conflito israelense-palestino para a CBS, em 1973, e também fez comentários sobre o assunto para PBS.[8] Sua dedicação à causa de Israel pode ter sido desencadeada nos anos 1970, durante uma visita à União Soviética, onde autoridades trataram seu marido e ela com desconfiança.[1]
De acordo com a Walker Agency, que organizava palestras e turnês para ela, Peters também atuou como consultora da Casa Branca sobre a política externa americana no Oriente Médio, durante a administração Carter.[9]
Em From Time Immemorial (1984), ela alega que os palestinos não são, em grande parte, nativos da Palestina histórica e, portanto, não têm direito a terras do atual Estado de Israel.[10] O livro tornou-se polêmico e, logo após sua publicação, teve suas teses centrais desacreditadas por intelectuais respeitados,[11][12][13] como Norman Finkelstein,[14] Noam Chomsky,[4] Edward Said, Yehoshua Porath [5][6] e Ian & David Gilmour.[15]
Joan Peters morreu em 2015, na sua casa, em Chicago, em decorrência de uma embolia cerebral.[16][17] Pouco antes de sua morte, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Ron Prosor, havia telefonado para lhe dizer que o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava profundamente agradecido por sua importante contribuição ao povo judeu e ao Estado de Israel.[1]