Valéria de Paiva | |
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Nascimento | 13 de junho de 1959 Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | matemática, lógica, cientista de computação |
Empregador(a) | Samsung Electronics, Xerox PARC, Nuance Communications |
Página oficial | |
http://github.com/vcvpaiva | |
Valeria Correia Vaz de Paiva é uma matemática e cientista da informática brasileira que trabalha com semântica de linguagem natural e de linguagens de programação. Seu trabalho inclui teorias lógicas para computação, especialmente utilizando Teoria de categorias, representação do conhecimento, semântica de linguagem natural, e programação funcional com um foco em fundações e teorias de tipo.[1][2][3] Ela é a terceira matemática brasileira mais procurada nos buscadores da internet.[4]
Licenciou-se em matemática em 1982, obteve o mestrado em 1984 (em álgebra pura) e completou o doutorado pela Universidade de Cambridge em 1988, sob supervisão de Martin Hyland. Sua tese introduziu Espaços Dialecticos, uma maneira categórica de construir modelos de lógica linear.[5][6]
Trabalhou nove anos no Palo Alto Research Center da Xerox PARC, em Palo Alto, Califórnia, e também trabalhou em Rearden Commerce e Cuill antes de se unir a Nuance.[7] Foi docente em computação em várias instituições, tais como a Universidade de Santa Clara e a Universidade de Stanford.[8] Cofundou o Topos Institute em Berkeley, CA, que visa avançar as ciências da conexão e integração observando as estruturas matemáticas da computação.
É membro honorária da Escola de Informática, da Universidade de Birmingham.[7][9] É membro do Conselho da Divisão de Lógica, Metodologia e Filosofia da Ciência e Tecnologia da União Internacional de História e Filosofia da Ciência e Tecnologia (2020-2023).[10][11] Foi indicada como Embaixadora de Lógica do World Logic Day de 2021.[12]
No Encontro Brasileiro de Mulheres Matemáticas, realizado no IMPA, no Rio de Janeiro, Valéria foi convidada para ser uma das palestrantes especiais e comentou que "nos Estados Unidos, a proporção de mulheres ocupadas nas duas áreas caiu entre 1990 e 2013: passou de 35% para 26%. Na Engenharia, o movimento até foi de crescimento, mas se deu de forma muito tímida, passando de 9% para 12%".[13] Segundo ela, “Já fui em conferência com 70 homens e eu. O cara que abriu a conferência disse: ‘Gentlemen e Valéria’. E os números [de graduadas em computação] no Brasil estão caindo, em vez de melhorar. Isso não pode ser’”.[14]