Ribeirão Preto | ||||||||||
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Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes | ||||||||||
Área de embarque do aeroporto | ||||||||||
IATA: RAO - ICAO: SBRP | ||||||||||
Características | ||||||||||
Tipo | Público | |||||||||
Administração | Voa-SP | |||||||||
Serve | Ribeirão Preto | |||||||||
Localização | Avenida Thomaz Alberto Whately, s/nº (Parque Coronel Quito Junqueira) - (Ribeirão Preto), SP, | |||||||||
Inauguração | Aeroclube 2 de abril de 1939 | |||||||||
Altitude | 560 m (1 837 ft) | |||||||||
Movimento de 2019 | ||||||||||
Passageiros | 923.617 passageiros | |||||||||
Carga | 1.045.747 toneladas | |||||||||
Aéreo | 34.929 aeronaves | |||||||||
Capacidade anual | 480 000 passageiros | |||||||||
Website oficial | Página oficial | |||||||||
Pistas | ||||||||||
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O Aeroporto Estadual de Ribeirão Preto - Doutor Leite Lopes (IATA: RAO - ICAO: SBRP) é um aeroporto brasileiro localizado no município de Ribeirão Preto, na região nordeste do estado de São Paulo. Oferece apoio e infra-estrutura compatível com aeroportos de grandes centros. Opera em período integral e recebeu, em 2019, mais de 34 mil voos e 923 mil passageiros, tornando-se um dos aeroportos mais movimentados do Brasil,[1] inclusive, com movimento superior a diversas capitais brasileiras. O aeroporto é a sede e o hub da VOEPASS, empresa aérea regional do Brasil e a sede do Aeroclube de Ribeirão Preto.
Atualmente, o Aeroporto Leite Lopes é o quarto maior do estado de São Paulo, sendo superado apenas por SP/Guarulhos, SP/Congonhas e Viracopos. Com 6 aerovias e mais de 100 aeronaves ao dia, o aeroporto Leite Lopes é o mais relevante do Interior. As aerovias inferiores, com largura de 30 quilômetros, estão a uma altitude mínima de 15 mil pés (cada mil pés corresponde a 300 metros) e máximo de 24 mil pés. Levam a letra W como iniciais e são chamadas de Whisky. São a W-13, W-19, W-30, W-32 e W-51. Podem ser de mão única ou dupla. A única aerovia superior é a UP (Upper Zulu), que passa a 24.500 pés – altura mínima. O piloto tem autonomia, dependendo do aparelho, de voar mais alto. A UP tem 80 quilômetros de largura.[2]
Conforme estudo divulgado pela empresa de Inteligência de Mercado Urban Systems, o Aeroporto Leite Lopes é o segundo terminal aeroportuário regional com maior potencial de desenvolvimento econômico no país, devido aos fatores como infraestrutura e localização, transporte de passageiros, transporte de cargas, hospedagem, varejo e educação. Foi criado o Índice de Qualidade Mercadológica (IQM), uma metodologia que leva em consideração aspectos como informações comerciais, urbanísticas, econômicas e infraestruturais dos impactos da atividade portuária na região estudada, objetivando aferir o desempenho de cada equipamento.[3]
Como o aeroporto Leite Lopes esta autorizado e classificado pela ANAC, como sendo da categoria 4C, que permite a operação de vários modelos de aeronaves, sobretudo, dos modelos Airbus A320, A321 e Boeing 737-800, que são os mais utilizados em voos dentro da América do Sul, devido a capacidade de passageiros acima de 160 pax e alcance com carga máxima na faixa de 5.600 km de distância, este aeródromo poderá ter voos internacionais da aviação executiva, de passageiros e de cargas, no referido continente, inclusive, na modalidade voos charter (fretados).[4]
Foi inaugurado no dia 2 de abril de 1939. A primeira ampliação da pista do Leite Lopes foi realizada na década de 1940. Para isso, foram utilizadas terras particulares que, como nunca foram pagas, deram origem a um processo judicial que é considerado hoje o processo sem solução mais antigo do país. Seu nome é uma homenagem a Dr. Luiz Leite Lopes, famoso médico atuante em Ribeirão Preto e fundador do aeroclube dessa cidade.
