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Natalia Pasternak | |
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Nascimento | 5 de maio de 1976 (48 anos) São Paulo, SP |
Cidadania | Brasil |
Progenitores |
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Cônjuge | Carlos Orsi |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Ocupação | bióloga, microbiologista, comunicadora de ciência |
Prêmios |
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Empregador(a) | Universidade de São Paulo |
Página oficial | |
iqc | |
Natalia Pasternak Taschner (São Paulo, 5 de maio de 1976), é uma bióloga e divulgadora científica brasileira. É a fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e a primeira brasileira a integrar o Comitê para a Investigação Cética. Foi diretora da versão brasileira do festival de ciências, Pint of Science (2016–2019), fundadora da iniciativa Cientistas Explicam e fundadora do blog de divulgação científica Café na Bancada. É colunista do jornal nacional brasileiro " O Globo " e da revista Saúde, onde escreve sobre popularização da ciência e pseudociências da revista The Skeptic (Reino Unido) e Medscape (WebMD). Foi colunista da rádio CBN, onde comandou o quadro A Hora da Ciência, ficando entre 2021 e 2023. Taschner também é a editora da primeira revista brasileira sobre pensamento crítico, a Revista Questão de Ciência, publicada pelo IQC. Pasternak e o IQC atuaram intensamente no combate à desinformação durante a pandemia de COVID-19.
Pasternak, contribui como professora visitante da Escola de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo e como colaboradora de pesquisa da Universidade de São Paulo. Ela é a primeira brasileira a ser nomeada fellow do Committee for Skeptical Inquiry (CSI) nos Estados Unidos, em homenagem a suas notáveis contribuições para o avanço da ciência, do ceticismo e do pensamento crítico. Foi eleita Brasileira do ano em Ciência pela Revista IstoE em 2020 e novamente em 2021. Ela foi nomeada Personalidade do Ano pelo Grupo de Jornais Diários da América Latina e premiada com o Prêmio Ockham da revista The Skeptic por seus esforços em promover o ceticismo e o pensamento racional no Brasil.[1]
Ciência no Cotidiano, que recebeu o Prêmio Nacional de Literatura Brasileira de melhor livro de ciências em 2021 (Prêmio Jabuti), e Contra a Realidade: Negação da Ciência, Suas Causas e Consequências, são dois de seus livros sobre divulgação científica. Ela é a única brasileira na lista da BBC das 100 mulheres mais influentes em 2021, e agora é Adjunct Senior Research Scholar no Centro de Ciência e Sociedade da Universidade de Columbia, graças à oferta do professor Stuart Firestein. Sua pesquisa se concentra em maneiras de melhorar a comunicação científica e combater a negação e a desinformação, além de levar o pensamento científico a futuros formuladores de políticas e auxiliar no estabelecimento de uma parceria mundial para políticas globais baseadas em evidências.
Nascida em família de origem judaica,[2] é filha dos professores universitários Mauro Taschner e Suzana Pasternak.[3] Após concluir a graduação em Biologia na Universidade de São Paulo (USP) em 2001, ingressou no doutorado em Microbiologia da USP no mesmo ano.[4]
Pasternak concluiu o doutorado em Microbiologia em 2006 no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, com a tese intitulada A regulação da fosfatase alcalina pelo fator sigma S da RNA polimerase de Escherichia coli. De 2007 a 2013 fez pós-doutorado em Microbiologia, na área de genética molecular de bactérias, também na USP.[4]
Pasternak fundou um site de popularização científica chamado Café na Bancada, [5] com a missão de "Difundir a ciência com café!". O site foi extinto, mas continua como um blog,[6] iniciado em 2015, na rede social Facebook. Também foi diretora da versão brasileira do festival científico Pint of Science entre 2015 e 2019, quando organizou palestras científicas em bares de mais de 50 cidades do Brasil.[7][4][5] A partir de 2020 o Pint of Science passou a ser coordenado por Luis Gustavo Almeida.[8]
Em 2018, fundou e se tornou a primeira presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), organização focada na defesa de evidências científicas utilizadas em políticas públicas.[9][10][11][5] Pasternak chegou a investir seu próprio dinheiro na formação do IQC, fazendo dela o segundo filantropo no Brasil a investir dinheiro privado em comunicação científica.[12] IQC é um co-organizador, juntamente com o Escritório de Ciência e Sociedade de Aspen, do "Congresso Global de Aspen sobre Pensamento e Ação Científicos", que aconteceria em 2020 em Roma[13] e que foi remarcado para março de 2021 no formato digital em virtude da pandemia do COVID-19.[14]
No início de 2020, Pasternak organizou o primeiro curso de especialização em comunicação pública da ciência na cidade de São Paulo. O curso visa formar jornalistas e outros profissionais de comunicação sobre a popularização da ciência.[15]
Em novembro de 2020, Pasternak recebeu o prêmio Navalha de Ockham da publicação britânica The Skeptic Reason with Compassion pelos seu esforços no combate contra desinformação durante a pandemia da COVID-19.[16]
Em 2020 recebeu duas moções de agradecimento[17][18] do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
Em dezembro de 2020 foi a homenageada do ano pela revista Istoé[19] na categoria Ciência e pelo Grupo de Diários América (GDA) como “Personalidade do Ano” no Brasil, reconhecendo o trabalho exercido por Pasternak no combate à desinformação em relação à Pandemia do COVID-19.[20]
Pasternak chegou a sofrer ataques de ódio por combater a desinformação promovida por Jair Bolsonaro, que alegava uma possível cura da doença pela cloroquina.[21]
Natália é casada com o jornalista e escritor Carlos Orsi Martinho.[22]
É uma das 100 Mulheres da lista da BBC de 2021.[23]
Também alvo de ataques, a bióloga Natália Pasternak recebeu uma onda de ódio recente ao rebater declarações de Bolsonaro, nas quais apontava a droga cloroquina como uma possível cura ao novo coronavírus.
Por causa da pandemia de Covid-19 o livro não teve um lançamento físico. Neste período, diz Orsi, a ciência tem sido mais ouvida. “Nunca cientistas tiveram acesso à mídia generalista como agora. Por outro lado, a ciência também nunca foi tão disputada, sobre quem tem a ‘ciência verdadeira’, ou o que realmente conta como ciência. Essa disputa se dá ao longo de um espectro que vai das discordâncias normais do processo científico até carteiradas de charlatões que querem grudar o rótulo de ‘científico’ em seus delírios. Isso é um problema exatamente porque a população em geral é pouco instruída sobre os métodos e critérios de qualidade da ciência e sobre a natureza dos consensos científicos”, afirma.