O triatlo é um dos esportes disputado nos Jogos Pan-Americanos em três eventos: feminino, masculino e o mais recente revezamento misto. Ele foi adicionado ao programa pan-americano em 1993, estreando dois anos depois na edição de Mar del Plata, e, desde então, o esporte compareceu em todas as edições realizadas. O revezamento misto, por sua vez, estreou mais de duas décadas depois; o evento foi adicionado na edição de 2019, em Lima.
Os triatletas Karen Smyers e Leandro Macedo foram os primeiros vencedores dos eventos em 1995. O Canadá conquistou o maior número de medalhas nas duas primeiras edições, incluindo o ouro de Sharon Donnelly, as pratas de Kristie Otto e Mark Bates, além dos bronzes de Carol Montgomery, Fiona Cribb e Simon Whitfield. No entanto, os Estados Unidos ultrapassaram os adversários nas duas edições seguintes, incluindo três medalhas de ouro. Em 2011, Sarah Haskins adicionou mais um título para a nação norte-americana; no mesmo ano, Reinaldo Colucci deu o segundo ouro ao Brasil. Nas duas últimas edições, Brasil e México obtiveram duas medalhas de ouro cada, enquanto o Chile alcançou seu primeiro título em 2015.
Estados Unidos e Canadá são as duas nações que mais conquistaram medalhas: onze. Os norte-americanos, no entanto, lideram o quadro de medalhas com cinco ouros, cinco pratas e um bronze. Logo atrás desses, o Brasil é detentor de dez medalhas; contudo, os sul-americanos aparecem na frente dos canadenses por terem dois ouros a mais. O México é o quarto colocado, seguido por Chile e Venezuela. As duas últimas posições do quadro pertencem à Argentina, que obtém três bronzes e Bermudas (um bronze).
O triatlo foi incluído no calendário pan-americano em 1993, quando teve a sua estreia programada na edição de 1995.[1] Quatro anos depois, a sede foi Winnipeg, com as provas sendo realizadas em 24 de julho.[2] Prosseguindo com as edições de Santo Domingo (2003) e Rio de Janeiro (2007).[3][4] Em 2011, a cidade de Puerto Vallarta sediou as provas do esporte, que ocorreram em 23 de outubro no Terminal Marítimo API. No enanto, a cidade sede dos Jogos foi Guadalajara.[5]
Na edição de 2015, em Toronto, a competição feminina ocorreu às 8 horas e 30 minutos do sábado, 11 de julho. No dia seguinte, realizou-se o evento elite masculina às 8 horas e 30 minutos.[6] O circuito da natação, primeira disciplina do esporte, iniciou em um canal fechado do lago Ontário, enquanto que as competições de ciclismo e corrida aconteceram nas seis faixas da avenida Lake Shore. Todo o percurso foi fechado para a proteção dos atletas.[7] Em 2019, a organização programou dois dias no calendário de Lima para a realização dos eventos de triatlo: um dia para as competições individuais e outro para a competição por equipes. O primeiro evento disputado foi a prova femininas às 10 horas do sábado, 27 de julho, seguido pela prova masculina às 13 horas e finalmente, já na segunda-feira, 29 de julho, o revezamento misto com início às 9 horas.[8][9] As provas se iniciaram na Praia de Água Doce, no distrito de Chorrillos e a disputa estendeu-se até a praia Los Pavos, no distrito de Barranco.[8][10][11]
