The Magic Christian

The Magic Christian
 Reino Unido
1969 •  cor •  105 min 
Direção Joseph McGrath
Produção Denis O'Dell
Roteiro Terry Southern
Joseph McGrath
Elenco Peter Sellers
Ringo Starr
Música Ken Thorne
Distribuição Commonwealth United Corporation
Lançamento Reino Unido12 de dezembro de 1969Estados Unidos11 de fevereiro de 1970
Idioma língua inglesa

The Magic Christian é um filme de comédia britânico de 1969, dirigido por Joseph McGrath. Estrelado por Peter Sellers e Ringo Starr, o filme conta com aparições de vários atores proeminentes como John Cleese, Graham Chapman, Raquel Welch, Spike Milligan, Christopher Lee, Richard Attenborough e o diretor Roman Polanski. O roteiro é livremente baseado no romance satírico homônimo de 1959 do autor norte-americano Terry Southern.

Sir Guy Grand, um bilionário excêntrico, junto com seu herdeiro recém-adotado e ex-sem-teto Youngman Grand, inicia elaboradas "pegadinhas" com as pessoas. Um grande gastador, Grand não se importa em entregar grandes somas de dinheiros a várias pessoas, subornando-as para que cumpram os caprichos dele, ou chocando-as com os que elas tem de mais precioso. Suas peripécias são descritas como ensinamentos do pai para o filho adotivo que diz que "todos tem um preço"—só dependendo de quanto esteja preparado para pagar. Ele começa com "pegadinhas" menores, como subornar um ator shakespeariano (Laurence Harvey) a se despir durante a apresentação no palco do famoso monólogo de Hamlet, e convence a um guarda de trânsito (Spike Milligan) a pegar de volta uma multa e comê-la (encantado com o valor da propina, ele come até o plástico de cobertura da notificação) e evolui até elaboradas mistificações que envolvem a nata da alta sociedade e grandes audiências. Como os diálogos revelam, Grand vê seus esquemas como 'educacionais' ("Bem, você sabe, Youngman, algumas vezes não é suficiente ensinar apenas. Tem que haver punição também").

Num leilão de arte na Sotheby's, é orgulhosamente declarado pelo diretor Dugdale (John Cleese) que um retrato original de Rembrandt pode alcançar 10.000 libras mas Grand oferece 30.000 libras (445.300, em dinheiro atualizado). Ele exclama:"Trinta mil libras? Porcaria! Eu imploro seu perdão, Eu imploro seu perdão!" e faz a venda. Em seguida, na frente do profundamente chocado Dugdale, Grand recorta a parte do nariz da pintura. Num restaurante sofisticado ele realiza uma performance de gula selvagem, assustando a requintada clientela. Na tradicional corrida de canoagem entre remadores de Cambridge e Oxford, Grand suborna o capitão (Richard Attenborough) do time de Oxford (com Graham Chapman aparecendo como um dos remadores) e faz com que ele propositadamente se choque com a canoa rival, causando uma vitória gritantemente injusta. Em outro evento tradicional, a caçada ao faisão, o bilionário usa bateria anti-aérea para abater as aves.

Guy e Youngman posteriormente compram bilhetes para um luxuoso cruzeiro a bordo do navio The Magic Christian, cujos passageiros são a nata da alta sociedade. Convidados a bordo incluem os casais John Lennon e Yoko Ono, e Jacqueline Kennedy e Aristoteles Onassis (todos interpretados por sósias). No começo da viagem as coisas aparentam normalidade. Em pouco tempo, porém, tudo começa a dar errado. Um bebedor solitário (Roman Polanski) é abordado no bar por um cantor travesti (Yul Brynner), um vampiro (Christopher Lee) se disfarçou de garçom, e um filme do cinema do navio mostra um fracassado transplante de cabeças envolvendo uma pessoa negra e uma pessoa branca. Os passageiros ficam sabendo através de imagens do circuito fechado de TV que o capitão (Wilfrid Hyde-White) se embriaga constantemente e é atacado por terroristas e gorilas. Numa crescente de pânico, os convidados tentam abandonar o navio. Um grupo deles, por sugestão de Youngman Grand, tenta fugir através da casa de máquinas. Ali, a Sacerdotisa da Chibata (Raquel Welch), acompanhada de dois percussionistas que tocam tambores, comanda escravas remadoras seminuas. Os passageiros finalmente encontram uma saída, e os cavalheiros e damas pisoteando entre si avistam a luz do dia e percebem que o barco na verdade era uma estrutura construída num armazém, e nunca deixaram Londres. Ao correrem para fora, um enorme cartaz que diz 'ESMAGUE O CAPITALISMO" pode ser avistado na parede do prédio. Durante toda a desventura, os Grands assistem a tudo perfeitamente compostos e frios.

Próximo ao final, Guy enche um grande tanque com urina, sangue e excremento animal e depois joga centenas de notas de dinheiro. Atraindo uma multidão com cartazes que anunciam "Dinheiro grátis!", Grand consegue fazer com que muitas pessoas entrem no tanque para pegar as notas e, inclusive, alguns até submergem no fétido composto. A canção "Something in the Air" de Thunderclap Newman, é ouvida durante a cena.

O filme encerra com Guy e Youngman retornando ao parque onde se conheceram, subornando um guarda para lhes deixar dormirem no gramado.

A maioria dos principais críticos deu resenhas negativas para o filme, especialmente pelo exagerado humor negro. Darrel Baxton, em sua resenha no Splitting Image, refere-se ao filme como 'da escola Bunueliana da sub-sátira selvagem'.[1]

Christopher Null do filmcritic.com afirma que 'tudo é muito exagerado para se fazer qualquer declaração mais aprofundada'.[2]

Pela dedicação à atuação no filme, Ringo Starr temporariamente deixou as atividades musicais com os Beatles, o que fez com que Paul McCartney assumisse a bateria.[3]

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Referências

  1. «The Magic Christian». The Spinning Image. Consultado em 10 de outubro de 2012 
  2. filmcritic.com Arquivado em 15 de janeiro de 2008 no Wayback Machine.
  3. Reed, Ryan; Stone, Rolling (31 de agosto de 2019). «Paul on Drums, George on Bass: 10 Beatles Instrument Swaps». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 5 de março de 2020 
  4. Thill, Scott. «Grant Morrison's Batman, Inc. Births Comics' First Zen Billionaire». Wired. Consultado em 1 de janeiro de 2013 
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