Marcus Vinicius Vieira de Souza, mais conhecido como Marquinhos Vieira (Rio de Janeiro, 31 de maio de 1984) é um jogador brasileiro de basquetebol.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Marcus Vinicius Vieira de Souza | |
Data de nasc. | 31 de maio de 1984 (40 anos) | |
Local de nasc. | Rio de Janeiro - RJ, Brasil | |
Altura | 2,07 m (6 ft 9.5 in) | |
Peso | 102 kg (225 lb) | |
Informações no clube | ||
Clube atual | Vasco da Gama | |
Número | 11 | |
Posição | Ala | |
Clubes de juventude | ||
Monte Líbano Corinthians | ||
Clubes profissionais | ||
Ano | Clubes | Partidas (pontos) |
2001 2002 2002 2003 2004 2004–2005 2005 2006–2007 2007 2007–2008 2008–2009 2009–2010 2010–2012 2012–2021 2021–2023 2023–presente |
Corinthians Bauru Victoria Libertas Vasco da Gama Corinthians/Mogi Sutor Montegranaro São Carlos New Orleans Hornets → Tulsa 66ers (emp.) Memphis Grizzlies Pinheiros Sutor Montegranaro Pinheiros Flamengo São Paulo Vasco da Gama |
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Seleção nacional | ||
2007–presente | Seleção Brasileira |
Marquinhos foi eleito MVP do Novo Basquete Brasil 5, temporada 2012–13 , NBB 8, temporada 2015-2016, e NBB10, temporada 2017-2018. Ao lado de Alex Garcia, é o jogador mais vezes escolhido para o Quinteto Ideal do NBB.[1] Marquinhos já jogou na NBA, pelo New Orleans Hornets.
Detém, juntamente com Fausto Giannecchini e Marcelinho Machado, o recorde de sete títulos do Campeonato Brasileiro, sendo um Campeonato Nacional pelo Bauru e 6 títulos do Novo Basquete Brasil pelo Flamengo
Marquinhos começou a jogar basquete na escola, aos 12 anos de idade. Depois de jogar um torneio com o time de sua escola, Marquinhos foi convidado a fazer um teste no Monte Líbano. Aprovado no teste, foi jogar no time infantil do Monte Líbano, onde ficou por 3 anos. Marquinhos seguiu para o Corinthians, onde ficou por um ano, disputando a categoria cadete e eventualmente sendo chamado a ficar no banco nos jogos do time adulto.[2][3][4]
Após um bom ano na base pelo Corinthians, Marquinhos foi convidado a jogar no Bauru, e participou da campanha que deu ao clube o primeiro título do Campeonato Brasileiro.[4][5]
No final de 2002, Marquinhos assinou um contrato de cinco anos com o Pesaro, equipe da Lega Basket, primeira divisão italiana.[6][7] Sem passaporte, Marquinhos não podia disputar a LegaBasket,[2][7] e acabou voltando por empréstimo ao Brasil, onde disputou o Campeonato Brasileiro pelo Vasco da Gama em 2003,[8] e pelo Corinthians/Mogi das Cruzes em 2004.[9] Depois, foi emprestado a um clube da segunda divisão italiana, o Sutor Montegranaro,[10] onde ganhou destaque imediato[11] e ajudou o time a conquistar o terceiro lugar, perdendo a vaga de acesso no playoff decisivo.[12] Ao final da temporada 2004–05, o Pesaro passou por uma grave crise financeira e encerrou suas atividades,[13] Marquinhos, que conseguiu liberação do seu contrato[14], assinou pelo São Carlos,[15] clube que acabara de subir à Série A do Campeonato Paulista, e se destacou individualmente, mas não evitou a eliminação do São Carlos na fase de repescagem.[16][17][18]
Após a passagem pelo São Carlos, Marquinhos realizou, no primeiro semestre de 2006, um período intenso de treinamento visando o Draft da NBA.[19][14][20]