A edição de Mar del Plata, em 1995, foi a primeira que implementou o triatlo no cronograma da competição. Nesta ocasião, o Canadá foi a nação que mais conquistou medalhas; contudo, os seus representantes não venceram os eventos — Mark Bates obteve a medalha de prata no masculino, enquanto Kristie Otto e Fiona Cribb protagonizaram uma dobra canadense no pódio com as conquistas de prata e bronze, respectivamente. No feminino, o ouro ficou com Karen Smyers, dos Estados Unidos. Entre os homens, o vencedor foi o brasileiro Leandro Macedo enquanto o argentino Oscar Galíndez terminou com o bronze.[12][13] O Canadá manteve o bom desempenho na edição de Winnipeg, conquistando três medalhas: um ouro (Sharon Donnelly) e dois bronzes (Carol Montgomery e Simon Whitfield). Brasil e Estados Unidos terminaram com uma prata (Carla Moreno e Hunter Kemper, respectivamente). Por fim, o venezuelano Gilberto González ficou com o ouro da competição masculina.[12] Na década de 2000, canadenses e norte-americanas predominaram nas duas edições realizadas. Os triunfos dos Estados Unidos aconteceram com as representantes Julie Ertel (ouro em 2007), Sheila Taormina (prata em 2003) e Sarah Haskins (prata em 2007) e Becky Gibbs (bronze em 2003). Por outro lado, o Canadá obteve os feitos de Jill Savege (ouro em 2003) e Lauren Groves (bronze em 2007).[14][15] Já no cenário masculino, os norte-americanos Hunter Kemper e Andy Potts venceram os eventos de 2003 e 2007, respectivamente. As medalhas de pratas ficaram com Virgílio de Castilho e Brent McMahon, enquanto os bronzes com Oscar Galíndez e Juraci Moreira.[16][17]
Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, na cidade mexicana de Guadalajara, as norte-americanas Sarah Haskins e Sara McLarty, além da brasileira Pâmella Oliveira terminaram a primeira transição nas primeiras posições, com uma diferença de um segundo. Haskins e Oliveira manteve um desempenho homogêneo e terminaram com o ouro e o bronze, respectivamente. A chilena Barbara Riveros completou o pódio, conquistando a medalha de prata.[18][19] No masculino, o representante do Brasil, Reinaldo Colucci, manteve-se nas primeiras colocações nas duas primeiras etapas e conseguiu ultrapassar os adversários durante a corrida, vencendo a prova. O norte-americano Manuel Huerta, que terminou na segunda posição, também se recuperou durante a última etapa. Por fim, o bronze ficou com o canadense Brent McMahon.[19][20] Em 2015, Pâmella Oliveira liderou a transição entre natação e ciclismo, sendo seguida pela bermudense Flora Duffy. Esta última manteve o bom desempenho e encerrou o ciclismo na primeira colocação; contudo, foi ultrapassada pela chilena Barbara Riveros na segunda transição. Esta liderou o restante do evento, conquistando a medalha de ouro. Paola Díaz, do México, avançou sete posições na reta final do percurso e ficou com a segunda colocação. Por fim, o pódio foi completado por Duffy.[21][22] No masculino, o mexicano Irving Pérez assumiu a liderança da primeira transição com 19 minutos e 10 segundos, mas perdeu posições durante o ciclismo. O norte-americano Kevin McDowell e o mexicano Crisanto Grajales estabeleceram uma disputa equilibrada na reta final. Grajales venceu a prova com um segundo de vantagem sobre o adversário. Pérez, por sua vez, recuperou-se na corrida e conquistou a medalha de bronze.[23][24]
