Mistel - derivado do germânico misteltoe (visco - uma pequena planta parasita), é um termo usado para identificar uma arma aérea alemã empregada nas fases finais da Segunda Guerra Mundial. Esta arma foi testada em 1943 e usada pela primeira vez no verão de 1944.
Era formada por um conjunto de dois aviões. Uma aeronave menor tripulada (a "nave-mãe") transportava consigo outra maior não tripulada. O aparelho não tripulado era carregado com explosivos, transformando-se então em uma "bomba voadora".
As primeiras experiências foram realizadas com o avião Focke-Wulf Fw 56 levando o planador de transporte DFS 230.[3]
O piloto conduzia esta bomba até próximo do alvo e então lançava-a.
O Mistel substituiu o programa Fieseler Fi 103R que seria a "bomba voadora kamikaze" alemã.
250 foram construídos e diversas "combinações Mistel" foram tentadas pela Luftwaffe:
Foi utilizado em combate pela primeira vez no verão de 1944, quando 4 navios aliados foram atacados em uma operação noturna. Nenhuma das embarcações afundou. Porém a Luftwaffe ficou satisfeita e levou o projeto adiante.
Duas grandes ações com o uso do Mistel foram planejadas:
Uma vez que só foi efetivamente usado em pequenas ações isoladas, não afetou o resultado da guerra. A combinação de duas aeronaves voando em conjunto era problemática. Uma de suas deficiências era a baixa velocidade do conjunto que tornava-o vulnerável aos caças inimigos.
O Mistel e outras "super armas" (Wunderwaffe) como as bombas voadoras, o avião-foguete Me 163 e o caça a jato Me 262 foram fruto do desespero da Alemanha Nazista frente a derrota diante das forças aliadas que parecia cada dia mais próxima.