Vriesea rodigasiana | |
---|---|
Estado de conservação | |
![]() Pouco preocupante IUCN | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Vriesea rodigasiana E. Morren 1882 |
Vriesea rodigasiana é uma espécie de planta da família Bromeliaceae, endêmica do Brasil. Seu hábito é de tipo epifito.[1]
Plantas de até 75 cm, com roseta de de tipo infundibuliforme[2], formando cisterna[3]. Folhas com bainha vinosa, 4,5–10,5 × 3,2–6,2 cm, elíptica a largo–elíptica; lâmina verde com máculas vinosas ou totalmente vinosa, inteira, (5,5) 6,5–20 (22,5) × 1,5–2,5 cm, ligulada a ligulado-triangular, ápice agudo a obtuso, acuminado.[1][2]
Inflorescência recemosa dupla, ereta a subereta, superando claramente as folhas. Escapo longo, 20-38cm, vermelho, ereto; bráctea escapal com metade inferior vermelha e superior verde, 1,8–4,8(5,2) × 0,6–1,2 cm, imbricada, com ápice agudo escuro, com escamas esbranquiçadas em maior quantidade em direção ao ápice; a face interna é mais clara com ápice e bordos escuros.[2][3]
Bráctea floral amarela, 1–2 × 1–1,4 cm, mais curtas que as sépalas, largo-elípticas a largo-ovais, ápice obtuso, minutamente apiculado, com carena.[2] Flores dísticas, não secundas, suberetas na antese; sépalas ca. 2,2 cm, livres, simétricas, estreito–elípticas, com ápice obtuso. Pétalas amarelas, ca. 3 cm, maiores que as sépalas, liguladas, ápice arredondado e emarginado. Estames exsertos com anteras negras e ordenação radial durante a antese; estigma levemente maior que as anteras.[1][2][3] Ovário piramidado.[3]
Fruto de tipo cápsula, 2,8–3cm, com valvas pouco espiraladas e deiscentes até a base.[2][3] Sementes esverdeadas, ápice com cauda tenra munida de pelos branco-amarelados unidos fasciculadamente, prolongados por uma cabeleira umbeliforme.[3]
A espécie foi descrita por E. Morren, Ill. Hort., 29:171 fig. 467, em 1882.[1]
Vriesea rodigasiana ocorre no nas regiões brasileiras Nordeste (nos estados Bahia, Ceará, Pernambuco), Sudeste (nos estados Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica.[1]
É uma espécie heliófita ou de luz difusa e pouco exigente quanto à umidade do ar. Em áreas insolaradas apresenta as folhas com manchas vermelhas e inclussive completamente vermelho-escuras; na sombra, suas folhas são verdes, práticamente sem manchas avermelhadas.[3]
Apresenta floração de janeiro a março, frutificação de março a maio e dispersão de sementes de junho a outubro em Santa Catarina[3].
A espécie foi catalogada como Baixo Risco de Extinção para o Brasil.[4]. No estado do Rio Grande do Sul (sul do Brasil), foi catalogada como Vulnerável na Lista das espécies ameaçadas de 2002.[5]