Em 4 de novembro de 1973, com o aeroporto inteiramente remodelado para poder atender os voos diários, iniciaram-se os voos para Ribeirão Preto com dois aviões Bandeirantes da VASP, com comitiva do governador do Estado Laudo Natel.[5]
Desde a década de 1990, o Aeroporto Leite Lopes teve vários projetos de expansão, os quais, em sua maioria, nunca avançaram conforme planejado. O movimento de resistência a estes projetos que desde sua fundação em 1995 os têm questionados na justiça e a favor da construção de um segundo novo aeroporto, denomina-se Movimento Pró Novo Aeroporto de Ribeirão Preto e Região. No ano de 2008, o ex-prefeito Welson Gasparini e a Justiça assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) a fim de viabilizar o projeto, que possibilitou a ampliação do terminal de passageiros. Todavia, no mesmo ano de 2008, o Governo do Estado e o Ministério Público assinaram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) na justiça que impede a ampliação da pista.[6]
No dia 15 de julho de 2021, na sede da B3, na capital paulista, o aeroporto Leite Lopes foi arrematado pela iniciativa privada, o lote Sudeste, que inclui outros 11 aeroportos, com destaque para o de Ribeirão Preto, o vencedor foi o Consórcio Voa NW e Voa SE, a partir da proposta de R$ 14,7 milhões, equivalente a ágio de 11,5% sobre a outorga mínima. A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual. A ARTESP passa a ser agência reguladora do contrato de concessão. Com caráter de concorrência internacional e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.[7][8]
Em 1996, o aeroporto Leite Lopes passou por reforma e ampliação que contou com a cooperação da Prefeitura de Ribeirão Preto, do Ministério da Aeronáutica e do DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). A pista de pouso foi ampliada de 1.800 para 2.100 metros. A de taxiamento foi de 730 para 2.100 metros. O novo pátio de estacionamento, com 27.600 metros quadrados, pode receber simultaneamente oito aeronaves Fokker F-100 (jato de porte médio, com capacidade para 108 passageiros) ou Boeing B-737. Para maior proteção e segurança às operações noturnas de pouso e decolagem foi instalada nova cabina de força, recuperado o sistema elétrico, feito o balizamento das pistas e implantada iluminação dos pátios.[9]
Em 2006, houve uma nova reforma, com sua pista passando a ter 45 metros de largura, além de ter sido adicionado ao seu asfalto uma substância chamada polímero, usada também em todos os circuitos de Fórmula-1, o que garante maior aderência entre a pista e os pneus. O tempo de paralisação do aeroporto para a reforma foi de 90 dias, durante os quais seus voos foram desviados para Araraquara e Franca, voltando ao funcionamento normal em 1 de setembro de 2006.
Histórico - Movimento | |
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Ano | Passageiros |
2010 | 677.768 |
2011 | 1.114.415 |
2012 | 1.077.010 |
2013 | 1.096.285 |
2014 | 1.079.430 |
2015 | 1.109.809 |
2016 | 922.756 |
2017 | 867.544 |
2018 | 877.356 |
2019 | 923.617 |
Entre 28 de Julho de 2008 e 21 de Julho de 2010, foram realizadas obras de ampliação e reforma do terminal de passageiros. Após a abertura da nova ala, a antiga foi fechada, remodelada e reaberta, juntando-se à nova. O terminal agora está com o dobro do tamanho original e com isso sobe a classe de Conforto de E para B. O terminal passou a contar com ar condicionado, esteiras para bagagem e melhores condições. Toda a reforma e ampliação foram realizadas com base no aumento da demanda (crescimento de 10% ao ano), e objetivando a futura internacionalização de cargas e passageiros. Com a conclusão deste projeto o novo terminal passou a ter 3.850m² de área construída, com pé direito de 6m e capacidade para atender 480 mil passageiros/ano. (No entanto, o terminal movimentou mais de 922 mil passageiros em 2016).[10]
Em 2011, outras adequações forem feitas, como aumento da oferta de carrinhos de bagagem para passageiros, de táxis e de policiamento, ampliação do estacionamento, instalação de aparelhos detectores raio-X e novo ônibus de passageiros para uso interno.[11]