Na edição de 2006 do Draft da NBA, Marquinhos foi selecionado pelo New Orleans Hornets.[14][20] O brasileiro fechou em outubro um contrato de dois anos com a franquia de Nova Orleans,[19] à época jogando em Oklahoma City devido ao furacão Katrina.[21] Nas duas temporadas de Marquinhos no Hornets, disputou 26 jogos, com média de 7,9 minutos por jogo na primeira temporada e de 5,3 minutos por jogo na segunda.[22] Durante a passagem pelo Hornets, Marquinhos chegou a ser enviado ao Tulsa 66ers, afiliado do Hornets na D-League, para ganhar experiência,[23] e voltou pouco mais de um mês depois, devido a seu bom desempenho, e a um série de contusões sofridas pelo elenco do Hornets.[24] Em fevereiro de 2012, foi envolvido em uma troca com o Memphis Grizzlies,[25] e, dois dias após o negócio, foi dispensado pela equipe.[26]
Marquinhos assinou pelo Pinheiros em março de 2008 para a disputa da Supercopa de Clubes,[27][28] que o clube terminou em 6º lugar, ficando fora das semifinais.[29] Após disputar a Liga de Verão da NBA, numa tentativa de conseguir um novo contrato na liga americana,[30] Marquinhos voltou ao Pinheiros e assinou um novo contrato com o clube para a temporada 2008–09.[31] No Campeonato Paulista, o Pinheiros caiu nas semifinais,[32] e Marquinhos foi o vice-líder em pontuação no torneio.[33] Em seguida, Marquinhos disputou com o Pinheiros a primeira edição do Novo Basquete Brasil. Na abertura oficial do NBB, o Pinheiros perdeu para o Flamengo por 89–90, Marquinhos marcou 28 pontos.[34] O Pinheiros caiu para o mesmo Flamengo nas quartas-de-final do NBB e Marquinhos foi votado para o primeiro Jogo das Estrelas do NBB.[35]
Marquinhos tentava mais uma vez um contrato na NBA através da Liga de Verão, quando recebeu uma proposta do Sutor Montegranaro, o ala aceitou e voltou ao clube italiano, desta vez para jogar a Lega Basket.[36][37] O bom rendimento de Marquinhos em sua nova passagem na Itália rendeu um novo interesse da NBA, inclusive do Hornets,[38] mas o ala não desejava perder Mundial para competir na Liga de Verão.[39]
A vontade de ser protagonista e de voltar ao Brasil pesaram, e Marquinhos retornou ao Pinheiros para a temporada 2010–11.[39][40] Na sua primeira temporada de volta ao clube paulistano, o Pinheiros chegou à primeira final de Campeonato Paulista da história do clube[41] e terminou vice-campeão do torneio.[42] No NBB 2010–11, o Pinheiros terminou a fase de classificação em segundo[43] e parou nas semifinais contra o eventual campeão Lobos Brasília.[44] Marquinhos foi votado pela segunda vez para o Jogo das Estrelas[45] e foi eleito pela primeira vez para a Seleção do NBB.[46] No Torneio Interligas, o Pinheiros chegou à sua primeira final em uma competição internacional,[47] terminando vice-campeão para o Obras Sanitarias.[48] Ainda em maio, Marquinhos renovou o contrato por mais uma temporada.[49]
A temporada 2011–12 marcou o primeiro título paulista do Pinheiros,[50] com Marquinhos sendo eleito para a Seleção de Ouro da Federação Paulista.[51] O Pinheiros ainda chegou à final da Liga Sul-Americana de Basquete 2011–12, sendo vice-campeão, perdendo mais uma final para o Obras Sanitarias.[52] No Torneio Interligas, Marquinhos foi mais uma vez à final com o Pinheiros, sendo novamente vice-campeão, deste vez contra o Peñarol[53] No NBB 2011–12, o Pinheiros repetiu os resultados da temporada anterior, ficando em segundo lugar na fase de classificação[54] e caindo nas semifinais, de novo para o Brasília.[55] Marquinhos foi eleito pelo segundo ano seguido para a Seleção do NBB[56] e foi votado mais uma vez para o Jogo das Estrelas, mas devido a uma contusão, não participou do evento.[57]
