Y'en a Marre é um movimento juvenil de rappers e jornalistas do Senegal, criado em janeiro de 2011, para protestar contra o governo ineficaz e incentivar os jovens a votar.
De abril a agosto de 2011, lançaram uma grande campanha para convencer os jovens a inscreverem-se nos cadernos eleitorais para participarem nas eleições presidenciais senegalesas de 2012, exigindo sem sucesso que o governo adiasse o prazo de registro.[1] No entanto, o movimento conseguiu estimular as inscrições, com até 357 mil novas inscrições sendo registradas, um índice recorde. Posteriormente, o movimento passa a organizar manifestações contra a candidatura do Presidente Abdoulaye Wade, como a ocorrida em 23 de junho de 2011 em frente à Assembleia Nacional.[2]
Ao longo de 2011, organizam diversos protestos, “foires aux problèmes” e sit-ins na Place de l'Obélisque em Dakar.[3]
Em 15 de fevereiro de 2012, essas manifestações foram proibidas pelo governo. [4] No dia seguinte, três dos fundadores do grupo são presos por ajudar a organizar um protesto na Praça do Obelisco de Dakar. [5] Apesar das prisões, o grupo continuou a organizar protestos até a eleição que destituiu Wade. [6]
São creditados por terem ajudado a mobilizar os votos da juventude senegalesa e a derrotar o presidente em exercício Abdoulaye Wade nas eleições presidenciais de 2012, embora o grupo não afirme nenhuma afiliação com Macky Sall, o atual presidente do Senegal, ou com qualquer partido político.[7]
O documentário de 2015 Incorruptible da diretora Elizabeth Chai Vasarhelyi narra as duas campanhas eleitorais e também o movimento juvenil Y'en Marre, que liderou protestos contra o governo Wade.[8]