Lobão Filho | |
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Senador pelo Maranhão | |
Período | 2 de fevereiro de 2011 até 31 de dezembro de 2014 |
Antecessor(a) | Edison Lobão |
Sucessor(a) | Edison Lobão |
Período | 30 de janeiro de 2008 até 31 de março de 2010 |
Antecessor(a) | Edison Lobão |
Sucessor(a) | Edison Lobão |
Dados pessoais | |
Nome completo | Edison Lobão Filho |
Nascimento | 17 de setembro de 1964 (60 anos) Brasília, Distrito Federal, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Nice Lobão Pai: Edison Lobão |
Alma mater | Centro de Ensino Unificado de Brasília (economia) |
Cônjuge | Paula Studart Quintas Lobão |
Partido | PFL (1990-2007) DEM (2007-2008) PTB (2008) MDB (2008-presente) |
Profissão | Economista, empresário e político |
Fortuna | R$ 9,9 milhões (2014) |
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Edison Lobão Filho (Brasília, 17 de setembro de 1964) é um economista, empresário e político brasileiro. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi senador da República pelo Maranhão de 2008 a 2010 e de 2011 a 2014. É filho dos políticos Edison Lobão, ex-senador e ministro de Estado, e Nice Lobão, ex-deputada federal.
É graduado em engenharia civil pela Universidade de Brasília e em economia pela Centro de Ensino Unificado de Brasília. Durante o mandato de seu pai como governador do Maranhão, foi secretário de Assuntos Especiais entre 1990 e 1993 e presidiu os conselhos de administração de empresas vinculadas ao executivo estadual. Também administrou o Grupo Empresarial Difusora, de propriedade de sua família. O grupo inclui o Sistema Difusora de Comunicação, afiliada do SBT no estado do Maranhão.
Foi eleito o primeiro suplente de seu pai no Senado Federal nas eleições de 2002 e 2010. Em 2008 e em 2011, assumiu o mandato na câmara alta do parlamento brasileiro quando seu pai se tornou ministro de Minas e Energia. Candidatou-se ao governo estadual na eleição de 2014, sendo apoiado por uma coligação composta por dezoito partidos, mas perdeu a disputa ainda no primeiro turno para Flávio Dino.
Natural de Brasília, Lobão é filho de Edison e Nice Lobão.[3] Seu pai foi deputado federal, senador, governador do Maranhão e ministro de Minas e Energia nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Quando nasceu na capital federal, seu pai era assessor do prefeito do Distrito Federal, na época nomeado pela ditadura militar.[6] Sua mãe também empreendeu carreira na política, inicialmente como secretária no governo do marido e em seguida foi eleita deputada federal para quatro mandatos consecutivos.[7] Além dele, o casal teve outros dois filhos: Luciano e Márcio.[8][9]
Lobão estudou engenharia civil na Universidade de Brasília (UnB). Em 1998, graduou-se em economia no Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB).[10][3] Casou-se com a apresentadora Paulinha Lobão, filha de Regina Stella e Expecdito Quintas, fundadores do Correio Braziliense. Teve dois filhos com Paula: Lucas e Tatiana.[11]
Lobão administrou o Grupo Empresarial Difusora, que foi adquirido por sua família em 1990. Do ramo da comunicação, abrangia o Sistema Difusora de Comunicação, afiliada do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) no estado do Maranhão.[3][12]
Durante uma entrevista em 1990 a Jô Soares, o piloto Ayrton Senna, referindo-se a Lobão, afirmou: "Comprei a casa em várias parcelas. Rico mesmo é o filho do governador do Maranhão que comprou uma mansão ao lado, maior que a minha, à vista e em dinheiro vivo."[13]
No período em que seu pai governou o Maranhão, Lobão foi secretário de Assuntos Especiais entre 1990 e 1993.[14][15] Simultaneamente, presidiu os conselhos de administração das Centrais Elétricas do Maranhão S/A (CEMAR), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) e da Companhia de Águas e Esgoto do Maranhão.[3]
Nas eleições de 2002, Lobão integrou a chapa de seu pai ao Senado Federal, que foi eleita.[3] Em janeiro de 2008, tornou-se senador da República pela primeira vez quando o pai afastou-se do mandato para assumir o ministério de Minas e Energia.[16][1] Embora na época filiado ao Democratas, deixou o partido logo depois, filiando-se em 2009 ao MDB.[17][3]
Lobão permaneceu no Senado até março de 2010, quando seu pai retomou o cargo.[1] Nas eleições de 2010, voltou a ser o primeiro suplente do pai, sendo a chapa novamente vitoriosa nas urnas.[18][3] Em fevereiro de 2011, reassumiu o mandato, uma vez que seu pai foi designado ministro de Estado pela presidente Dilma Rousseff.[19][1] Deixou a câmara alta do parlamento brasileiro em dezembro de 2014.[1]
Como senador da República, Lobão apresentou uma proposta de emenda à Constituição para alterar a forma de escolha de senadores. Ao invés do formato de chapas, defendeu que o segundo candidato mais votado do partido ou da coligação a senador deveria assumir o mandato em caso de impedimento do titular.[20] Em 2008, apresentou PEC para determinar que a escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal fosse realizada pelo próprio tribunal, ao invés do presidente da República.[21]
No Senado, Lobão foi membro titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Foi ainda membro suplente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).[22] Foi presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), incumbida pelo orçamento de 2014.[23][3]
Em 2014, Lobão lançou-se candidato ao governo do Maranhão na eleição de outubro daquele ano.[24] O deputado estadual Arnaldo Melo foi seu candidato a vice.[25] Sua coligação, denominada Pra Frente Maranhão, reuniu o apoio de dezoito partidos políticos, do DEM ao Partido dos Trabalhadores (PT).[26] Embora tenha obtido o apoio do PT, por conta da imposição do diretório nacional do partido, parte da militância petista apoiou e integrou a campanha de Flávio Dino, seu principal rival.[27][28]
Em abril de 2014, Lobão prometeu implodir o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, declarando: "A primeira coisa que farei se obtiver a vitória nas urnas será implodir Pedrinhas. Vou derrubar tudo e transferir os presos para unidades agrícolas afastadas dos centros urbanos, onde os detentos terão de trabalhar, se ocupar para pagar sua estadia na prisão."[29]
Em uma entrevista concedida em maio de 2014, enquanto era pré-candidato, Lobão ofereceu R$ 20 mil para quem apresentasse denúncias de corrupção contra Dino. Na oportunidade, afirmou: "Vou oferecer R$ 20 mil para quem trouxer os processos da Embratur, onde há claramente crime de má gestão, de roubo e furto."[30] Ao longo da campanha, esteve em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, atrás de Dino.[31] Ademais, ainda que fosse o candidato governista, buscou distanciar-se da família Sarney, tecendo críticas ao governo comandado por Roseana Sarney.[32][33]
No primeiro turno, Dino elegeu-se governador com 63,52% dos votos válidos, ante 33,69% de Lobão;[34] 881 mil votos separaram ambos os candidatos.[35] O postulante de sua coligação ao Senado, o ministro Gastão Vieira, também foi derrotado.[36]
Candidato a deputado federal pelo MDB, recebeu 21.459 votos, não logrando êxito.[37]