Quatro anos depois, a brasileira Vittória Lopes liderou a transição de natação e ciclismo, enquanto que sua compatriota Luisa Baptista se manteve na oitava posição. Esta última, contudo, avançou sete posições na corrida e ultrapassou Vittória Lopes no trecho final do percurso. A mexicana Cecilia Pérez, por sua vez, completou o pódio ao conquistar a medalha de bronze.[25][26] No mesmo dia, o triatlo masculino foi realizado.[27] Na primeira transição, o canadense Charles Paquet assumiu a liderança com 18 minutos e 26 segundos, mas perdeu posições no decorrer da competição.[28] O mexicano Crisanto Grajales, por sua vez, terminou a prova com uma hora, cinquenta minutos e trinta e nove segundos.[28] Este tempo foi suficiente para que o triatleta vencesse a competição, conquistando o ouro, repetindo seu feito nos Jogos Pan-Americanos de 2015 em Toronto.[29] Dezesseis segundos depois, o brasileiro Manoel Messias encerrou a prova na segunda posição.[28][30] Por fim, o argentino Luciano Franco Taccone, que havia terminado a segunda transição na primeira colocação, completou o pódio com a medalha de bronze.[28] Dois dias depois, o revezamento misto foi disputado. Na estreia da modalidade, a brasileira Luisa Baptista saiu das águas na primeira colocação, mas perdeu posições no ciclismo. O brasileiro Kauê Willy também foi ultrapassado, desta vez na natação; contudo, Vittória Lopes reassumiu a liderança que foi mantida por Manoel Messias até o final da prova.[31] O quarteto canadense, que estava disputando a primeira colocação com o brasileiro, terminou conquistando a prata, enquanto que o México ficou com a terceira posição.[32]
Ano | Sede | Ouro | Prata | Bronze | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
1995 | Mar del Plata | USA Estados Unidos Karen Smyers |
CAN Canadá Kristie Otto |
CAN Canadá Fiona Cribb |
[33] |
1999 | Winnipeg | CAN Canadá Sharon Donnelly |
BRA Brasil Carla Moreno |
CAN Canadá Carol Montgomery |
[34] |
2003 | Santo Domingo | CAN Canadá Jill Savege |
USA Estados Unidos Sheila Taormina |
USA Estados Unidos Becky Gibbs |
[14] |
2007 | Rio de Janeiro | USA Estados Unidos Julie Ertel |
USA Estados Unidos Sarah Haskins |
CAN Canadá Lauren Groves |
[15] |
2011 | Guadalajara | USA Estados Unidos Sarah Haskins |
CHI Chile Bárbara Riveros |
BRA Brasil Pâmella Oliveira |
[35] |
2015 | Toronto | CHI Chile Bárbara Riveros |
MEX México Paola Díaz |
BER Bermudas Flora Duffy |
[36] |
2019 | Lima | BRA Brasil Luisa Baptista |
BRA Brasil Vittória Lopes |
MEX México Cecilia Pérez |
[26] |
Ano | Sede | Ouro | Prata | Bronze | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
1995 | Mar del Plata | BRA Brasil Leandro Macedo |
CAN Canadá Mark Bates |
ARG Argentina Oscar Galíndez |
[37] |
1999 | Winnipeg | VEN Venezuela Gilberto González |
USA Estados Unidos Hunter Kemper |
CAN Canadá Simon Whitfield |
[38] |
2003 | Santo Domingo | USA Estados Unidos Hunter Kemper |
BRA Brasil Virgílio de Castilho |
ARG Argentina Oscar Galíndez |
[16] |
2007 | Rio de Janeiro | USA Estados Unidos Andy Potts |
CAN Canadá Brent McMahon |
BRA Brasil Juraci Moreira |
[17] |
2011 | Guadalajara | BRA Brasil Reinaldo Colucci |
USA Estados Unidos Manuel Huerta |
CAN Canadá Brent McMahon |
[39] |
2015 | Toronto | MEX México Crisanto Grajales |
USA Estados Unidos Kevin McDowell |
MEX México Irving Pérez |
[40] |
2019 | Lima | MEX México Crisanto Grajales |
BRA Brasil Manoel Messias |
ARG Argentina Luciano Franco Taccone |
[41] |
Ordem | País | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | USA Estados Unidos | 5 | 5 | 1 | 11 |
2 | BRA Brasil | 4 | 4 | 2 | 10 |
3 | CAN Canadá | 2 | 4 | 5 | 11 |
4 | MEX México | 2 | 1 | 3 | 6 |
5 | CHI Chile | 1 | 1 | 2 | |
6 | VEN Venezuela | 1 | 1 | ||
7 | ARG Argentina | 3 | 3 | ||
8 | BER Bermudas | 1 | 1 |