Em 2013, o estacionamento do aeroporto Leite Lopes foi ampliado, passando de 200 para 400 vagas, totalizando acréscimo de 100%, com investimento da ordem de R$ 3,3 milhões. Além da ampliação do estacionamento, foram abertos editais para a concessão de uma locadora de veículos na área interna e externa do aeroporto, com valor de R$ 35 mil cada, bem como para a instalação de caixas eletrônicos, com custo mensal de R$ 6 mil.[12] O Aeroporto Leite Lopes dispõe de um caminhão de combate a incêndio modelo AP-2, entregue em setembro de 2012. O investimento foi da ordem de R$ 1,57 milhão.[13]
Em 2019, foram entregues as obras que abrangeram a implantação de área de giro nas duas cabeceiras da pista, a instalação de acostamento nas pistas de taxiamento de aeronaves e reforço na pista que dá acesso ao pátio. Os investimentos foram da ordem de R$ 4,2 milhões. O objetivo da intervenção foi de proporcionar mais segurança e flexibilidade às operações, facilitando as manobras dos aviões.[14]
Em 2022, foram entregues as obras que abrangeram a modernização e ampliação da sala de embarque, a área inaugurada tem condições de acomodar 400 pessoas sentadas no pré-embarque e conta com novidades como catracas eletrônicas. Os investimentos foram da ordem de R$ 4 milhões.[15]
Em 2024, iniciou-se a fase de ampliação do aeroporto, com a construção de um boulevard de 1.600 m² no terminal de passageiros. A partir da manutenção de árvores já existentes no entorno, espelho d'água, lojas e melhorias de climatização, o espaço integrará a área externa ao espaço interno, dedicado ao embarque e desembarque, mudando a atual configuração da fachada do aeroporto e do tráfego de veículos. Um diferencial nessa fase, será o uso sustentável de madeira está sendo adotado na modernização do aeroporto.[16]
O Aeroporto Leite Lopes é o maior equipamento do nordeste paulista, atendendo prioritariamente a Região Metropolitana de Ribeirão Preto, tendo sua abrangência expandida até para outros estados, como a região sul de Minas Gerais,[17] impactando aproximadamente 4 milhões de habitantes, sendo que diversas cidades da Mesorregião de Ribeirão Preto são atendidas pelo referido, além de outras localidades, tais como: Araraquara, São Carlos, Passos e São Sebastião do Paraíso.[18]
O Aeroporto Leite Lopes possui uma linha de ônibus coletivo ligando-o, com ponto de conexão à avenida Brasil junto à rua Peru, a linha alimentadora Y-52 AEROPORTO (Via Pq. Industrial), será operada com intervalo de 30 minutos.[19] O Aeroporto Leite Lopes foi escolhido pela ANAC juntamente com 11 dos principais aeroportos brasileiros, a participar do projeto de segurança, o monitoramento será feito através de indicadores, como registros de acidentes, incidentes com lesões, condições de infraestrutura, posições incorretas de aviões, pessoas e veículos, entre outras ocorrências.[20]
A Rede Voa, operadora do consórcio Voa SE, que arrematou o aeroporto Leite Lopes, informou que prioriza a internacionalização do aeródromo junto com os órgãos federais, tais como: Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ministério da Agricultura, Polícia Federal e Receita Federal.[24]
A Rede Voa, deixou acordado com a prefeitura de Ribeirão Preto, o início do estudo para que o traçado futuro do BRT (bus rapid transit) passe por dentro do Aeroporto Leite Lopes, facilitando a integração intermodal e acessibilidade dos passageiros. Na reunião, os presentes conheceram o plano de investimentos para o Aeroporto Leite Lopes, os principais projetos, que incluem a readequação do terminal de passageiros, do entorno do aeroporto e o atendimento à nova demanda dos voos comerciais.[25]
A Rede Voa já protocolou o pedido de internacionalização do Leite Lopes na Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC). As fases 3 e 4 de investimentos serão para adequação do terminal 1 de passageiros ao padrão internacional e construção de um segundo com 3.400 m², totalizando 7 mil m², com os atuais 3.600 m². A construção é modular, o que permite novas expansões futuras, a exemplo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.[26]
