Odeio-Te Meu Amor

Unfaithfully Yours
Odeio-te Meu Amor (prt/bra)
Odeio-Te Meu Amor
Foto publicitária com os atores coadjuvantes Barbara Lawrence e Rudy Vallee
 Estados Unidos
1948 •  p&b •  128 min 
Género comédia
Direção Preston Sturges
Roteiro Preston Sturges
Elenco Rex Harrison
Linda Darnell
Rudy Vallee
Barbara Lawrence
Idioma inglês

Odeio-te Meu Amor[1][2] (em inglês: Unfaithfully Yours) é um filme de comédia romântica e de humor negro estadunidense de 1948, escrito e dirigido por Preston Sturges. Foi o primeiro dos dois filmes que o diretor realizou para a Twentieth Century-Fox, tendo recebido críticas positivas na maioria, mas sem alcançar êxito nas bilheterias.[3]

A Twentieth Century-Fox refilmaria o roteiro em 1984 com o mesmo título original, com Dudley Moore, Nastassja Kinski, Armand Assante e Albert Brooks, com direção de Howard Zieff.[3] O novo filme, contudo, eliminou o tema das três diferentes peças musicais que inspiraram os três cenários de vingança do protagonista.

Notas

Sir Alfred de Carter é um maestro inglês mundialmente famoso que ao retornar de viagem, descobre que seu cunhado rico e detestável August Henshler colocou um detetive particular chamado Sweeney para vigiar a jovem e adorável esposa, Daphne de Carter, que não o acompanhara. Sir Alfred se nega a ler o relatório da investigação mas, ao tentar eliminar todas as cópias e o original do escritório dos detetives, acaba sabendo que a esposa fora vista entrando num quarto de um homem, no mesmo hotel que o casal mora. Ele vai até o quarto que a esposa fora e encontra o jovem secretário particular dele, Anthony Windborn, hospedado ali. Convencido de que fora traído, Sir Alfred passa a fantasiar diferentes ações a tomar, inspirado pelas músicas que apresenta em seu concerto. Mas quando tenta colocá-las em prática, as coisas não são tão simples como lhe pareciam até que por fim a verdade é revelada[4]

Para cada um dos três cenários fantasiados por Sir Alfred para resolver a traição da esposa, foram utilizadas diferentes músicas que são ouvidas nas cenas da orquestra conduzida por ele:

Preston Sturges escreveu o roteiro original de Unfaithfully Yours em 1932 – a ideia lhe surgiu ao ouvir uma canção melancólica de rádio que o influenciou quando escrevia uma cena cômica. Sturges ofereceu a história para a Fox, Universal e Paramount mas todos os estúdios na época a rejeitaram.[3]

Em 1938, Sturges imaginou Ronald Colman no papel de Carter, e mais tarde queria Frances Ramsden – que foi apresentada por ele no filme que dirigira em 1947, The Sin of Harold Diddlebock – para interpretar Daphne; na época da escolha do elenco, ele preferia James Mason como o maestro e Gene Tierney como a esposa.[3]

Os advogados do estúdio alertaram sobre as similaridades do personagem Sir Alfred de Carter com o famoso maestro inglês Sir Thomas Beecham; Sturges foi aconselhado a diminuir as semelhanças mas algumas remanescentes foram notadas em resenhas[3] (o avô de Beecham foi Thomas Beecham, um químico que inventou as Pílulas Beecham, usadas como laxantes. Houve especulações de que o nome de Carter se referia as pílula para o fígado Carter).

Unfaithfully Yours,literalmente "Suas infidelidades" que teve os nomes de trabalho de Unfinished Symphony ("Sinfonia interrompida") e The Symphony Story ("História sinfônica"), entrou em produção em fevereiro de 1948, e terminou em meados de abril daquele ano.[6] Em 28 de junho o filme tinha uma versão de 127 minutos de duração, mas o lançamento foi adiado para evitar qualquer associação com o suicídio da atriz Carole Landis em julho. Houve rumores de que Landis e Rex Harrison eram amantes e que ela cometera o suicídio quando o ator recusou-se a se divorciar da esposa. Harrison encontrou o corpo de Landis na casa dela.[3]

O filme estreou em Nova Iorque em 5 de novembro de 1948 e teve um lançamento geral em 10 de dezembro. A premiere em Los Angeles foi em 14 de dezembro.[6] Foi promovido com o slogan: Will somebody "get her" tonite? (em tradução livre: "Alguém a "pegará" esta noite?").

Em fevereiro de 1949, William D. Shapiro, que declarou ser um produtor de filmes independentes, processou a Fox e Sturges por plágio de um filme não produzido de uma história de Arthur Hoerl, que Shapiro pretendia realizar. A conexão foi supostamente o compositor Werner Heymann, frequente colaborador de Sturges e que Shapiro teria entrevistado para ser o diretor musical da sua produção.[3]

Um gravador profissional que reproduzia sons em discos, visto no filme, é similar aos usados por Horowitz e Benny Goodman durante concertos deles no Carnegie Hall e um da NBC Radio no Rockefeller Center. Esses discos depois foram masterizados em LPs que viriam a ser considerados clássicos. Arthur Rubinstein possuía um desses aparelhos. Eram muito difíceis de usar e precisavam de técnicos experientes.

Referências

  1. Odeio-Te Meu Amor no AdoroCinema
  2. «Odeio-Te Meu Amor». no CineCartaz (Portugal) 
  3. a b c d e f g h TCM Notes
  4. Erlewine, Stephen Thomas Plot synopsis (Allmovie)
  5. TCM Music
  6. a b TCM Overview

Ligações externas

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