Marquinhos chegou ao Flamengo em 2012, junto a outras cinco contratações, além do novo treinador José Neto.[58] Em sua primeira temporada no Rio, Marquinhos liderou um Flamengo desfalcado do principal jogador do clube nas últimas temporadas, Marcelinho,[59] a 20 vitórias seguidas no NBB.[60] Marquinhos conquistou o seu primeiro título no NBB, e ao final da temporada, foi eleito MVP do NBB 2012–13.[61] Ao final da temporada, Marquinhos renovou o contrato por dois anos.[62]
Na temporada 2013–14, Marquinhos foi mais uma vez campeão do NBB com o Flamengo,[63] sendo eleito pelo quarto ano consecutivo para a Seleção do NBB.[64] Na Liga das Américas, Marquinhos liderou o rubro-negro em pontos e o Flamengo conquistou pela primeira vez o torneio continental, vencendo o Pinheiros, que defendia o título.[65]
A temporada seguinte com começou com o título da Copa Intercontinental contra o Maccabi Tel Aviv.[66] Na volta à Liga das Américas, o Flamengo não conseguiu defender o título, ficando com 3º lugar no torneio.[67] No NBB 2014–15, o Flamengo terminou a fase de classificação na terceira posição e conquistou, nos playoffs, o terceiro título nacional seguido, derrotando o Bauru na final por 2–0.[68] Destaque da equipe, Marquinhos foi o eleito pelo quinto ano consecutivo para a Seleção do NBB.[1] Ao final da temporada, renovou com o Flamengo por mais dois anos.[69]
Em 2007, Marquinhos disputou suas primeiras competições pela seleção principal, foi convocado para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no qual conquistou a medalha de ouro,[70][71] e para a Copa Tuto Marchand, onde conquistou mais um título.[72] Ainda em 2007, disputou a Copa América com a Seleção, mas se lesionou no primeiro jogo e ficou de fora do restante da competição.[73] Marquinhos criticou publicamente Lula Ferreira, afirmando que os jogadores estariam descontentes com a forma que o treinador rodava a equipe.[74] No comando da seleção desde 2003, Lula foi demitido logo após o torneio, ao não conseguir uma vaga nas Olimpíadas via Copa América.[75] Mesmo com a mudança de treinador, as críticas públicas de Marquinhos dificultaram a continuação do ala na Seleção, sendo vetado das convocações do treinador seguinte, Moncho Monsalve.[76][77]
Com mais uma mudança no comando da Seleção, assumindo o argentino Rubén Magnano, Marquinhos voltou a ser convocado. Disputou seu primeiro Mundial na Turquia. No mundial, o Brasil perdeu nas oitavas-de-final para a Argentina[78] e Marquinhos se destacou no jogo contra os Estados Unidos, terminando como maior pontuador do Brasil no confronto.[79] Em 2011, Marquinhos foi convocado para disputar a Copa Tuto Marchand e a Copa América. No Tuto Marchand, o Brasil foi campeão e Marquinhos foi eleito o MVP da competição.[80] Na Copa América, a Seleção se classificou para as Olimpíadas pela primeira vez desde Atlanta 1996.[81] Marquinhos foi parte do grupo que disputou as Olimpíadas de 2012[82] Em 2013, Marquinhos foi convocado para a Copa América, mas pediu dispensa por causa de um problema no joelho.[83] Foi convocado também para a Copa do Mundo,[84] onde o Brasil caiu nas quartas-de-final, para a Sérvia.[85]
Em 2015, Marquinhos disputou pela seleção a Copa Tuto Marchand[86] e a Copa América.[87]
Em 2016, Marquinhos disputou sua segunda edição dos Jogos Olímpicos no Rio e a seleção brasileira foi eliminada precocemente ainda na primeira fase da competição.
