José Carlos Pereira (militar)

O brigadeiro José Carlos Pereira, presidente da Infraero.

José Carlos Pereira (Salvador) foi um militar brasileiro, tenente-brigadeiro da reserva da Força Aérea Brasileira. Presidia a Infraero quando foi deflagrada a crise da aviação brasileira.

Estudou no Colégio Nossa Senhora da Vitória (Marista), em Salvador.

Ingressou na Força Aérea Brasileira em março de 1958. Formou-se oficial em dezembro de 1963 e realizou os cursos de Formação de Oficial Aviador, de Tática Aérea, de Aperfeiçoamento de Oficiais, de Preparação de Instrutor, de Comando e Estado-Maior, Superior de Comando e Política e Estratégia Aeroespaciais.

Realizou os cursos de piloto de Caça, piloto de Transporte Aéreo, Operações Aéreas Especiais e pára-quedista militar. Entre os cargos que exerceu como oficial superior destacam-se os de comandante de Esquadrão de Suprimento, Manutenção e Infra-estrutura, oficial de Operações e comandante de Unidade Aérea de Instrução de Caça, comandante de Base Aérea, oficial de Estado-Maior nas áreas de Pessoal e Operações, chefe de Planejamento na área de Inteligência Militar, oficial do Gabinete Militar da Presidência da República e oficial de Inteligência no Estado-Maior da Junta Interamericana de Defesa e delegado do Brasil na mesma Junta, em Washington, nos Estados Unidos.

Como oficial-general foi chefe de Logística e Mobilização do Estado-Maior das Forças Armadas, presidente da Comissão Nacional do Serviço Militar, comandante da Academia da Força Aérea, chefe de Estado-Maior do Comando-Geral de Operações Aéreas, comandante da Defesa Aeroespacial Brasileira e comandante-geral de Operações Aéreas.

Durante quatro anos foi o comandante de Operações da Força Aérea, com treze oficiais-generais subordinados e um total de 27 mil homens. Recebeu 20 condecorações nacionais e três estrangeiras. Passou à Reserva em julho de 2005, no posto mais alto da carreira.[1]

Em seguida foi diretor de operações da Infraero, assumindo posteriormente a presidência da estatal. No comando da empresa, enfrentou a crise da Varig, o acidente com o avião da Gol, em 29 de setembro de 2006, e vários meses de caos nos aeroportos brasileiros. Reclamava que sua administração era "tampão" e que não teve autonomia para montar a própria equipe, tendo herdado do antigo presidente da estatal, deputado Carlos Wilson (PT-PE), vários assessores, diretores e superintendentes, alguns sob investigação do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União.[2]

Permaneceu no cargo até agosto de 2007, poucas semanas após um outro acidente aéreo - o mais grave já registrado na América Latina - ocorrido nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, quando um Airbus A320 da TAM chocou-se com um prédio da própria companhia de aviação, durante a aterrissagem, resultando na morte de aproximadamente 200 pessoas.

Foi substituído na presidência da Infraero por Sergio Gaudenzi, coincidentemente, um antigo colega do Colégio Marista de Salvador.

Referências

  1. «Cópia arquivada». Consultado em 12 de agosto de 2007. Arquivado do original em 26 de setembro de 2007 
  2. [1]