O Aeroporto Internacional de Cargas será um indutor de desenvolvimento regional. Os setores mais beneficiados serão a indústria calçadista de Franca, os fabricantes de equipamentos tecnológicos de São Carlos e de Araraquara, e os de componentes médicos-odontológicos e implementos agrícolas instalados em Ribeirão Preto, Sertãozinho, Jaboticabal e Batatais.[27] O Ciesp estima que o terminal de cargas poderá movimentar US$ 1,4 bilhão/ano, após 5 anos do início da movimentação e operações comerciais.[28][29]
O Aeroporto de Ribeirão Preto deve ter voos internacionais a partir de 2025, quando todas as obras estiverem concluídas, será possível viajar para países do Caribe, América do Sul e Central, segundo consórcio.[30]"A Rede Voa de aeroportos já protocolou junto à SAC do governo federal e à Anac. Tinha um processo que estava paralisado desde 2003 para carga e o Aeroporto Leite Lopes vai ser internacional para carga e passageiros", confirmou o presidente do consórcio.[31][32]
A Azul Linhas Aéreas iniciará, a partir de junho de 2020, uma nova rota internacional, ligando o Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas a Nova York nos Estados Unidos com voos diários em seu novíssimo Airbus A330, entre a novidades está a conexão dos voos com a cidade de Ribeirão Preto,[33] que levará aproximadamente 14 horas, saindo de RAO, fazendo conexão em VCP e chegando em Nova York e vice versa.[34]
Com intuito de viabilizar a internacionalização do Aeroporto Leite Lopes, um mega projeto estimado em R$ 443 milhões está em curso. O mesmo contemplará diversos fatores com a devida regularização da área acrescida ao sítio aeroportuário, pois o mesmo está localizado dentro do perímetro urbano da cidade, muito próximo da Rodovia Anhanguera, além de estar envolvido por uma expressiva concentração de moradias no seu entorno, transformando as obras de adequação urbana numa complexa obra de infraestrutura de transportes.[35][36]
A fim de adequar e potencializar o aeroporto a demanda atual de passageiros e a aviação de carga internacional, estão previstos grandes conjuntos de obras de infraestrutura, tais como:[37][38]
• Deslocamento da pista de pouso e decolagem em 500 metros no sentido da Avenida Thomas Alberto Whately, ficando com 2.100 metros de área útil e 500 metros de área de escape,[nota 1] totalizando 2.600 metros. Custo da obra: R$ 48 milhões;
• Construção de um novo pátio de aeronaves, que em conjunto com o existente, terá capacidade de 17 aeronaves de grande porte. Custo da obra: R$ 30 milhões;
• Ampliação do terminal de passageiros, de 5 mil m² para 35 mil m². Esta intervenção, propiciará maior conforme, tornando-o um equipamento moderno, dispondo inclusive de fingers (pontes de embarque que conectam a aeronave ao terminal), numa edificação de dois andares. Custo da obra: R$ 100 milhões;
• Construção da passagem (túnel) inferior na avenida Thomaz Alberto Whatelly. Custo da obra: R$ 70 milhões;
• Desapropriações da área no entorno do aeroporto. Custo da intervenção: R$ 170 milhões;
• Adequação do sistema viário no entorno do aeroporto. Custo da obra: R$ 25 milhões.
Obs.: A divisão dos investimentos ficará a cargo do Governo Federal (R$ 178 milhões), Governo do Estado (R$ 240 milhões) e da Prefeitura Municipal (R$ 25 milhões).[39][40]
A Tead Brasil tinha anunciado o início das operações no terminal de cargas para o mês de abril de 2014, o terminal ribeirãopretano seria o primeiro construído no Estado de São Paulo, atendendo as exigências da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária-, sendo que os aeroportos de Guarulhos e Viracopos receberam adequações posteriores às suas construções. O terminal situado no aeródromo contaria com espaço climatizado, dispondo de 10 mil metros cúbicos, para operacionalizar produtos como vacinas, medicamentos, insumos e até mesmo tecido humano.[41]
Ao invés de realizar uma mega intervenção de uma única vez no aeroporto Leite Lopes, a nova proposta do Governo Federal (Secretaria de Aviação Civil) consistia em fatiar por fases as obras. Numa primeira etapa de ampliação, que teria início em 2018, estavam previstos investimentos na ordem de R$ 88 milhões.[42][43] Estas obras permitirão que o aeroporto comece a operar voos de carga internacionais, mas com restrição.[44]
O pacote contemplava:[45]