Torkwase Dyson | |
---|---|
Nascimento | 1973 Chicago, Illinois |
Residência | Nova York, Estados Unidos |
Nacionalidade | Estadunidense |
Torkwase Dyson (Chicago, Illinois) é um artista contemporânea multidisciplinar que vive na cidade de Beacon, no estado de Nova York, nos Estados Unidos.[1]
Os temas abordados pela artista atravessam "arquitetura, infraestrutura, justiça ambiental e desenho abstrato", nas próprias palavras de Dyson.[2]
Seu trabalho é informado por sua própria teoria do Pensamento Composicional Negro (Black Compositional Thought). Termo que considera como as redes espaciais – caminhos, passagens, água, arquitetura e geografias – são compostas por corpos negros como um meio de explorar redes potenciais para a libertação negra. Ela é representada pelas galerias Pace e Richard Gray, em Nova York.[3][4]
Em 2023, o trabalho de Torkwase Dyson tem presença confirmada na apresentação da 35ª Bienal de São Paulo, no Brasil.[5]
Dyson nasceu na cidade de Chicago, no estado de Illinois. Ela frequentou a Tougaloo College, no Mississipi, onde se formou em sociologia e serviço social. Em 1999, ela recebeu o bacharelado em artes pela Universidade de Virginia, e recebeu o título de mestrado em pintura e gravura pela Escola de Arte da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut, em 2003.[6]
O Studio South Zero (SSZ) foi o ateliê de arte móvel com energia solar desenhado por Dyzon, em 2016.[7] Para o projeto, Torkwase Dyson e a cientista ambiental Danielle Purifoy percorreram comunidades negras estruturadas após o período Antebellum localizadas em Alamance County, na Carolina do Norte e Lowndes County, em Alabama, nos Estados Unidos. No Studio South Zero, colaboravam com membros da comunidade na criação de uma coleção de histórias orais, objetos, imagens e materiais visuais para compreender as tradições e nuances da experiência ambiental, cultural e econômica da comunidade negra nessas regiões. Em 2017, esta montagem foi exibida em In Conditions of Fresh Water: An Artistic Exploration of Environmental Racism no Center for Documentary Studies, na Universidade Duke.[8]
Dyson conduziu uma série de aulas, discussões e experimentos realizados por duas semanas no Drawing Center, em 2018,[9] experiência nomeada Escola de Desenho Wynter-Wells para Justiça Ambiental, em homenagem à escritora jamaicana Sylvia Wynter e à líder americana dos direitos civis Ida B. Wells, "a Escola apresentou um currículo experimental empregando técnicas selecionadas das artes visuais, bem como teorias de design de geografia, infraestrutura, engenharia, e arquitetura para iniciar o diálogo sobre geografia e espacialidade em uma era de crise global devido às mudanças climáticas induzidas pelo homem."[10]
De 3 de maio a 28 de julho de 2018, a Graham Foundation for Advanced Studies in the Arts, apresentou uma exposição individual de Dyson com base em sua residência de duas semanas no Drawing Center, Winter Term. A exposição contou com uma série de novos desenhos e diversos programas públicos. Sob o título The Wynter-Wells Drawing School for Environmental Liberation, o projeto fazia parte da abordagem pedagógica de Dyson para a criação de arte,e integrava uma série de workshops, palestras e um ateliê aberto onde Dyson produzia e alterava ativamente o trabalho em exibição na frente do público.[11]
O trabalho de Dyson tem sido exibido em galerias, museus e universidades em todo o mundo. Suas esculturas, pinturas, desenhos e performances foram incluídos em inúmeras exposições individuais e instalações em instituições, incluindo a Pace Gallery,[12][13] Serpentine Galleries, em Londres[14] Hall Art Foundation,[15] Museu de Arte de New Orleans,[16] Arthur Ross Architecture Gallery na Universidade de Columbia, Nova York[17] Escola de Arquitetura Irwin S. Chanin no The Cooper Union,[18] Colby Museum of Art no Colby College, Maine[19] Suzanne Lemberg Usdan Gallery no Bennington College,[20] Rhona Hoffman Gallery,[21] Graham Foundation,[22] Davidson Contemporary, The Drawing Center,[23] Landmark Gallery na Texas Tech University,[24] Second Street Gallery,[25] Industry City Gallery/ Eyebeam,[26][27] Hemphill Fine Arts,[28] Schiltkamp Gallery na Clark University,[29] Meat Market Gallery, Ty Stokes Gallery e Corcoran School of the Arts and Design.
O trabalho de Dyson já foi incluído em exposições coletivas no Passerelle Centre d'art contemporain, Parrish Art Museum,[30] The Mississippi Museum of Art,[31] Contemporary Art Museum St. Louis,[32] Gladstone Gallery,[33] Gracie Mansion Conservancy, Alexander Gray Associates,[34] California African American Museum,[35] Sharjah nos Emirados Árabes Unidos, The Studio Museum no Harlem,[36] Socrates Sculpture Park,[37] Whitney Museum Museum of Art,[38][39] Duke University Center for Documentary Studies,[40][41] Harvey B. Gantt Center[42] entre outras.[43]
O trabalho de Dyson faz parte de diversas coleções puúblicas como o Art Institute of Chicago, Hall Art Foundation, The Long Museum, Mead Art Museum, Mildred Lane Kemper Art Museum, Smith College Museum of Art, Smithsonian National Museum of African American History & Culture, em Washington D.C., e The Studio Museu no Harlem, Nova York.[43]
Em 2016, Dyson foi eleita para o conselho da Architectural League of New York como vice-presidente de artes visuais.[44]
Em 2019, Dyson recebeu o prêmio Joyce Alexander Wein Artist do Studio Museum e o prêmio Anonymous Was a Woman de pintura. Além de muitas outras bolsas e residências, ela recebeu o The Joan Mitchell Painters and Sculptors Grant, Nancy Graves Grant for Visual Artists, Brooklyn Arts Council grant, Yale University Paul Harper Residency no Vermont Studio Center, Spelman College Art Companheirismo e Yaddo.[45]
Em 2017, Dyson fez parte do corpo docente da Skowhegan School of Painting and Sculpture e foi crítica visitante na Yale School of Art, em Yale.[46] Além de palestrante convidada, ela participou de vários painéis de discussão, palestras de artistas, leituras e palestras performáticas em colaboração com ambientalistas, artistas, poetas, arquitetos, dançarinos e músicos negros.[47]