† | Denota temporadas em que equipe de Marquinhos ganhou um campeonato da NBB |
Líder da liga |
Ano | Equipe | PJ | MPJ | FG% | 3P% | LL% | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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2008–09 | Pinheiros | 28 | 37.8 | .524 | .363 | .821 | 5.4 | 4.7 | 1.7 | .2 | 22.3 |
2010–11 | Pinheiros | 27 | 33.0 | .538 | .358 | .811 | 3.7 | 3.4 | 1.4 | .5 | 20.4 |
2011–12 | Pinheiros | 28 | 31.5 | .545 | .418 | .794 | 3.8 | 2.4 | 1.2 | .2 | 18.0 |
2012–13† | Flamengo | 34 | 30.9 | .571 | .433 | .795 | 4.6 | 2.5 | 1.2 | .2 | 20.7 |
2013–14† | Flamengo | 16 | 26.7 | .484 | .376 | .860 | 3.5 | 2.4 | .9 | .3 | 14.8 |
2014–15† | Flamengo | 28 | 27.8 | .539 | .459 | .821 | 4.5 | 2.6 | .9 | .2 | 15.9 |
2015–16† | Flamengo | 28 | 26.9 | .492 | .381 | .791 | 3.9 | 3.1 | 1.3 | .2 | 15.6 |
2016–17 | Flamengo | 27 | 31.1 | .462 | .389 | .782 | 3.7 | 3.3 | .7 | .1 | 18.6 |
2017–18 | Flamengo | 28 | 28.6 | .488 | .371 | .790 | 3.8 | 3.2 | .8 | .2 | 18.2 |
Carreira | 270 | 30.4 | .516 | .393 | .804 | 4.2 | 3.1 | 1.2 | .1 | 18.3 | |
All-Star | 4 | - | - | - | - | - | - | - | - | - |
Ano | Equipe | PJ | MPJ | FG% | 3P% | LL% | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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2009 | Pinheiros | 3 | 40.0 | .552 | .571 | .789 | 6.7 | 5.3 | 2.3 | .0 | 28.3 |
2011 | Pinheiros | 9 | 36.2 | .577 | .434 | .948 | 3.7 | 2.9 | 1.8 | .3 | 24.7 |
2012 | Pinheiros | 10 | 35.1 | .453 | .404 | .683 | 4.2 | 4.4 | 1.1 | .2 | 15.4 |
2013† | Flamengo | 9 | 33.7 | .530 | .429 | .851 | 4.9 | 3.0 | .7 | .2 | 18.6 |
2014† | Flamengo | 9 | 33.3 | .461 | .414 | .864 | 2.9 | 2.1 | .7 | .0 | 17.0 |
2015† | Flamengo | 10 | 27.6 | .494 | .417 | .912 | 4.6 | 2.8 | 1.5 | .2 | 15.4 |
2016† | Flamengo | 13 | 27.6 | .530 | .371 | .872 | 4.2 | 3.2 | 1.1 | .4 | 16.5 |
2017 | Flamengo | 5 | 29.9 | .459 | .367 | .750 | 5.8 | 4.0 | 1.4 | .4 | 19.4 |
2018 | Flamengo | 7 | 29.4 | .408 | .350 | .789 | 3.1 | 4.0 | 1.0 | .0 | 15.1 |
Carreira | 63 | 32.1 | .512 | .420 | .851 | 4.2 | 3.2 | 1.2 | .2 | 18.3 |
Ano | Equipe | PJ | MPJ | FG% | 3P% | LL% | RT | AS | BR | TO | PPJ |
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2013 | Flamengo | 5 | 32.4 | .549 | .514 | .900 | 3.2 | 4.4 | .6 | .0 | 24.6 |
2014† | Flamengo | 8 | 29.6 | .566 | .435 | .762 | 3.3 | 1.5 | .9 | .0 | 21.5 |
2015 | Flamengo | 5 | 29.6 | .509 | .414 | .880 | 4.0 | 3.0 | 1.0 | .2 | 18.4 |
Carreira | 18 | 30.4 | .547 | .455 | .835 | 3.4 | 2.7 | .8 | .1 | 21.5 |